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medida da mobilidade do sistema tímpano-ossicular Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A imitanciometria, exame auditivo também conhecido como medida de imitância acústica, é um teste que avalia a mobilidade do sistema tímpano-ossicular e a via auditiva do reflexo acústico. Além disso, fornece dados essenciais sobre a integridade da orelha média, sendo um procedimento fundamental no diagnóstico diferencial de diversas condições auditivas.[1]
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A imitanciometria é capaz de detectar alterações na orelha média, pois o exame envolve a aplicação de uma pressão controlada no conduto auditivo por meio de uma sonda. Durante o procedimento, é aplicado uma pressão extrema no conduto auditivo externo por meio de uma sonda, enquanto o conduto é ocluído por uma oliva para evitar a escape de pressão. Isso aumenta a rigidez da orelha média e, consequentemente, sua impedância à passagem do som. A medida da pressão e do volume da orelha média durante o procedimento permite a obtenção de uma curva timpanométrica, que varia de acordo com as características da orelha média.[2]
O sistema tímpano-ossicular é crucial para a audição, transmitindo eficientemente o som do ambiente para o ouvido interno. É composto pelos ossículos martelo, bigorna e estribo, localizados na orelha média, formando uma cadeia de transmissão da membrana timpânica à janela oval do ouvido interno.[3]
Esses ossículos amplificam as vibrações sonoras e as transmitem para o líquido coclear no ouvido interno. A mobilidade adequada do sistema tímpano-ossicular é essencial para a condução do som. Alterações ou disfunções nesse sistema podem afetar a audição, como otite média, otosclerose e perfuração da membrana timpânica.[3]
A imitanciometria é um exame que avalia a mobilidade do sistema tímpano-ossicular. Ele fornece informações sobre a complacência da membrana timpânica e a resposta dos ossículos a estímulos sonoros. Com base nos resultados desse exame, é possível identificar alterações na orelha média e auxiliar no diagnóstico e tratamento adequados.[3]
A imitanciometria é um exame que se baseia em princípios físicos fundamentais relacionados à reflexão da energia sonora, à medida da complacência do sistema auditivo e à relação entre impedância acústica e o funcionamento do ouvido médio.
Quando uma onda sonora atinge a membrana timpânica, parte dela é transmitida para o ouvido interno, enquanto outra parte é refletida de volta para o ambiente externo. Essa reflexão ocorre devido às diferenças de impedância acústica entre o ar e os tecidos do ouvido médio.
A complacência do sistema auditivo refere-se à sua capacidade de responder a mudanças de pressão sonora. Durante o exame de imitanciometria, uma sonda é inserida no conduto auditivo externo para aplicar uma pressão controlada. A resposta do sistema auditivo a essa pressão é medida e registrada em forma de curva timpanométrica, que representa as variações na complacência do sistema em diferentes pressões.
A impedância acústica é a medida da resistência oferecida por um sistema à passagem da energia sonora. No caso do ouvido médio, a impedância é influenciada pela mobilidade da membrana timpânica e dos ossículos, bem como pela presença de líquido ou obstruções na orelha média. Durante a imitanciometria, a impedância acústica é avaliada através da medida da admitância acústica, que é a recíproca da impedância. A admitância é representada na forma de uma curva timpanométrica, que mostra as variações na mobilidade da membrana timpânica em diferentes pressões.[4]
O exame avalia a complacência (flacidez ou rigidez) da membrana timpânica e analisa os reflexos do tímpano e dos ossículos da orelha média. O exame é dividido em três etapas principais: timpanometria, complacência e pesquisa do reflexo estapédico.
Os resultados da timpanometria fornecem informações específicas sobre o volume e a pressão das curvas obtidas.[7]
Os reflexos estapedianos são respostas reflexas involuntárias do músculo estapédio, localizado no ouvido médio, em resposta a estímulos sonoros intensos, e são divididos em duas categorias: contralateral e ipsilateral.[8]
O reflexo estapediano contralateral ocorre quando um som é apresentado no ouvido contralateral (não afetado) do paciente, enquanto a atividade do músculo estapédio é monitorada no ouvido ipsilateral (afetado). Se o reflexo estapediano contralateral estiver presente, significa que o músculo estapédio contralateral contraiu em resposta ao som apresentado. Essa contração muscular é um mecanismo de proteção que ajuda a reduzir a intensidade dos sons transmitidos ao ouvido interno, especialmente em ambientes ruidosos.
Por outro lado, o reflexo estapediano ipsilateral refere-se à avaliação da contração do músculo estapédio no mesmo ouvido em que o estímulo sonoro é apresentado. Nesse caso, o som é emitido no ouvido ipsilateral, e a resposta do músculo estapédio é monitorada no mesmo ouvido. A presença ou ausência desse reflexo ipsilateral fornece informações sobre a integridade do arco reflexo estapediano ipsilateral e a função do músculo estapédio nesse ouvido específico.
É importante ressaltar que a presença ou ausência dos reflexos estapedianos em cada tipo de curva é apenas um aspecto a ser considerado na interpretação dos resultados da timpanometria. Outros fatores, como a pressão de pico, volume da orelha média e contexto clínico, também devem ser levados em conta para um diagnóstico adequado.
O principal instrumento utilizado é o imitanciômetro, que combina diferentes componentes essenciais para o exame.[10]
O imitanciômetro é composto por um gerador de tom puro, uma sonda de inserção e um sistema de medição. O gerador de tom puro é responsável por gerar um sinal acústico de frequência específica, geralmente entre 226 Hz e 1000 Hz. Esse tom puro é usado para estimular o sistema auditivo durante o exame.
A sonda de inserção é uma pequena ponta acoplada ao imitanciômetro que é inserida no conduto auditivo externo do paciente. Ela contém um microfone para captar o som refletido e uma sonda de pressão para aplicar a pressão controlada durante o exame.
O sistema de medição registra as respostas do sistema auditivo à estimulação sonora e às mudanças de pressão. Ele registra e exibe os resultados em forma de gráficos e curvas, como a curva timpanométrica, permitindo a interpretação dos dados pelo profissional de saúde.
Envolve uma sequência de etapas que são realizadas para obter as medidas de impedância acústica e avaliar a função do sistema auditivo.[10]
É importante ressaltar que o procedimento é seguro, não invasivo e geralmente indolor.
O profissional responsável pela realização do exame de imitanciometria é o fonoaudiólogo especializado em audiologia. Esse profissional possui conhecimentos específicos na área da audição e está capacitado para conduzir e interpretar os resultados desse importante exame.[11]
A imitanciometria é um procedimento audiológico que requer habilidades técnicas e conhecimento aprofundado sobre a anatomia e fisiologia do sistema auditivo. O fonoaudiólogo é treinado para realizar o exame de forma precisa, seguindo os protocolos estabelecidos e utilizando os equipamentos adequados.
A importância do fonoaudiólogo na realização da imitanciometria está relacionada a diversos aspectos:
É importante ressaltar que a imitanciometria é apenas uma das ferramentas disponíveis na avaliação audiológica. O fonoaudiólogo é responsável por uma abordagem abrangente, utilizando outros testes e avaliações para obter uma compreensão completa da função auditiva do paciente.
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