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Inti-Illimani é um conjunto musical chileno, formado em 1967. É, junto com Quilapayún, um dos grupos mais conhecidos internacionalmente, pertencentes ao movimento Nueva Canción Chilena. "Inti", do quéchua, significa "sol" e "Illimani", do idioma aimará, significa "Águia Dourada", nome este dado a uma montanha próxima a La Paz, na Bolívia.
Inti-Illimani | |
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Informação geral | |
País | Chile |
Gênero(s) | música andina música de protesto |
Período em atividade | 1967-2004 |
Horácio Durán, Jorge Coulon e Max Berrú, estavam na formação original, a qual, se juntaria: Horácio Salinas, alguns meses depois. Pouco tempo depois, se juntariam: José Seves e Marcelo Coulon.
Foi inicialmente formado por estudantes da Universidade Técnica do Chile envolvidos com as lutas por reformas políticas e sociais que ocorreram no Chile no final da década de 1960 e no início da década de 1970.
Fizeram diversas apresentações ao vivo, dentro e fora do Chile, antes da primeira gravação em estúdio.
O nome foi sugerido por Eulógio Dávalos, um tocador de violão oriundo da Bolívia, que em língua aimara significa: "cóndores do sol".
Antes do primeiro disco de longa duração (LP), gravado em 1969, pela Dicap (Discoteca del Cantar Popular), o conjunto gravou dois compactos que incluíram canções como: "Cueca de la CUT", de Héctor Pavez; "Zamba de los humildes", "Juanito Laguna" e "Huajra".
Em 1970, gravaram outro disco pela Odeon, com canções menos politizadas; e outro disco pela Dicap: "Canto al programa", um trabalho bastante identificado com a campanha de Salvador Allende à presidência do Chile.
Em 1971, o grupo gravou o disco: "Autores chilenos", com canções de Violeta Parra e Víctor Jara, entre outros.
Em 1972, gravaram a cantata "Canto para una semilla", com músicas de Luís Advis e com a participação de Isabel Parra. Pela Odeon, gravaram: "Canto de pueblos andinos", em dois volumes.
Na época do Golpe de Estado de 1973, estavam se apresentando na Europa e não puderam retornar ao Chile, razão pela qual iniciaram um longo exílio na Itália. Participaram de diversas campanhas pelo retorno da democracia ao Chile, e regravaram diversas canções.
O primeiro disco no exílio foi: "Viva Chile!", de outubro de 1973, que incluía canções como: "La fiesta de San Benito", "Rin del angelito", "Canción del poder popular" e "Venceremos".
A música instrumental: "Alturas", composta por Horácio Salinas fez bastante sucesso na Itália.
Em março de 1974, lançaram o disco: "La Nueva Canción Chilena", que incluiu canções de Violeta Parra, Víctor Jara, Sérgio Ortega, Patricio Manns, entre outros. Esse disco incluiu uma famosa versão de do hino "El pueblo unido", composto por Ortega, e, originalmente, grabado pelo "Quilapayún".
Em 1975, lançaram o disco: "Hacia la libertad", no qual cinco das dez canções eram composições próprias.
Em 1977, lançaram o disco: "Chile resistencia".
Em 1979, gravaram a canção nostálgica: "Vuelvo", com música de Horácio Salinas e letra de Patricio Manns, que falava sobre o sonho de regressar ao Chile.
O disco "Canción para matar una culebra", que incluiu textos de Nicolás Guillén, uma canção em quéchua de Zenóbio Dagha, canções do folclore mexicano e venezuelano; além de canções de Patricio Manns e Víctor Jara. Nesse trabalho, passaram a utilizar outros instrumentos como o "cajón peruano".
Em 1981, lançaram o disco "Palimpsesto", que incluiu músicas dedicadas à Itália como: "El mercado de Testaccio".
Em 1984, lançaram o disco "Imaginación", a primeira antologia de música instrumental gravada pelo conjunto. Depois lançaram discos como: "De canto y baile", "Cántiga de la memoria rota", "Cándidos" e "Bailando, bailando".
