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As Igrejas Reformadas no Brasil (IRB) são uma confederação de igrejas reformadas continentais, iniciadas por missionários canadenses e holandeses em 1970. As igrejas funcionam como confederação de igrejas locais e estão presente em vários Estados do Brasil, sendo a maior confederação de igrejas reformadas de tradição holandesa no país.[3]
Igrejas Reformadas do Brasil | |
Classificação | Protestante |
---|---|
Orientação | Calvinista |
Política | Reformada[1] |
Associações | Conferência Internacional das Igrejas Reformadas[2] |
Área geográfica | Brasil |
Origem | 1970 (54 anos) [3] Recife e Maceió |
Ramo de(o/a) | Igrejas Reformadas Liberadas e Igrejas Reformadas Canadenses e Americanas |
Congregações | 18 (2023)[4] |
Membros | 1.061 (2023)[4] |
Site oficial | https://igrejasreformadasdobrasil.com/ |
Em 2020, era formada por 19 igrejas e congregações e 1.038 membros (690 comungantes e 348 não comungantes).[5]
As Igrejas Reformadas do Brasil têm suas raízes na Reforma Protestante do Século XVI na Europa continental. Desde o início da colonização do Brasil, as igrejas reformadas da França enviaram ao Brasil um grupo de fieis com vários pastores reformados, com o apoio do reformador João Calvino, Chegaram em 1557 na Baía de Guanabara, para estabelecer a colônia da França Antártica. Todavia, devido as guerras religiosas entre franceses, a maior parte dos colonos protestantes foi morta. Alguns dos colonos foram executados 1558 pelos portugueses, sendo os primeiros mártires protestantes no Brasil.[6]
Na primeira parte do século XVII, por meio da Invasões holandesas no Brasil, a Fé Reformada voltou ao Brasil, sendo pregada pelos holandeses na Região Nordeste aos nativos. No auge do trabalho reformado, existiam 22 igrejas instituídas, organizadas em duas classis (presbitérios) e um sínodo regional. As Igrejas Reformadas realizaram muitos trabalhos missionários nas aldeias dos indígenas, usando uma tradução em Tupi do Catecismo de Heidelberg, o que levou a conversão de indígenas e até mesmo a ordenação de ministros nativos para as igrejas formadas, formados na Universidade de Leiden.[7][8]
A primeira tradução da Bíblia para a Língua portuguesa foi feita por João Ferreira de Almeida, um português, ex-padre e pastor da Igreja Reformada Holandesa, tendo sido completada posteriormente por pastores holandeses.[9]
No século XIX, a Igreja Presbiteriana nos Estados Unidos da América e Igreja Presbiteriana nos Estados Unidos (que também eram reformadas) reiniciaram o trabalho reformado no Brasil, originando a atual Igreja Presbiteriana do Brasil, que é a maior igreja confessional reformada no Brasil.[10][11]
A partir do ano de 1970, as Igrejas Reformadas Canadenses e Americanas iniciaram trabalhos missionários na região litorânea entre Recife e Maceió no Nordeste do Brasil. O trabalho missionário iniciou após consultas com a Igreja Presbiteriana do Brasil, que indicou esta área como sendo necessitada de evangelização. Na mesma época, as Igrejas Reformadas Liberadas iniciaram trabalhos missionários em Curitiba e depois Colombo no Sul do Brasil. No ano 2000, as igrejas iniciadas nestes trabalhos missionários se confederaram, adotando o nome "Igrejas Reformadas do Brasil".[12]
Desde então a confederação continua crescendo e trabalhando pela plantação de novas igrejas, que já estão presentes em vários estados do Brasil. Atualmente, a Confederação das igrejas conta com um seminário para a formação de ministros, o Instituto João Calvino, localizado em Camaragibe, Pernambuco.[13][14]
Em 2020, a denominação tinha 9 igrejas organizadas, 10 congregações, 13 ministros (pastores) e 1.038 membros (690 comungantes e 348 não comungantes).[5]
Em setembro de 2023, a denominação divulgou estatística de 1.061 membros (693 comungantes e 368 não comungantes) em 18 igrejas e congregações.[4]
As Igrejas Reformadas do Brasil subscrevem os Credos Ecumênicos (Credo dos Apóstolos, Credo Niceno, e Credo de Atanásio) e as Três Formas de Unidade (Confissão Belga, Catecismo de Heidelberg, e Cânones de Dort), fazendo assim parte das Igrejas Reformadas Continentais.[15][16]
As igrejas confederadas também não admitem a ordenação feminina e possuem liturgia e formas genebrinas, com revisões do Sínodo de Dort.[17][18]
As Igrejas Reformadas do Brasil possuem relacionamento de igrejas-irmãs com as Igrejas Reformadas Canadenses e Americanas, que enviaram os primeiros missionários que originaram suas congregações.
A confederação das Igrejas Reformadas do Brasil participa como membro da Conferência Internacional das Igrejas Reformadas, uma organização ecumênica de igrejas reformadas conservadoras de vários países.[2]
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