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jornalista brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Heron de Lima Domingues (São Gabriel, 4 de junho de 1924 — Rio de Janeiro, 9 de agosto de 1974) foi um jornalista e radialista brasileiro.[1] Foi o primeiro apresentador de televisão, quando ingressou na TV Tupi do Rio de Janeiro, em 1961. Entre 1972 e 1974, trabalhou na Rede Globo.[1]
Heron Domingues | |
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Nome completo | Heron de Lima Domingues |
Nascimento | 4 de junho de 1924 São Gabriel, Rio Grande do Sul |
Nacionalidade | brasileiro |
Morte | 10 de agosto de 1974 (50 anos) Rio de Janeiro, Guanabara |
Atividade | 1941 - 1974 |
Em tom alarmista, o radialista foi o primeiro a noticiar vários fatos históricos em seus 33 anos de carreira: o lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima em 1945, o suicídio de Getúlio Vargas em 1954, a morte da cantora Carmen Miranda em 1955, a renúncia do presidente da República Jânio Quadros em 1961 e a chegada do Homem à Lua em 1969.[1]
Aos 16 anos tentou a carreira de cantor participando de um concurso de calouros na Rádio Gaúcha, em Porto Alegre, no dia 7 de dezembro de 1941, dia escolhido pelos japoneses para bombardear Pearl Harbour, Havaí nos Estados Unidos. Na ausência do locutor da rádio, Domingues foi lançado às pressas aos microfones e deu a notícia em primeira mão. Não participou do concurso, mas saiu da rádio empregado. Em 1944, mudou-se para o Rio de Janeiro e passou a trabalhar na Rádio Nacional, onde, no programa Repórter Esso, transmitia a informação "como se estivesse numa trincheira", costumava dizer.[1]
Acampado no estúdio da carioca Rádio Nacional, Heron Domingues, o Repórter Esso, aguardava sôfrego pelo telegrama que confirmaria o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Deveria fazer jus ao apelido a ele atribuído, "o primeiro a dar as últimas". Após passar Natal, Ano-Novo e Páscoa em alerta, os colegas insistiam para que ele fosse descansar em casa. Aceitou o conselho a contragosto e, para sua decepção, foi em casa que o radialista soube do fim do armistício, pela emissora concorrente. Para consolo, sua credibilidade ressoou: "Se o Repórter Esso ainda não deu, não deve ser verdade", comentava-se pelo País. Só depois que empostou sua inconfundível voz ao microfone é que a notícia ganhou veracidade.
Sobre o Repórter Esso, Heron relatou:
Na televisão, trabalhou na extinta TV Rio, onde apresentou o Telejornal Pirelli, ao lado de Léo Batista e na Rede Globo, onde apresentou o Jornal da Noite e o Jornal Internacional na Globo de 1971 até 1974.[3]
Em 9 de agosto de 1974, Domingues apresentou uma edição do Jornal Internacional a respeito do impeachment do então presidente norte-americano Richard Nixon. Antes do fato, ele havia pedido a Armando Nogueira um adiantamento de suas férias para dar a informação ao vivo. Elogiado por seu desempenho no ar, foi jantar com amigos. No dia seguinte, em casa, faleceu vitima de um infarto fulminante enquanto dormia.[2][3]
Acreditava que a voz era dádiva de Deus e não se preocupava em preservá-la. Boêmio, bebia e fumava em excesso. Depois do expediente, era comum lotar a casa de amigos para notívagos bate-papos. Quando as visitas partiam, virava-se para a esposa, a jornalista Jacira Domingues, e dizia: "Já faz muito tempo que estou em casa, vamos sair para dançar".[1] Uma equipe médica estudou a voz de Domingues por dez anos e nenhuma alteração foi observada, um fenômeno. "Bebo e fumo em excesso", disse ele. "Pois continue bebendo e fumando", aconselharam os médicos.[2]
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