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O beija-flor-cauda-de-tesoura,[3][4] conhecido também por colibri-tesoura-azul,[5] (nome científico: Hylonympha macrocerca), é uma espécie de ave apodiforme pertencente à família dos troquilídeos, que inclui os beija-flores. É o único representante do gênero Hylonympha, que é monotípico. Por sua vez, também é, consequentemente, a espécie-tipo deste gênero. Pode ser encontrada em altitudes entre 530 e 1200 metros, sendo endêmica do estado de Sucre ao extremo-norte da Venezuela.[6]
Hylonympha macrocerca | |
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Ilustração por John Gould | |
Classificação científica | |
Reino: | |
Filo: | |
Classe: | |
Ordem: | |
Família: | |
Subfamília: | |
Tribo: | |
Gênero: | Hylonympha Gould, 1873 |
Espécies: | H. macrocerca |
Nome binomial | |
Hylonympha macrocerca Gould, 1873 | |
Distribuição geográfica |
O nome científico deste gênero deriva da aglutinação de dois termos derivados do grego antigo, sendo tais termos, respectivamente: ὕλη, hylē, significa "floresta, bosque", adicionado do termo νύμφη, nýmphē, dentro do contexto da mitologia grega antiga, significando a palavra "ninfa", que descreveria uma jovem mulher de beleza exemplar.[7][8] O descritor específico desta ave se refere ao comprimento exagerado de sua cauda, e deriva da aglutinação de dois termos gregos antigos: μακρός, makrós, que significa literalmente "comprido, grande" adicionado de κέρκος, kérkos, um termo que denota cauda, e é frequentemente utilizado dentro da nomenclatura científica: como em Cercomacra e seu descendente Cercomacroides, ou ainda, Aglaiocercus.
Seus nomes comuns dentro do português brasileiro e português europeu, respectivamente, se baseiam nas características físicas desta ave: "beija-flor-cauda-de-tesoura" descreve o formato, que se assemelha com uma tesoura, de sua cauda; este também é o caso do nome "colibri-tesoura-azul", embora este último, além de descrever a forma de sua cauda, apresenta, ainda, uma descrição de cor desta parte do corpo. O termo "tesoura" é frequentemente utilizado para descrever o formato da cauda das aves na ornitologia.[3][9]
Os espécimes machos do beija-flor-cauda-de-tesoura apresentam em torno de vinte centímetros, no qual a cauda representa, às vezes, mais da metade de todo seu comprimento, medindo dez centímetros, no total. Essa medida explica a diferença gritante de tamanho entre o macho e a fêmea, embora estes apresentem uma média de peso semelhante, onde as fêmeas têm entre 6,5 a 8 gramas, ao que os machos têm entre 7 e 7,5 gramas. O beija-flor-cauda-de-tesoura apresenta a característica marcante dos troquilíneos: com o bico preto ligeiramente curvilíneo, porém não apresentam a mandíbula rosada.[10]
A região central do píleo e testa do macho apresenta um violeta-brilhante, ao que as laterais mostram-se mais esverdeadas, quase negras; as suas costas são esverdeadas e metálicas, com uma lavagem em tom dourado na parte do pescoço. A garganta e abdômen são verde-esmeralda, que vai se tornando ainda mais escuro conforme mais perto da cauda, chegando ao preto na região da barriga, com manchas verdes nos flancos. A cauda do macho, azul-turquesa metálico, é extremamente bifurcada.[10]
Esta espécie apresenta um dimorfismo sexual muito acentuado, uma característica frequente na tribo dos lampornitíneos. As fêmeas têm as partes superiores em verde-escuro brilhante, incluindo testa e o píleo. A garganta e o peito são brancos, manchados de verde, com exceção do centro do abdômen. As coberteiras infracaudais são castanho-avermelhadas. A cauda é bifurcada, mas não tão dramaticamente quanto a do macho. As penas centrais são verdes na base e azul aço na ponta. As penas externas são canela e pontas são bege.[10]
Este gênero foi introduzido primeiramente no ano de 1873, assim como sua única espécie, pelo ornitólogo inglês John Gould, que construiu sua carreira através de ilustrações científicas de beija-flores. O ornitólogo descreveria a espécie em seu catálogo de espécies e monografias de troquilídeos, a partir de um espécime que se acredita oriundo da Venezuela, embora não se saiba sua verdadeira origem.[11] O único representante de seu gênero, este se classifica um monotipo, com sua única espécie sendo espécie-tipo. Uma proposta para reclassificar esta espécie dentro de Eugenes foi apresentada, porém não foi reconhecida por nenhum identificador taxonômico internacional.[12][13][14][6] Em 2007, um estudo reclassificaria esta espécie na tribo Lampornithini, em uma reclassificação atualizada da subfamília Trochilinae.[15][16] Não estão reconhecidas quaisquer subespécies existentes para o beija-flor-cauda-de-tesoura.
O beija-flor-de-cauda-tesoura é encontrado apenas na península de Paria, no nordeste da Venezuela. Habita principalmente o interior das florestas subtropicais e tropicais úmidas maduras e florestas nubladas, esta ave também é encontrado em bordas de floresta e em pequenas clareiras. Em elevação, se encontra entre os 500 metros e 1200 metros acima do nível do mar.[10]
O beija-flor-de-cauda-tesoura é uma espécie de ave sedentária, não realizando nenhum tipo de migração sazonal de elevação.[10]
O beija-flor-cauda-de-tesoura alimenta-se com néctar de uma variedade de plantas floridas, principalmente bromélias floridas e também com flores de plantas como Heliconia e Costus. As fêmeas podem defender territórios de alimentação. Além do néctar, a espécie se alimenta de artrópodes por meio da coleta da vegetação e da caça enquanto voa.[10]
Não se sabe sobre a fenologia reprodutiva do beija-flor-cauda-de-tesoura.[10]
O que se acredita ser a vocalização do beija-flor-de-cauda-tesoura é "uma explosão curta e pulsante...'tsi-si-sip...tsi-si-sip...tsi-si-sip...' ou ' tsi-sip...tsi-sip...tsi-sip...'".[10]
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