A qualidade instrumental de Horácio Salinas permitiu classificá-lo como um dos melhores tocadores de violão do mundo. Isso atraiu outros grandes tocadores de violão como o espanhol Paco Peña e o australiano naturalizado como britânico: John Williams a participarem de apresentações conjuntas em homenagem a Vícto Jara em Londres. Paco e John participaram: em 1985, da gravação do disco: "Fragmentos de un sueño"; e, em 1990, da gravação do disco "Leyenda", 1990; além de outras apresentações conjuntas.
A produção musical na década de 1980, permitiu que o grupo passasse a ser conhecido por sua qualidade instrumental e como parte do gênero musical que seria conhecido como: "world music".
Em setembro 1988, retornaram do exílio. Foram saudados por milhares de chilenos no caminho entre o aeroporto e Santiago, e fizeram uma apresentação conjunta com o grupo Illapu, que reuniu milhares de pessoas em La Bandera.
Em 1993, lançaram o disco: "Andadas".
Em 1996, lançaram o disco: "Arriesgaré la piel", que incluiu canções tradicionais latinoamericanas, como: rancheras, boleros e ritmos cubanos, além da participação do cubano Efrén Viera.
Em 1997, o equatoriano Max Berrú, um dos fundadores, deixou o grupo.
Em 1998, José Seves deixou o grupo. Essas saídas abriram espaço para a incorporação de novos integrantes, como Daniel Cantillana e o venezuelano Jorge Ball que participaram da gravação de "Amar de nuevo", que incluiu canções tradicionais, com boleros e outros ritmos latinoamericanos.
Em 1999, lançaram o disco: "La rosa de los vientos", uma obra que contou com orquestra e coro para divulgação de um Encontro Mundial de Escoteiros que foi realizado no Chile.
Também em 1999, foi lançado o disco "Sinfónico", que incluiu suas músicas mais importantes, gravadas em conjunto com a Orquestra Clássica da Universidade de Santiago, com arranjos de José Miguel Tobar e Roberto de Simone.
No verão de 2001, fizeram uma apresentação em Quinta Vergara (Viña del Mar) que incluíu diversos ex-integrantes, na qual utilizaram ponchos e camisas cor amaranto (que eram utilizadas nos primeiros anos do conjunto). Essa apresentação foi gravada e lançada como: "Antología en vivo", um álbum com dois volumes, que teve um bom resultado em vendas.
Depois disso, ocorreram desentendimentos que levaram à saída de Horácio Salina, que era o diretor artístico e o principal compositor da maioria das canções do grupo. Por outro lado, ocorreu o ingresso de Manuel Meriño, ex-integrante do grupo Entrama, que substituiu Salinas na direção musical e que também passou a compor. Também ingressaram Juan Flores, ex-integrante de grupos de música folclórica, como: Arak-Pacha, Illapu, Huara e Sol y Lluvia e o flautista Christian González, ex-integrante do Coré.
Em 2002, foi lançado o disco: "Lugares Comunes", gravado ao vivo. O grupo continuou a se apresentar dentre o fora do Chile. Da formação original, restavam: Marcelo e Jorge Coulon ; e Horácio Durán.
No verão de 2004, depois de apresentar-se no Festival de Viña del Mar, Horácio Durán deixou o conjunto.
Em junho de 2004, Horácio Salinas anunciou o reagrupamento de três integrantes histórico do conjunto: ele, Horácio Durán e José Seves, aos quais se juntaram: Camilo Salinas (ex organista de "Los Tres" e do "Pettinellis"), Fernando Júlio (ex-baixista de "Javieray Los Imposibles") e Jorge Ball, que retornava ao conjunto. Esse grupo fez sua primeira apresentação em 15 de agosto daquele ano, em Valparaíso, juntamente com integrantes do Quilapayún (fração Chile), que também tinham se reagrupado recentemente.
Em 2004, também fizeram apresentações conjuntas com: "Los Bunkers" e "Mecánica Popular".
