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Igreja Adventista do Sétimo Dia - Movimento de Reforma (IASD-MR) é uma denominação cristã, a qual se destaca pela observância do sábado e pela crença na segunda vinda de Jesus Cristo. Tem sua origem na separação da Igreja Adventista do Sétimo Dia devido à divergência quanto à participação dos membros na Primeira Guerra Mundial, na qual os que eram contra tal conduta deram início ao movimento.[2]
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Igreja Adventista do Sétimo Dia - Movimento de Reforma | |
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Orientação | Adventista, Cristianismo pacifista |
Origem | Gotha, Alemanha, 1925 |
Sede | Roanoke, Estados Unidos[1] |
Número de membros | Aproximadamente 42.216 (2019) |
Países em que atua | 132 ao todo; mas principalmente no Brasil, na América do Norte,América do Sul, América Central, África do Sul, África do Norte, Europa, Ásia, e na Austrália,. |
As crenças do movimento refletem amplamente sua herança da Igreja Adventista, com algumas divergências, tendo uma visão mais conservadora e mantendo os princípios da Igreja Adventista primitiva que foram deixados por ela ao longo do tempo.
A Igreja Adventista do Sétimo Dia - Movimento de Reforma é governada por uma Conferência Geral, uma Associação Mundial de unidades territoriais constituintes de Conferências da União e Conferências de Estado/Campo.
Através de suas congregações, editoras afiliadas, escolas, clínicas de saúde e hospitais, o Movimento de Reforma está ativo em mais de 132 países do mundo.[3]
Em 1914 a Divisão Europeia da IASD[4] na Alemanha decidiu que se convocado, o adventista deveria participar do serviço militar, da guerra e até mesmo trabalhar no sábado durante o período de beligerância. O folheto adventista "O Cristão e a Guerra", que foi um dos principais argumentos usados pelos reformistas em motivo da separação, dizia o seguinte: "Temos assim demonstrado, agora, em tudo o que até aqui foi mencionado, que a Bíblia ensina, em primeiro lugar: que participar na guerra não é transgressão do 6° mandamento; em segundo lugar, também, que guerrear no dia de Sábado não é transgressão do 4° mandamento." Desta forma, alguns membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia, principalmente da Europa, acharam a decisão errônea, pois o membro que fosse à guerra, seria incapaz de guardar o sábado e ainda pior, teria que tirar a vida de um semelhante seu, podendo inclusive este semelhante ser um outro membro da igreja adventista de outro país.
Cerca de 4.000 adventistas europeus, a maior parte alemães, recusaram esta decisão e foram expulsos da IASD. Este grupo, que somava 2% da igreja, organizou a Sociedade Missionária Internacional Adventista do Sétimo Dia Movimento de Reforma. Houveram tentativas de reconciliação com a IASD em 1920 e 1922, mas não produziram frutos.
Mais tarde, no verão de 1915 os Pastores L. Conrad, H. F. Schuberth e P. Drinhaus fizeram uma segunda apresentação de um documento ao governo alemão, e passou-se a falar de porte de armas. A esta altura o Movimento de Reforma já estava em andamento e denunciava a Igreja Adventista por ter se afastado dos preceitos originais, e de posse desse documento avolumaram suas denúncias à IASD, vindo a se precipitar daí a separação que se materializaria em 1920.[5]
A separação oficial ocorreu em 1920, mas, segundo seu primeiro presidente, eles já existiam como organização desde 1915.[6] Tanto é que em 31 de dezembro de 1918 eles já possuíam em sua organização mil membros organizados em oitenta igrejas e grupos, nove ministros, sete obreiros bíblicos, quatro obreiros de tempo parcial, um diretor de colportagem e dezenove colportores.[7]
Durante o período da Segunda Guerra Mundial, os Adventistas do Sétimo Dia Movimento de Reforma sofreram perseguição e repressão na Alemanha. Seus ideais contrastavam com a política nazista da época. Os fiéis foram declarados foras da lei, seus bens e propriedades confiscados pelo Estado, obrigando-os assim a trabalhar clandestinamente.
Por meio de uma ordem emitida em 29 de abril de 1936, a Igreja Adventista do Sétimo Dia - Movimento de Reforma foi proibida de funcionar na Alemanha, por se contrapor aos ideais do partido nazista. A ordem dizia:
Em base do decreto de 28/2/1933, parágrafo primeiro, assinado pelo presidente da República, para a proteção do povo e do Estado (Jornal da Lei Federal 1, pág. 83), a seita chamada ‘Adventistas do Sétimo Dia Movimento de Reforma’ está dissolvida e é proibida em todo o Território Federal. Suas propriedades deverão ser confiscadas. Qualquer infração deste decreto será punida de acordo com o parágrafo quarto do decreto de 28/2/1933.
