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advogado e político colombiano, 59º Presidente da Colômbia Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Iván Duque Márquez (Bogotá, 1 de agosto de 1976) é um advogado e político colombiano. Foi presidente da Colômbia de 7 de agosto de 2018 até 7 de agosto de 2022, foi também senador da República de Colômbia[1][2][3] de 20 de julho de 2014 até 10 de abril de 2018.[4] Trabalhou como representante da Colômbia ante ao Banco Interamericano de Desenvolvimento BID.
Iván Duque Márquez | |
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55.º Presidente da Colômbia | |
Período | 7 de agosto de 2018 à 7 de agosto de 2022 |
Vice-presidente | Marta Lucía Ramírez |
Antecessor(a) | Juan Manuel Santos |
Sucessor(a) | Gustavo Petro |
15.º Presidente da Comunidade Andina | |
Período | 8 de julho de 2020 a 18 de julho de 2021 |
Antecessor(a) | Jeanine Áñez |
Sucessor(a) | Guillermo Lasso |
2.º Presidente do PROSUL | |
Período | 12 de dezembro de 2020 até a 27 de janeiro de 2022 |
Antecessor(a) | Sebastián Piñera |
Sucessor(a) | Mario Abdo Benítez |
9.º Presidente da Aliança do Pacífico | |
Período | 11 de dezembro de 2020 a 26 de janeiro de 2022 |
Antecessor(a) | Sebastián Piñera |
Sucessor(a) | Andrés Manuel López Obrador |
Senador da Colômbia | |
Período | 20 de julho de 2014 a 10 de abril de 2018 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 1 de agosto de 1976 (48 anos) Bogotá |
Nacionalidade | colombiano |
Alma mater | Universidade Sergio Arboleda |
Cônjuge | María Juliana Ruiz Sandoval |
Partido | Centro Democrático |
Profissão | Político, Advogado e Escritor |
Residência | Bogotá, Colômbia |
Duque é advogado com especialização em Filosofia e Humanidades da Universidade Sergio Arboleda.[5][6] Em sua formação, conta com estudos executivos em negociação estratégica, políticas de alavancagem ao setor privado e gerencia de capital de risco de curta duração na Escola de Negócios e Governo da Universidade de Harvard.
Em 11 de março de 2018, Duque venceu os pré-candidatos Marta Lucía Ramírez e Alejandro Ordóñez na Grande consulta por Colômbia, sendo escolhido o candidato da direita às eleições presidenciais de 2018.[7][8] Nesse mesmo dia anunciou-se que Marta Ramírez seria a candidata a vice na chapa de Duque. Em 27 de maio de 2018 foi o vencedor do primeiro turno da eleição presidencial na Colômbia, obtendo 39,14% dos votos, que correspondem a 7 569 693 votos, sendo com isso a votação mais alta na história de um primeiro turno em eleição presidencial na Colômbia. Em 17 de junho de 2018 foi eleito Presidente da República ao vencer o segundo turno da eleição presidencial na Colômbia com 54% dos votos, que correspondem a 10 373 080 votos contra 8 034 189 de seu rival Gustavo, obtendo um novo recorde: a votação mais alta na história de um segundo turno em eleição presidencial na Colômbia. Tomou posse como presidente no dia 7 de agosto de 2018.
Iván Duque Márquez é o filho da cientista política Juliana Márquez Tom e do advogado Iván Duque Escobar (1937-2016), que foi governador da Antioquia entre 1981 e 1982, ex-ministro de minas e energia e registrador nacional do estado civil durante o Governo de Andrés Pastrana.[9] Iván Duque é casado com María Juliana Ruiz, pai de Luciana, Matías e Eloísa, irmão de Andrés e meio irmão de María Paula Duque Samper, esposa do jornalista Néstor Morais.[10][11][12]
Iniciou sua carreira profissional em 1999 como consultor na CAF-Banco de Desenvolvimento de América Latina, depois foi assessor do Ministério de Fazenda de Colômbia durante o governo de Andrés Pastrana. Posteriormente, entre 2001 e 2013, trabalhou no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como conselheiro principal para Colômbia, Peru e Equador nos diretórios do Banco Interamericano de Desenvolvimento, a Corporação Financeira de Investimentos IIC e o Fundo Multilateral de Investimentos do grupo BID, além de ter sido o chefe da divisão de Cultura, Criatividade e Solidariedade.[13]
Duque também foi assessor internacional do ex-presidente Álvaro Uribe Vélez, dedicado à defesa da democracia e a promoção de Colômbia no exterior. Entre os anos 2010 e 2011 foi assessor da Organização da Organização de Nações Unidas (ONU).
