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A hiperuricemia é a presença de níveis altos de ácido úrico no sangue. O limite normal para homens é de 400 µmol/L (6,8 mg/dL), e 360 µmol/L (6 mg/dL) para mulheres.[1]
Hyperuricemia | |
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Especialidade | endocrinologia |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | E79.0 |
CID-9 | 790.6 |
DiseasesDB | 5375 |
eMedicine | med/1112 |
MeSH | D033461 |
Leia o aviso médico |
O ácido úrico é o produto final do metabolismo de purinas em humanos, pois não produzimos a urato oxidase, enzima que degrada o ácido úrico. Cerca de 70% é excretado pelos rins e 30% pelo intestino. Níveis elevados desta substância podem levar à Gota (doença) e, em alguns casos, acometimento renal (nefrolitíase por uratos).
A hiperuricemia pode ser primária ou secundária:
A hiperuricemia, em 75% dos pacientes, é assintomática (sem sintomas). Em 25%, podem ocorrer sintomas como:
Os níveis altos de ácido úrico estão associados com[2]:
A presença de hiperuricemia é associada a fatores de risco como hipertensão arterial, hiperlipidemia, diabetes e doenças cardiovasculares.
O amplo consumo de alimentos ricos em purinas (como carnes e frutos do mar) é reconhecido como uma das causas da hiperuricemia, apesar de ser comprovadamente um fator menor se comparado ao metabolismo proteico de origem endógena.[3] A composição das bases púricas nos alimentos é variável, mas estudos sugerem que dietas ricas em adenina e hipoxantina são mais eficazes no aumento da hiperuricemia.[4]
Além disso, ela também pode ser causada por defeitos genéticos, que alteram o Ciclo da ureia.
Níveis de ácido úrico no plasma acima de 6 mg nas mulheres e 7 mg nos homens ocorrem em 15% da população acima de 40 anos. Entre 2 e 13% da população tem hiperuricemia sendo 4 vezes mais comum em homens. Costuma ocorrer mais nos homens a partir da puberdade, com maior incidência a partir dos 30;40 anos e, nas mulheres, na menopausa, entre 40 e 50 anos.[5]
Tendo em vista que a hiperuricemia é um fator de risco para as doenças cardiovasculares, renais e articulares [6] deve-se manter o ácido úrico plasmático normal. No tratamento da hiperuricemia é necessário: evitar o ataque agudo de artrite úrica (gota); usar anti-inflamatórios não-esteroides nas crises de dor; usar hipouriceminates ou uricosúricos nos casos mais severos; fazer a profilaxia da recorrência das artrites, litíase, nefrite e gota; diminuir os fatores predisponentes como álcool, dieta inadequada e medicações que diminuam a excreção de ácido úrico pelo rim; prevenir e reverter a deposição de cristais de uratos nas articulações, ossos e tecidos; prolongar por tempo suficiente o tratamento para que os uratos sejam desmobilizados dos tecidos e ossos e que o valor plasmático do ácido úrico volte ao normal.[2]
Os alimentos não recomendados para os pacientes com hiperuricemias são os ricos em purinas como[7]:
Por fim, cabe dizer que toda dieta, por melhor que seja feita, só pode baixar em torno de 25% (aproximadamente 1 mg) dos valores plasmáticos do ácido úrico, então pacientes com níveis muito altos de ácido úrico também precisam de uricosúricos, medicamentos que reduzem a reabsorção de urato e previne pedras nos rins (nome comercial probenecida) .
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