Brycon é um gênero de peixes caracídeos.
Brycon | |
---|---|
Brycon hilarii | |
Classificação científica | |
Domínio: | Eukaryota |
Reino: | Animalia |
Filo: | Chordata |
Classe: | Actinopterygii |
Ordem: | Characiformes |
Família: | Characidae |
Subfamília: | Bryconinae |
Gênero: | Brycon J. P. Müller & Troschel, 1844 |
Espécie-tipo | |
Brycon falcatus J. P. Müller & Troschel, 1844 |
Descrição
O gênero Brycon é comporto por muitas espécies, onde podemos citar as seguintes: a piraputanga (Brycon hilarii = Brycon microleps), a pirapitinga (Brycon opalinus) e o matrinxã ou jatuarana (Brycon amazonicus = Brycon cephalus). A piraputanga ocorre na bacia do Rio Paraguai; a pirapitinga, em rios da Mata Atlântica; e o matrinxã na bacia Amazônica e na bacia do São Francisco. A piracanjuba (Triurobrycon lundii), que ocorre nos rios Grande e Paraná, também é incluída no gênero como Brycon orbignyanus. A piabanha (Brycon insignis) ocorre no Rio Paraíba do Sul.
Características
Os peixes deste gênero alcançam até 1m de comprimento e 8kg de peso. Habitam rios de águas claras e limpas, em meio a troncos e galhos de árvores submersos, onde espreitam suas caças[1]. Eles possuem o corpo alongado recoberto de escamas de aspecto prata, com uma variação escura logo atrás do opérculo. Suas nadadeiras, com exceção da caudal(que é acinzentada), são alaranjadas. Este gênero é formado por peixes escamados onívoros que se alimentam de folhas, frutas e sementes, assim como de insetos e pequenos peixes. Por conta disso seus dentes são muito fortes com múltiplas cúspides, alinhados em fileiras[2].
São espécies que realizam migrações formando cardumes no início de enchentes para desova.[3] As fêmeas são maiores e sua reprodução coincide com o aumento de temperatura ambiente e a temporada das chuvas. Por serem peixes que fazem desova total, eles realizam migrações reprodutivas e tróficas quando iniciam as enchentes e fazem suas migrações para realizar a piracema. Isso porque a temperatura da água aumenta e também a quantidade de chuva que cai.[4] Assim que ocorre a fertilização dos ovos em ambiente aquático, estes eclodem em até 17 horas após.
Espécies
- Brycon alburnus (Günther, 1860)
- Brycon amazonicus (Spix & Agassiz, 1829)[5]
- Brycon argenteus Meek & Hildebrand, 1913
- Brycon atrocaudatus (Kner, 1863)
- Brycon behreae Hildebrand, 1938
- Brycon bicolor Pellegrin, 1909
- Brycon cephalus (Günther, 1869)
- Brycon chagrensis (Kner, 1863)
- Brycon coquenani Steindachner, 1915[5]
- Brycon costaricensis Angulo & Gracian-Negrete, 2013[6]
- Brycon coxeyi Fowler, 1943[5]
- Brycon dentex Günther, 1860
- Brycon devillei (Castelnau, 1855)
- Brycon dulcis F. C. T. Lima & F. Vieira, 2017[5]
- Brycon falcatus J. P. Müller & Troschel, 1844[5]
- Brycon ferox Steindachner, 1877[5]
- Brycon fowleri Dahl, 1955
- Brycon gouldingi F. C. T. Lima, 2004[5]
- Brycon guatemalensis Regan, 1908
- Brycon henni C. H. Eigenmann, 1913
- Brycon hilarii (Valenciennes, 1850)[5]
- Brycon howesi F. C. T. Lima, 2017[5]
- Brycon insignis Steindachner, 1877[5]
- Brycon labiatus Steindachner, 1879
- Brycon medemi Dahl, 1960
- Brycon meeki C. H. Eigenmann & Hildebrand, 1918
- Brycon melanopterus (Cope, 1872)[5]
- Brycon moorei Steindachner, 1878
- Brycon nattereri Günther, 1864[5]
- Brycon obscurus Hildebrand, 1938
- Brycon oligolepis Regan, 1913
- Brycon opalinus (G. Cuvier, 1819)[5]
- Brycon orbignyanus (Valenciennes, 1850)[5]
- Brycon orthotaenia Günther, 1864[5]
- Brycon pesu J. P. Müller & Troschel, 1845
- Brycon petrosus Meek & Hildebrand, 1913
- Brycon polylepis Moscó Morales, 1988[5]
- Brycon posadae Fowler, 1945
- Brycon rubricauda Steindachner, 1879
- Brycon sinuensis Dahl, 1955
- Brycon stolzmanni Steindachner, 1879[5]
- Brycon striatulus (Kner, 1863)
- Brycon unicolor Moscó Morales, 1988
- Brycon vermelha F. C. T. Lima & R. M. C. Castro, 2000[5]
- Brycon vonoi F. C. T. Lima, 2017[5]
- Brycon whitei G. S. Myers & S. H. Weitzman, 1960[5]
Relação Taxonômica
A genética molecular indica que Brycon seria próximo ao gênero Salminus: ambos são colocados na mesma sub-família por alguns autores.[7]
Referências
- «Peixes de água doce do Brasil - Matrinxã (Brycon cephalus)». Cursos CPT. Consultado em 18 de maio de 2022
- «Jatuarana». Psicultura, Rainha das Águas. Consultado em 18 de maio de 2022
- «Jatuarana – Brycon sp.». Ambiente Brasil. Consultado em 18 de maio de 2022
- «Jatuarana ou Matrinxã». Portal da Amazônia. 21 de setembro de 2020. Consultado em 18 de maio de 2022
- Lima, F.C.T. (2017): A revision of the cis-andean species of the genus Brycon Müller & Troschel (Characiformes: Characidae). Zootaxa, 4222 (1): 1–189.
- Angulo, A. & Gracian-Negrete, J.M. (2013): A new species of Brycon (Characiformes: Characidae) from Nicaragua and Costa Rica, with a key to the lower Mesoamerican species of the genus. Zootaxa, 3731 (2): 255–266.
Ligações externas
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