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As Ilhas Moleques do Sul são um conjunto de três ilhas brasileiras, situadas a 8,25 quilômetros da ponta sul da Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis,.[1] e a 14 quilômetros da Praia da Ponta do Papagaio, em Palhoça (Santa Catarina)[2]. Pertencem ao Parque Estadual da Serra do Tabuleiro[3] e são um dos maiores e mais importantes locais para nidificação de aves marinhas da costa brasileira[4][5][6]. Além disso, abrigam o preá Cavia intermedia, um dos mamíferos mais raros do planeta[1][2][7] Por isso, o acesso à ilha é restrito.
Moleques do Sul | |
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Geografia física | |
País | Brasil |
Localização | Oceano Atlântico |
Área | 0,104 km² |
Menor ilha do arquipélago, localizada ao norte das outras duas ilhas de Moleques do Sul |
O arquipélago é formado por 3 ilhas pequenas, sendo uma bem maior que as outras, mas ainda com apenas 0,104 km² e altitude máxima de 100 metros. Ao norte do arquipélago encontra-se ainda uma pequena ponta rochosa e ao o sul uma laje marinha, conhecida como Laje de Moleques do Sul, perigosa para a navegação de embarcações[8].
Aproximadamente 75% do solo é coberto por vegetação herbácea e arbustiva, que cresce baixa devido aos fortes ventos do local, com o restante sendo formado por penhascos e costões com rochas graníticas expostas.
As ilhas não apresentam praia com areia, apenas costões rochosos.[6], repletos de cracas afiadas, sendo o desembarque restrito, além de perigoso e desaconselhável. Também não existe água de forma permanente nas ilhas, apenas poças temporárias oriundas das chuvas[7]. A vegetação é pobre em espécies de plantas[9] Por esses fatores, ao que se têm notícia, as ilhas nunca foram habitadas por pessoas.
A área pertence ao Parque Estadual da Serra do Tabuleiro e à Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca. A importância biológica das ilhas é enorme, já que abrigam uma espécie rara de mamífero e um dos principais centros de reprodução de aves marinhas da costa sul do Brasil.[4]
O arquipélago de Moleques do Sul representa o maior criadouro natural de aves marinhas do estado de Santa Catarina e um dos mais importantes do Brasil.[4][5][6] Quatro espécies concentram a sua reprodução nestas ilhas, contando com centenas de casais, sendo elas[4][5][6]:
Além destas espécies há a presença, em menor número, de outras aves marinhas na ilha, como o piru-piru e raramente a presença de atobás migratórios vindos de regiões distantes (Sula dactylatra e Sula serrator).[6]. Também vivem nas ilhas espécies de aves não marinhas, como o gavião-carrapateiro, o carcará, a curruíra e o tico-tico[6]
Habita exclusivamente na maior ilha do arquipélago uma pequena espécie de preá (parente dos porquinhos da índia) conhecida como Cavia intermedia, único mamífero do arquipélago e com a distribuição geográfica entre as menores do planeta.[7]. A espécie, descrita em 1999, vive apenas nos aproximados 10 hectares da maior ilha do arquipélago e tem uma população média de 40 a 50 indivíduos[7], sendo portanto também um dos mamíferos mais ameaçados de extinção do planeta[7]
A visitação da ilha é restrita e autorizada somente para pesquisas científicas devido à grande importância e fragilidade do local. Devido à grande concentração de ninhos pelo local, a presença humana pode ocasionar um grande desequilíbrio ecológico, já que as aves do local abandonam facilmente seus filhotes nos ninhos quando notam presença de pessoas.[6]. Dessa maneira, os filhotes abandonados nos ninhos são facilmente atacados por outras aves predadoras que estão distribuídas pela ilha, como o urubu-de-cabeça-preta e o próprio gaviotão[6]. Outro fator negativo da presença humana é o risco de poluição e incêndios, que poderiam ameaçar ainda mais o frágil ecossistema local[6]
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