É autor dos livros Maquiavel na Colômbia, O futuro está no centro, IndignAcción e coautor do livro O Efeito laranja.[14][15] Foi colunista do periódico Portfolio da casa editorial O Tempo na Colômbia.[16]
Iván Duque é casado com a advogada María Juliana Ruiz Sandoval, com quem possui três filhos: Luciana, Matías e Eloisa Duque Ruiz.[17]
Para as eleições legislativas de 2014, Duque Márquez fez parte da lista fechada ao Senado da República do movimento político Centro Democrático, encabeçada pelo ex-presidente Álvaro Uribe. Duque ocupou a sétima posição da lista e foi eleito senador para o período 2014-2018.[18] Tomou posse no dia 20 de julho de 2014.
Durante seu período como senador, foi autor de quatro Leis da República:
Em 10 de dezembro de 2017 foi eleito candidato à Presidência da República de Colômbia pelo partido Centro Democrático para as eleições de 2018. Duque ficou 29,47% pontos percentuais a frente dos outros dois pré-candidatos, Carlos Holmes Trujillo, que obteve o 20,15%, e Rafael Nieto, que obteve 20,06%.[25]
Em janeiro de 2018, anunciou-se a Coalizão da Centro Direita, consulta interpartididária também denominada A Grande Consulta por Colômbia, com os candidatos Iván Duque, Marta Lucía Ramírez e Alejandro Ordóñez, para definir o candidato do grupo à presidência. Em 11 de março de 2018, Duque se sagrou campeão da Consulta com um total de quatro milhões de votos. Marta Ramírez ficou em segundo lugar com um milhão e meio de votos. Alejandro Ordóñez obteve o terceiro lugar com 385 mil votos.[26] Durante seu discurso, Duque anunciou Marta Lucía Ramírez como sua vice-presidente na chapa.
Durante a campanha presidencial de 2018, Duque acusou seu rival Gustavo Petro de ser apoiador de políticas dos ex-presidentes latino-americanos Fidel Castro e Hugo Chávez, associando a imagem do adversário aos governos de Cuba e da Venezuela.[27][28][29][30]
Vários integrantes do partido Centro Democrático, incluindo-o, têm afirmado que sua gestão estará focada em «vencer a ameaça da esquerda, e combater a miséria que traz o socialismo do século XXI a Colômbia».[31] Afirmando que a possível chegada ao poder de Petro levaria a que a Colômbia se converta numa “segunda Venezuela”.[32]
Por sua vez, vários analistas políticos têm afirmado que ditas declarações fazem parte de uma estratégia política e publicitária para ganhar adeptos por meio do medo e a desinformação sobre as políticas propostas por Petro.[33][34]
Petro, porém, negou as acusações, fazendo críticas ao Chavismo e a gestão de Hugo Chávez na Venezuela.[35][36][37]
Durante seu governo, ocorreu a greve nacional colombiana de 2019 e 2021.[38][39] Desde que chegou ao poder, com o apoio do empresariado colombiano, Duque enfrentou uma crescente mobilização social, lidando com protestos estudantis e indígenas. A greve geral de 2019 emergiu em um momento de fragilidade política, de um governo que perdeu a maioria no legislativo, somada à desaprovação de 69% e à forçada renúncia do Ministro da Defesa, Guillermo Botero.[38]
Durante sessão no Senado sobre Botero, tomou-se conhecimento de uma operação militar resultante de oito menores mortos, no departamento de Caquetá, contra forças dissidentes das FARC, impulsionando a revolta da população que tomou as ruas.[40] As manifestações tiveram pautas diversas e foram convocadas pelo Comando Nacional Unitário, unindo as principais centrais sindicais e dos trabalhadores, contra várias políticas econômicas, inclusive as reformas que afetam o mercado do trabalho e o sistema previdenciário.[41] No episódio, Duque negou qualquer projeto legislativo para reformas previdenciárias, apesar dos Ministros do Trabalho e Finanças posicionarem-se a favor de reformas nessa seara. [42]
Em 2021, uma nova greve geral foi convocada contra uma reforma tributária,[43] mas acabaram ampliando a agenda agenda incluindo várias demandas, como pedido de mais empregos; acesso à saúde e à educação; renda básica mínima no período da pandemia; fim do uso do glifosato, utilizado para destruir as plantações de coca; e uma reforma da polícia nacional, controlada pelo Exército.[44]
Após um mês dos protestos, foram registradas dezenas de mortes no embate entre a polícia e os manifestantes,[45] o governo de Iván Duque e os líderes da greve anunciaram um "pré-acordo".[46][47]
A 26 de junho de 2022, foi agraciado com o grau de Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique, de Portugal.[48]
Iván Duque também foi colunista dos diários O Colombiano, Portfolio e O Tempo, da Casa Editorial O Tempo e O País de Espanha. Teve os seguinte livros publicados:
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