Razões alegadas:
Sob o disfarce de promoverem atividades religiosas, os 'Adventistas do Sétimo Dia Movimento de Reforma' desejam alcançar objetivos que conflitam com a ideologia do Socialismo Nacional [nazismo]. Os seguidores dessa seita recusam-se a prestar serviço militar e a fazer a continência alemã. Declaram publicamente que não têm pátria, porque são de mentalidade internacional, e consideram todos os seres humanos irmãos. Visto que a atitude da seita tende a causar confusão, sua dissolução é necessária para proteção do povo e do Estado.— R. Heydrich.
Em 12 de maio de 1936, ela foi considerada dissolvida pela Gestapo, em todo o território alemão.
Posteriormente, os líderes da IASD-MR solicitaram, por meio de uma petição, uma audiência com autoridades locais, visando reaver o direito quanto à liberdade de expressão religiosa. Após um encontro com Reinhard Heydrich, a petição dos líderes da IASD-MR foi renovada, obtendo-se assim uma resposta em 12 de agosto de 1936:
A exposição contida em vosso escrito de 27 de julho de 1936 não me dá razão para suspender a proibição da seita 'Adventista do Sétimo Dia Movimento de Reforma'— R. Heydrich.
Muitos de seus membros na época tiveram de enfrentar prisão e morte, por contraporem-se ao decreto do Estado. Suas primeiras reuniões legais após o final da Segunda Guerra Mundial, e após quase 10 anos de repressão, aconteceram em Solingen (14-15 de setembro de 1945) e em Esslingen (26-28 de outubro de 1945).[8]
Possui como pilar principal a observância do sábado, baseada em textos bíblicos como Êxodo 20:8-11, Marcos 2:28, Lucas 4:16, dentre outros; não realizando neste dia atividades como compra e venda, trabalho secular e estudos acadêmicos.[9]
Seus membros são vegetarianos, não fumam e não ingerem bebidas alcoólicas. São aconselhados a não fazerem uso de alimentos estimulantes como café, guaraná, coca, tabaco, entre outros.[10]
Eles são antiguerra e não prestam serviços militares. Também não se envolvem com política e não votam.
No vestuário destaca-se o uso de saia na altura da metade da panturrilha, sem o uso de decotes e ombros a mostra. Eles também não fazem o uso de joias de qualquer tipo, incluindo alianças.[11]
Os "Reformistas" aguardam o segundo advento de Cristo baseados em textos bíblicos como João 14:2-3, e nas profecias dos livros de Isaías e Apocalipse.[12]
Período | Presidente | País de origem |
---|---|---|
1925–1934 | Otto Welp | Alemanha |
1934–1942 | Willi Maas | Alemanha |
1942–1948 | Albert Mueller | Alemanha |
1948–1951 | Carlos Kozel | Argentina |
1951–1959 | Dumitru Nicolici | Romênia |
1959–1963 | Andre Lavrik | Brasil |
1963–1967 | Clyde T. Stewart | Austrália |
1967–1979 | Francisco Devai | Brasil |
1979–1983 | Wilhelm Volpp | Alemanha |
1983–1991 | João Moreno | Brasil |
1991–1995 | Neville S. Brittain | Austrália |
1995–2003 | Alfredo Carlos Sas | Brasil |
2003–2011 | Duraisamy Sureshkumar | Índia |
2011–2019 | Davi Paes Silva | Brasil |
2019-Presente | Eli Tenório | Brasil |
– | Ano | Cidade | País |
---|---|---|---|
1. | 1925 | Gotha | Alemanha |
2. | 1928 | Isernhagen | Alemanha |
3. | 1931 | Isernhagen | Alemanha |
4. | 1934 | Budapeste | Hungria |
5. | 1948 | Haia | Holanda |
6. | 1951 | Zeist | Holanda |
7. | 1955 | São Paulo | Brasil |
8. | 1959 | São Paulo | Brasil |
9. | 1963 | Gerdau | Alemanha |
10. | 1967 | São Paulo | Brasil |
11. | 1971 | Brasília | Brasil |
12. | 1975 | Brasília | Brasil |
13. | 1979 | Bushkill Falls | EUA |
14. | 1983 | Puslinch, Ontario | Canadá |
15. | 1987 | Bragança Paulista | Brasil |
16. | 1991 | Breuberg | Alemanha |
17. | 1995 | Voineasa | Romênia |
18. | 1999 | Itu | Brasil |
19. | 2003 | Itu | Brasil |
20. | 2007 | Jeju | Coreia do Sul |
21. | 2011 | Sibiu | Romênia |
22. | 2015 | Roanoke | EUA |
23. | 2019 | São Paulo, Sumaré | Brasil |
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