Jaguapitã
município brasileiro no estado do Paraná Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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Jaguapitã é um município brasileiro do estado do Paraná. Sua população foi estimada em 13 742[3] habitantes, conforme dados do IBGE de 2020.
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | jaguapitãense | ||
Localização | |||
Localização de Jaguapitã no Paraná | |||
Localização de Jaguapitã no Brasil | |||
Mapa de Jaguapitã | |||
Coordenadas | 23° 06′ 46″ S, 51° 31′ 55″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Paraná | ||
Região metropolitana | Londrina | ||
Municípios limítrofes | Centenário do Sul, Guaraci, Rolândia, Pitangueiras, Miraselva, Prado Ferreira, Cambé, Astorga, Santa Fé, Munhoz de Melo | ||
Distância até a capital | 444 km | ||
História | |||
Fundação | 7 de novembro de 1947 (77 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Gerson Luiz Marcato[1] (PL, 2021–2024) | ||
Vereadores | 9 | ||
Características geográficas | |||
Área total IBGE/2020[2] | 475,004 km² | ||
População total (estimativa IBGE/2020[3]) | 13 742 hab. | ||
• Posição | PR: 158º | ||
Densidade | 28,9 hab./km² | ||
Clima | subtropical (Cfa) | ||
Altitude | 634 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2000[4]) | 0,761 — alto | ||
PIB (IBGE/2018[5]) | R$ 781 435,48 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2018[5]) | R$ 57 909,85 | ||
Sítio | jaguapita www |
O topônimo jaguapitã é de origem indígena e significa onça vermelha ou pintada. Do tupi yaguar: onça; e pitã: vermelha, pintada.
A história de Jaguapitã está relacionada com a época histórica de colonização do norte do Paraná, realizada pela Companhia de Terras do Norte do Paraná, acontecendo assim a afluência de pessoas de outros estados e imigrantes de outros países para a região. Com terras muito férteis, conhecida como "terra roxa", propícias ao cultivo de toda espécie de cereais, onde se deu inicialmente o cultivo do café.
A sede do município foi instalada em meados de 1937, ano em que chegou uma caravana composta de várias famílias, em que se destacava a de Antônio Pinto e Izaltino Rodrigues, consideradas como as fundadoras da localidade. Inicialmente foi constituído o Patrimônio denominado São José dos Bandeirantes, e no mesmo ano, foi inaugurada a primeira casa comercial, de propriedade de Izaltino Rodrigues, um empório comercial de nome Casa Branca.
No ano de 1940, foi requerida pelos moradores ao Governo Estadual a medição das glebas do Patrimônio, tendo seu nome posteriormente substituído para Colônia de São José dos Bandeirantes. Em 30 de Dezembro de 1943 (pelo Decreto-lei Estadual n.º 199), foi elevada à categoria de Distrito, com a denominação de Jaguapitã, subordinado ao Município de Sertanópolis.
Em 10 de Outubro de 1947, foi elevada a categoria de município (pela Lei estadual n.º 2), sendo desmembrado de Sertanópolis. Sua instalação ocorreu em 7 de novembro de 1947 e o primeiro administrador foi o coronel Sebastião Faustino (nomeado), enquanto o primeiro prefeito eleito por sufrágio popular foi o Alfredo Baticioto.
A primeira paróquia da cidade foi criada no dia 29 de maio de 1949, e o primeiro padre católico foi Guido Cagnoni que, desejando que a cidade crescesse para o lado mais alto, construiu uma igreja no alto da praça, denominada Praça São José dos Bandeirantes. Foi construída toda em madeira e acabou sendo destruída num incêndio em 1961. Em seu lugar foi construída, pelos padres xaverianos, um nova igreja católica, sob comando dos [[Ordem dos Agostinianos|padres agostinianos[[.
Jaguapitã possuiu o primeiro cinema da região, chamado Cine Guairacá, que funcionou entre os anos de 1956 e 1983, sendo fechado por falta de recursos.[6]
A primeira escola fundada em Jaguapitã foi o Grupo Escolar de Jaguapitã, em 3 de julho de 1946. Em 1954 começou a funcionar o Ginásio Municipal de Jaguapitã, criado por Lei Municipal em de 12 de junho de 1953.[6]
Jaguapitã está localizada na latitude de 23º18’37’’Sul e longitude de 51º09’46’’Oeste, no Norte do Estado do Paraná e distante 444 km da capital do Estado. Limita-se ao norte com os municípios de Centenário do Sul e Guaraci, ao sul com Rolândia e Pitangueiras, ao leste com Miraselva, Prado Ferreira e Cambé, e a oeste com Astorga, Santa Fé e Munhoz de Melo. Possui uma superfície territorial de 475,004 km².