No início de 2006, a facção na qual atuavam os irmãos Coulon lançou o disco: "Pequeño Mundo" (2006). Essa facção passou a adotar características mais modernas do que aquelas da facção liderada por Salinas.
No final de 2006, a facção liderada por Horácio Salinas lançou o disco: "Esencial".
Patricio Manns participou dos dois discos gravados em 2006[1].
A partir de junho de 2004, passaram a existir duas formações, que se denominam Inti-Illimani Nuevo e Inti-Illimani Histórico:
Também conhecida como: "Inti-Illimani dos Irmãos Coulon", com os seguintes integrantes:
Em 2006, lançaram o disco "Pequeño Mundo".
Essa facção contou com o apoio de: Max Berrú, integrante da formação original do Inti Illimani, além de outros ex-integrantes como: Pedro Yáñez, Renato Freyggang e Pedro Villagra; e também com o apoio de Patricio Wang, integrante de uma das facções do Quilapayún.
Em 2010, gravaram o disco "Meridiano", em parceria com a cantora franco-canadense Francesa Gagnon (ex-integrante do Circo du Soleil), que incluiu uma nova versão de "Canna austina", canção originalmente gravada na década de 1990
A partir de 2011, realizaram apresentações conjuntas com o Illapu, "Santiago del Nuevo Extremo", "Sol y Lluvia" e "Schwenke & Nilo", em um espectáculo denominado como: "Cancionero chileno", além disso, tem feito apresentações em países da América Latina e da Europa.
Em julho de 2012, fizeram uma apresentação com vários convidados para celebrar os 45 anos de vida, que deu origem ao disco duplo: "La máquina del tiempo", gravado na Rádio da Universidade do Chile. Esse trabalho também contou com a participação de Fernando Ubiergo, Alexis Venegas, Nano Stern, Illapu e Luís Le Bert.
Em 2013, lançaram o disco: "Teoría de cuerdas", que contou com a participação de Isabel Parra e Max Berrú. Esse trabalho incluiu: um huayno, uma valsa peruana e um merengue venezuelano. Nesse trabalho merece destaque a canção: "La calle de la desilusión"[2].
Com os seguintes integrantes:
Em 2006, lançaram os discos: "Antología en Vivo" e "Esencial".
Em 2007, comemoraram os 40 anos de história, com uma remontagem de "Canto para una Semilla", atividade que contou com a participação de Isabel Parra, da atriz Ximena Rivas e de John Williams.
Depois lançaram o disco: "A la salud de la música chilena", do qual participaram diversos outros grupos como: "Los Tres", "Javiera y Los Imposibles", "Sinergia" e "Los Miserables", que apresentaram novas versões do repertório do conjunto. Nessa obra merece destaque a nova versão de "Jardines bajo la lluvia", uma canção originalmente apresentada na década de 1970.
Em 2010, lançaram o disco: "Travesura del año 2010", com canções infantis. Nesse ano também fizeram apresentações na Europa.
No verão de 2011, estiveram na "Calle 13" em Viña del Mar.
Em 2012, participaram da versão chilena do Lollapalooza.
Em janeiro de 2012, gravaram um novo disco ao vivo no Café Torres no centro de Santiago: "Eva + Inti", com a participação da peruana Eva Ayllón. Esse disco incluiu canções de origem peruana e chilena, como: "Valparaíso" de Gitano Rodríguez, "Deja la vida volar" de Víctor Jara, "Darte luz" de Elizabeth Morris (com a participação do percussionista peruano Marco Campos), que concorreu ao Grammy Latino de 2012. A versão em DVD desta apresentação contou com a colaboração de Ricardo Larraín.
Em 2014, o flautista Hermes Villalobos, ex-integrante do "Juana Fe", juntou-se ao conjunto. Nesse ano também gravaram, em estúdio, o disco: "Inti Illimani Histórico canta a Manns", com canções antigas de Patricio Manns, dentre elas: "Bandido" e "Canto esclavo"[3].
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