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James Tobin (Champaign, 5 de março de 1918 — New Haven, 11 de março de 2002) foi um economista estadunidense.
James Tobin | |
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James Tobin (1962) | |
Nascimento | 5 de março de 1918 Champaign |
Morte | 11 de março de 2002 (84 anos) New Haven |
Nacionalidade | estadunidense |
Prêmios | Medalha John Bates Clark (1955), Nobel de Economia (1981) |
Escola/tradição | Novo keynesianismo |
Campo(s) | economia |
Professor na Universidade de Yale de 1950 a 1988, foi galardoado com o Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel de 1981, "por sua análise dos mercados financeiros e suas relações com as decisões de despesas, empregos, produção e preços".
James Tobin foi um trabalhador incansável; até os 80 anos ainda dava expediente no seu gabinete em Yale. É autor de 16 livros e de mais de 400 artigos.[1]
No início de sua carreira acadêmica dedicou-se a analisar a teoria keynesiana e a dotá-la de fundações científicas mais rigorosas, bem como a reforçar e elaborar a lógica das teorias macroeconômicas e monetárias. Nesse sentido pode ser considerado um economista keynesiano, embora também seja chamado de um economista liberal com um rosto humano.
Criado em Illinois durante a Grande Depressão foi por ela marcado e pode observar os tropeços das economias capitalistas daquela época, que produziram então uma onda mundial de problemas político-sociais. Estes acontecimentos o incentivaram a questionar os "dogmas" da ortodoxia econômica e, ainda como bolsista em Harvard, a descobrir e adotar as teorias de Keynes.
Tornou-se partidário de um "liberalismo com uma face humana"[2] e nunca se cansou de defender um papel ativo do Estado na economia e nos ajustes fiscais e orçamentários.
Relacionava-se profissionalmente com Paul Samuelson, Robert Solow, e Franco Modigliani (M.I.T), com os quais compartilhava muitos pontos de vista.
Na década de 1960 foi um dos mais eloquentes críticos do monetarismo, defendido por Friedman na Universidade de Chicago, liderando o grupo de economistas que se opunham a essa onda monetarista. Tobin defendia a intervenção governamental na economia dos estados nacionais.[3] Na década de 1980 combateu o "reganismo", alertando que as políticas monetaristas, fortemente inspiradas em Friedman, adotadas pelo governo Reagan: "distribuiriam a riqueza, o poder e a oportunidade para os que já eram ricos e poderosos, e para seus herdeiros".[3]
Tobin tornou-se ainda mais famoso em 1972 por ter sugerido a criação de um imposto de 0,1% sobre as transacções financeiras internacionais como forma de reduzir a especulação nos mercados financeiros.[4] Propunha que as receitas desse imposto fossem utilizadas para financiar as Nações Unidas ou para ajudar o desenvolvimento dos países do terceiro mundo. Este imposto, que nunca chegou a ser criado, ficou conhecido como Taxa Tobin. No Brasil, foram criados impostos parcialmente baseados na Taxa Tobin, como a extinta CPMF e o IOF.[5]
Foi membro do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, no governo do presidente John F. Kennedy, em 1961 e 1962.
Utilizou a frase Não colocar todos os ovos no mesmo cesto como uma metáfora para evitar o risco nas especulações financeiras.
Foi agraciado com o Doutoramento Honoris Causa pela Universidade Nova de Lisboa em 1979/1980.
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