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Inofre de Carvalho foi um arquiteto português. Exerceu importante atividade na construção de fortalezas na Pérsia e Índia durante o século XVI.
| Inofre de Carvalho | |
|---|---|
| Nascimento | início do século XVI Óbidos, Portugal |
| Morte | século XVI |
| Ocupação | arquitecto |
| Obras notáveis | Forte de Ormuz, Forte de Barém |
Pouco se sabe sobre a sua vida. Nascido provavelmente em Óbidos no início do século XVI, trabalhou no estaleiro do Hospital das Caldas da Rainha aproximadamente entre 1538 e 1547.[1] Em 1551, foi nomeado Mestre das Obras Reais na Índia portuguesa, recebendo sua esposa, Filipa Lopes, uma pensão outorgada por João III de Portugal pela ausência do marido. O Vice-rei do Estado Português da Índia à época era D. Afonso de Noronha, parente do alcaide de Óbidos, D. João de Noronha, que era protetor de Inofre de Carvalho.[1]
Participou das expedições militares comandadas por D. Antão de Noronha no Golfo Pérsico que tomaram uma fortaleza em Baçorá (1552) e a ilha de Barém (1553). Em Barém, segundo o cronista Diogo do Couto, Inofre construiu uma torre de cerco para tomar a fortaleza.[1]
Em 1558 foi nomeado Capitão do Mar de Ormuz. A partir dessa data participou das reformas da Fortaleza de Ormuz (1558-1560), do Forte de Soar, da Fortaleza de Mascate e, provavelmente, da construção dos fortes de Queixome e Laraque. Em todas essas empreitadas, Inofre demonstrou grande conhecimento da moderna arquitetura abaluartada renascentista europeia.[1]
Além da atividade no campo militar, o historiador da Arte Rafael Moreira atribui a Inofre de Carvalho o projeto da Sé Catedral de Goa (1562), um monumental edifício religioso que segue modelos portugueses de autoria de Miguel de Arruda.[2]
- CAMPOS, João dos Santos de Sousa. «Arquitectura militar portuguesa no Golfo Pérsico: Ormuz, Queixome e Larak». Coimbra, 2008. Capítulo II.3. Universidade de Coimbra. Consultado em 31 de março de 2012. Arquivado do original em 3 de março de 2016
- Rafael Moreira, Inofre de Carvalho, a Renaissance Architect in the Gulf, in “Bahrain in the 16th Century - An Impregnable Island”, ed. by Monik Kervran, French Archaeological Mission at Bahrain. Min. of Information, State of Bahrain, 1988, p 91., citado por Campos, op. cit., cap. II.3
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