Com relação ao solo, o município está localizado em uma área de transição entre basalto e arenito. Da área total, 44,9% é ocupada por Latossolo Vermelho (antigo Latossolo Vermelho Escuro), 25,8% por Nitossolo Vermelho (antiga Terra Roxa Estruturada), 22,6% por Argissolo Vermelho Amarelo (antigo Podzólico Vermelho Amarelo) e 6,7% por Latossolo Vermelho Distroférrico (antigo Latossolo Roxo).
O relevo característico do município apresenta topografia plana a suave ondulada. Na declividade entre 0 e 3%, encontra-se 18,12% da área; entre 3,1 e 20%, 43,61% da área; de 8,1 a 20%, 35% da área; de 20,1 a 45%, 3,21% da área, e apenas 0,06% da área apresenta declividade superior a 45%. A altitude do município varia de 450 a 600 metros, com 82% da área dentro desta faixa, 3% superior a 600 metros e 15% abaixo de 450 metros.
Sobre a orientação ao sol, 20,4% do município encontra-se na costa Leste; 30,7% na costa Oeste; 26,1% na costa Norte e 22,8% na costa Sul.
O clima predominante é do tipo Cfa, subtropical úmido mesotérmico, segundo a classificação de Köeppen. Este clima se caracteriza por verões quentes, geadas poucos frequentes (nos meses de junho e julho) e tendência de concentração de chuvas no verão, sem estação seca definida, com precipitação média anual de 1.400 a 1.500 mm. O mês mais frio é julho, com temperatura média de 17°C, e o mês mais quente é o de fevereiro, com temperaturas médias entre 26°C e 30°C. Os meses com maior precipitação são dezembro, janeiro e fevereiro, e os menos chuvosos são junho, julho e agosto.
Os principais cursos d’água existentes no município são: Ribeirão Bandeirantes do Norte, Córrego São José, Córrego Irajá, Água do Pacu, Ribeirão Centenário, Ribeirão Pelotas, Água das Pedras, Água Funda, Água da Onça, Água da Cobra e vários outros de menor dimensão. A extensão dos cursos d’água do município, somados, é de 513.697 metros, o que representa 2.681,11 hectares de mata ciliar a ser formada.
Jaguapitã chegou a ter uma população de 34.130 habitantes, passando a 16.700 na década de 1970, com o fim do ciclo do café. No Censo 2000, a população era de 10.932 habitantes, com a maioria da população residindo no meio urbano (80%).
A cidade possui cinco instituições de saúde, sendo 3 instituições públicas municipais, composta de 1 hospital com 36 leitos, 1 centros de saúde e 1 posto de saúde, além de 2 particulares.
Indicadores de mortalidade (2000):
A cidade possui quatro escolas de ensino pré-escolar (2 privadas e 2 municipais), quatro escolas de ensino fundamental (1 estadual, 2 municipais e 1 privada) e uma escola estadual de ensino médio.
Jaguapitã possui o IDH de 0,761 (considerado médio), sendo 122º no ranking estadual e 1.552º no ranking nacional. O IDH-Educação (IDH-E) é de 0,838 com uma taxa de alfabetização de adultos de 84,34%. O IDH-Longevidade (IDH-L) de 0,775 com idade de 71,5 anos e o IDH-Renda (IDH-R) de 0,671. O município possui o Índice de Gini de 0,39 (alto) e índice de pobreza de 39,01%.
Tradicionalmente, a economia local gira em torno da agropecuária, contendo em sua maioria minifúndios e pequenas propriedades. Da área total explorada, 64% é constituída de pastagens, no restante, são cultivadas as lavouras anuais, predominantemente soja e milho em rotação com trigo e aveia preta, em sistema de cultivo semi-direto, pois não há rotação de culturas, exceto pela aveia preta, porém utilizada para colheita de sementes para a próxima safra e não para produção de cobertura vegetal. Estas lavouras são totalmente mecanizadas.
Na agropecuária destacam-se cinco produtos, que juntos, representam 70,66% (40.716.737,15 reais) do VBP (Valor Bruto Agropecuário). Sendo eles, aves de corte (19,98%), bovinos (14,70%), cana-de-açúcar (14,31%), ovos galados (11,30%) e a soja (10,37%).
A cidade ainda conta com algumas indústrias de pequeno e médio porte e do comércio varejista. Nas últimas duas décadas, o setor primário têm diminuído sensivelmente sua participação no PIB devido ao fato do grande crescimento de indústrias de mesas de bilhar (contendo o maior número de empresas desse ramo no Brasil) e de dois abatedouros de aves de médio porte, sendo estes os maiores geradores de empregos no município, abrangendo inclusive municípios adjacentes.
Possui uma rodoviária e suas principais rodovias são: PR 454, que a liga à cidade de Astorga e a PR 340 que dá acesso às cidades de Guaraci, Prado Ferreira e Rolândia.
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