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Antigo automóvel montado no Brasil pelas indústrias Romi de Santa Bárbara d'Oeste, SP Da Wikipédia, a enciclopédia livre
O Isetta foi um dos microcarros produzido nos anos posteriores à Segunda Guerra Mundial. Embora o desenho seja originário da Itália, construíram-se noutros países como Espanha, Bélgica, França, Brasil, Alemanha e Reino Unido.[2][3]
Isetta | |||
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Visão geral | |||
Produção | 1956 - 1961 | ||
Fabricante | BMW | ||
Modelo | |||
Classe | Microcarro | ||
Designer | Ermenegildo Preti, Pierluigi Raggi | ||
Ficha técnica | |||
Motor | Motor monocilíndrico,300cc, 4T, refrigerado a ar | ||
Potência | 13 cv (9,6 kW) @ 5200 rpm | ||
Torque | 14,2 Nm (1,4 kgf-m) @ 4500 rpm[1] | ||
Transmissão | câmbio manual, 4 marchas à frente, 1 marcha à ré | ||
Layout | tração traseira | ||
Modelos relacionados | BMW 600 | ||
Dimensões | |||
Comprimento | 2 285 mm (90 in) | ||
Entre-eixos | 1 500 mm (59 in) | ||
Largura | 1 380 mm (54 in) | ||
Altura | 1 340 mm (53 in) | ||
Altura livre do solo | 207 mm (8,1 in) | ||
Peso | 350 kg (770 lb) | ||
Tanque | 13 l (3,4 US-gal) | ||
Consumo | 25 km/l aproximadamente | ||
Velocidade máxima | 85 km/h (53 mph) | ||
Capacidade de carga |
220 kg (490 lb) | ||
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Notas | |||
Pouco mais de 3000 unidades |
Em 9 de abril de 1953, a empresa italiana Iso Automotoveicoli, fabricante de motocicletas e triciclos comerciais, apresentou no salão de Turim um projeto iniciado em 1952 denominado Isetta, que consistia em um automóvel de baixo custo, voltado para a realidade da economia do pós-guerra italiano. Projetado pelo engenheiro aeronáutico Ermenegildo Preti e seu colaborador Pierluigi Raggi, possuía características peculiares, como porta frontal para facilitar o acesso ao interior do veículo, pequenas dimensões, boa dirigibilidade e performance suficiente para a época (máxima de 85 km/h) com um consumo de até 25 km com apenas um litro de gasolina. Apesar dos evidentes dotes de racionalidade e economia, sua vida na Itália teve curta duração e sua fabricação encerrou-se em 1956.[4]
As características apresentadas correspondem ao modelo Romi Isetta 300 de Luxe, fabricado entre 1959 e 1961, equipado com um motor de quatro tempos fabricado pela BMW.[5]
BMW, ciclo de quatro tempos, resfriado por turbo ventilador, um cilindro com 72mm de diâmetro e 73mm de curso, 298 cm³ (300 cc), taxa de compressão de 7:1, potência de 13 hp a 5200 rpm. Bloco e cabeçote construídos em alumínio fundido. Cabeçote com câmara de combustão hemisférica, válvulas em "V" e fluxo cruzado entre admissão / escapamento (cross-flow).[6][7]
Óleo de motor SAE 30, para o motor; óleo de motor SAE 40, para a caixa de câmbio.
Dínamo de 130W, com regulagem de tensão; vela Bosch W 240T 1.
O tanque de combustível tem capacidade para aproximadamente 13 litros, incluindo cerca de 3 litros para reserva. A caixa de câmbio tem capacidade para 1,75 litros.
Em 1955, a ISO concedeu licença ao fabricante bávaro BMW para a fabricação do BMW-Isetta na Alemanha, cuja empresa adotou um motor monocilíndrico de produção própria, de 243cc, para equipar o veículo.[7][8]
A produção do BMW Isetta iniciou-se no mesmo ano.[7]
Em 1957, a BMW lança o BMW 600, baseado no Isetta mas com maiores dimensões, motor traseiro de 2 cilindros e capacidade para quatro passageiros.[7][9]
Em maio de 1962, a BMW encerrou a produção do BMW Isetta. Foram construídas 161 728 unidades.[7]
O Romi-Isetta foi um automóvel produzido no Brasil entre 1956 e 1961, pelas Indústrias Romi S.A., com sede em Santa Bárbara d'Oeste, no interior de São Paulo.[10]
Em 1955, a Iso concedeu os direitos de produção do Isetta para a empresa brasileira Indústrias Romi S.A., fabricante de máquinas industriais e agrícolas fundada em 1930 pelo comendador Américo Emílio Romi e seu enteado Carlos Chiti, com sede em Santa Bárbara d'Oeste (São Paulo).[11]
Em 28 de agosto de 1955, foi publicada a notícia no jornal Diário de São Paulo informando que as indústrias Romi produziriam o Romi-Isetta no país. Lançado em 5 de setembro de 1956, o Romi-Isetta, equipado com um motor de dois tempos e uma única porta frontal, se consistiu no primeiro automóvel de passeio de fato fabricado em território brasileiro.[11][12]
A estratégia de publicidade adotada pelo fabricante visava a expor o modelo a diferentes públicos: de segundo carro para a família ao estudante universitário. Algumas peças publicitárias foram criadas visando o público feminino, como por exemplo o anúncio que exibia uma mulher saindo de uma gaiola para entrar em um Romi-Isetta, com os dizeres "agora sou livre".[13]
Em 1959, o Romi-Isetta passou a ser equipado com um motor de quatro tempos de fabricação BMW.[5]
Até 13 de abril de 1961, dia em que foi encerrada a produção no Brasil, haviam sido fabricadas cerca de três mil unidades em Santa Bárbara d'Oeste, muitas das quais ainda hoje permanecem nas mãos de colecionadores.[14]
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