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político alemão Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Gottlob Christian Berger (16 de Julho de 1896 – 5 de Janeiro de 1975) foi um oficial superior alemão, com a patente de SS-Obergruppenführer und General der Waffen-SS (tenente-general), e chefe do SS-Hauptamt (Gabinete Principal SS) responsável pelo recrutamento da Schutzstaffel (SS) durante a Segunda Guerra Mundial.[1] Durante a Primeira Guerra Mundial, ao serviço do Exército alemão, foi ferido por quatro vezes o que lhe valeu a Cruz de Ferro de Primeira Classe. Logo a seguir à guerra, foi chefe da milícia Einwohnerwehr da sua região-natal, Württemberg do Norte. Em 1922, entrou para o Partido Nazi, mas, durante a década de 1920, a falta de interesse pelas políticas de extrema-direita, levaram-no a optar pela carreira de professor de Educação Física.
Gottlob Berger | |
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Gottlob, em 1944, com seu uniforme da Waffen-SS. | |
Nome completo | Gottlob Christian Berger |
Nascimento | 16 de julho de 1896 Gerstetten, perto de Ulm, Reino de Württemberg Império Alemão |
Morte | 5 de janeiro de 1975 (78 anos) Gerstetten, Alemanha Ocidental |
Nacionalidade | alemão |
Cônjuge | Maria Dambach |
Ocupação | Escritor, militar |
Serviço militar | |
País | Império Alemão Alemanha Nazista |
Serviço | |
Anos de serviço | 1914–45 |
Patente | Obergruppenführer |
Comando | SS-Hauptamt (SS-HA) |
Conflitos | Primeira Guerra Mundial Segunda Guerra Mundial |
Condecorações |
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Nos finais dos anos 1920, regressou ao Partido Nazi e tornou-se membro da força para-militar Sturmabteilung (SA) em 1931. Em rota de colisão com outros membros das SA, decidiu entrar para a Allgemeine-SS em 1936. Inicialmente responsável pela actividade de educação física de uma secção SS, foi rapidamente transferido para o pessoal do Reichsführer-SS Heinrich Himmler para liderar o gabinete desportivo. Em 1938, foi nomeado para chefe do departamento de recrutamento do Gabinete Principal SS (SS-HA), ascendendo a chefe do SS-HA no ano seguinte. Até certo ponto, Berger foi o "pai" das Waffen-SS, pois não só implementou as estruturas e políticas de recrutamento que ajudaram as Waffen-SS a retirar o controlo do recrutamento à Wehrmacht, mas também alargou o leque do dito recrutamento das Waffen-SS primeiro aos voluntários "germânicos" da Escandinávia da Europa de Leste, depois aos Volksdeutsche (alemães étnicos) fora do Reich, e, finalmente, a pessoas que, de modo algum, reflectiam os ideais de Himmler de "pureza racial". Berger defendia, repetidamente, um maior treino ideológico para as Waffen-SS, mas não via a ideologia SS como um substituto da religião. Também apoiou e protegeu o seu amigo Oskar Dirlewanger, o qual escolheu para o comando de uma unidade de criminosos; a SS-Sonderkommando Dirlewanger mais tarde seria responsável por vários crimes de guerra. Era habitual as posições de Berger sobre os seus métodos de recrutamento colidirem com as dos oficiais superiores da Wehrmacht, e mesmo com os da Waffen-SS, mas soube aproveitar as oportunidades que lhe surgiam para fazer crescer a Waffen-SS a um total de 38 divisões no final da guerra.
Nos últimos tempos da guerra, Berger passou por diversos cargos, ao mesmo tempo que continuava como chefe do SS-HA. Teve um papel-chave no Ministério do Reich para os Territórios Ocupados a Leste a partir de meados de 1942, permitindo que SS administrassem grande parte da economia a leste. Neste papel, propôs um plano para raptar e escravizar 50 000 crianças daqueles territórios com idades compreendidas entre os 10 e os 14, sob o nome de código Heuaktion, um plano que acabou por ser realizado. Em resposta à Revolta Nacional Eslovaca em Agosto de 1944, Berger foi nomeado Comandante Militar da Eslováquia, estando neste posto durante o fracasso inicial para bloquear a revolta. No mês seguinte, foi nomeado para um dos dois chefes-de-estado da milícia Volkssturm, e chefe dos campos dos prisioneiros de guerra. Nos últimos meses do conflito, Berger comandou as forças alemãs nos Alpes Bávaros, as quais incluíam tropas das restantes unidades Waffen-SS que ele ajudou a recrutar. Berger entregou-se às tropas americanas perto de Berchtesgaden, sendo detido de imediato. Foi julgado e condenado no Julgamento dos Ministros dos Tribunais Militares de Nuremberga dos Estados Unidos por crimes de guerra, sendo sentenciado a 25 anos de prisão. A sua pena foi reduzida para 10 anos, e foi libertado após cumprir seis anos e meio. Depois da libertação, defendeu a reabilitação das Waffen-SS e trabalhou em diversas empresas industriais. Morreu na sua terra-natal em 1975.
Descrito como tempestuoso, cínico e "um dos mais competentes e confiáveis tenentes de Himmler", Berger também era um ardente anti-semita e um manipulador burocrático qualificado e sem escrúpulos. Devido às suas habilidades organizacionais e de recrutamento, Berger foi mantido como chefe do SS-HA durante toda a guerra.
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