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ilha e província histórica da Suécia Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A Gotlândia ou Gotland (em sueco: Gotland; PRONÚNCIA; em gútnico antigo: Gutland) é a maior ilha da Suécia e do mar Báltico. [1][2][3] Está situada a 90 km a leste da Suécia, assim como a 130 km a oeste da Letónia e 600 km a norte da Polônia. [4][5] A ilha é ao mesmo tempo a província histórica da Gotlândia (Gotland), o condado da Gotlândia (Gotlands län), e a comuna de Gotlândia (Gotlands kommun). [6]
Pertencem à Gotlândia as pequenas ilhas de Fårö e Gotska Sandön ao norte, e as ilhas Stora Karlsö e Lilla Karlsö a oeste. [6][7] A antiga cidade de Visby é simultaneamente a capital da província histórica, a capital do condado e a sede da comuna.[6] É uma antiga urbe hanseática fundada no século X, rodeada de muros medievais praticamente intactos, e dispondo de vários edifícios históricos. [6][8]
O nome geográfico sueco Gotland deriva possivelmente das palavras nórdica "gutar" (o nome do povo habitando a ilha; literalmente, "os homens") e de ”land” (terra ou ilha), significando ”terra dos gutas”. A forma ”Gotland” - com ”o” - parece ser uma influência do baixo-alemão medieval, talvez em combinação erudita posterior com ”goter” (godos). A província está mencionada como "Gutlandi", em escrita rúnica em sueco antigo no século XI, como ”Gutland” na Saga dos Gutas, em gútnico antigo no século XIII, e como ”Gutland” no século XIV. [9][10]
“ | ”Gutland hitti fyrsti maþr þan sum þieluar hit. þa war gutland so eluist at þet daghum sanc Oc natum war uppj.” | ” |
— Autor desconhecido, Saga dos Gutas |
A forma Gotlândia é um aportuguesamento consagrado em textos em português, embora a forma original Gotland pareça ter igualmente uso considerável na língua portuguesa.[11][12]
O antigo nome da ilha é Gutland, e o nome dos seus habitantes Gutar (APORTUGUESADO Gutas). Os Alemães alteraram todavia o nome para Gotland, e os Suecos passaram a designar os habitantes de Gotlänningar (LITERALMENTE Gotlandeses). [13] [14]
A Saga dos Gutas – escrita no século XIII – conta-nos que a Gotland era uma ilha encantada – desaparecendo debaixo de água durante o dia e vindo à superfície durante a noite. Esse encanto teria sido quebrado pela visita do primeiro humano à ilha, quando Tjelvar pôs o pé em terra e acendeu um fogo. [15]
Hoje em dia, sabemos que a Gotland é habitada desde a Idade da Pedra. Os seus primeiros habitantes teriam aí chegado há uns 8 000 anos, sendo a ligação destes ao mar atestada por vestígios arqueológicos da Idade do Bronze e por pedras decoradas com barcos da Idade do Ferro. [16]
Durante a Era Viking, a ilha foi um centro de comércio e um reduto de pirataria no mar Báltico. Numerosos tesouros de prata indicam a sua prosperidade. [15] [16]
No início da Idade Média, a Gotland gozava de considerável autonomia. [17] Os seus camponeses e comerciantes - com a cidade de Visby como centro – estavam unificados e orientados para o comércio marítimo com o leste. [16] Todavia, um conflito crescente entre os comerciantes alemães de Visby e os grandes camponeses da ilha acabou por fazer deflagrar uma guerra civil. O rei sueco Magnus Ladulås interveio em 1288, permitindo a vitória de Visby e assegurando ao mesmo tempo o domínio da Suécia. [18] [16] No século XIII e XIV, a Gotland teve o seu período de riqueza e poder, integrada no círculo da Liga Hanseática. [15] [6] Em 1361, a Gotland passou a ser dinamarquesa, quando o rei Valdemar Atterdag conquistou a ilha, pondo assim fim ao período de prosperidade e grandeza. [19] Embora sendo formalmente possessão dinamarquesa, a ilha foi assediada e até conquistada por vários invasores estrangeiros. [16] 300 anos depois, em 1645, a Gotland foi recuperada pela Suécia, pela Paz de Brömsebro, passando a ser sueca até aos nossos dias. [20] [6] [21]
Em 1678, Johan Cedercrantz foi nomeado governador (em sueco: landshövding) do Condado da Gotlândia.[6] Hoje em dia, a Princesa Leonor da Suécia é a duquesa de Gotlândia, título que lhe foi oferecido pelo avô, o Carlos XVI Gustavo, em honra do seu nascimento.[22]
A Gotlândia é um grande rochedo planáltico de calcário - predominantemente plano - em pleno Mar Báltico, a cerca de 90 km da Suécia continental.[2] Tem um comprimento de 170 km e uma largura de 50 km.[23] Através dos tempos, as vagas e os ventos modelaram falésias (raukar) e grutas ao longo das costas da ilha.[6] Seu ponto mais alto é Lojsta Hed a apenas 83 metros acima do nível do mar.[6] Esta ilha está localizada numa das áreas com maior número de horas de sol da Suécia.[24][25][26]
A sua economia distingue-se da economia do resto da Suécia, devido a ter um maior número de pessoas trabalhando no setor agrícola — cerca de 8% — e um menor número na indústria — uns 15%. Cerca de metade da força de trabalho está concentrada na área de Visby. [17][6]
A agricultura é um setor importante, com realce para o cultivo de beterraba-sacarina, morangos, batatas e cereais. A criação de ovelhas, vacas e porcos está aliada à produção de leite, carne de vaca e de porco. A indústria conta com 10 empresas com mais de 50 empregados, com relevo para a produção metalo-mecânica, alimentar e de cimento. [17][27][28]
A Gotlândia é igualmente uma grande atração turística, especialmente no verão. O turismo ocupa umas 2 000 pessoas, recebendo a ilha anualmente mais de 600 000 turistas. [6][29]
A Gotlândia não tem vias férreas desde os anos 60. Os transportes internos são assegurados por uma rede de linhas de autocarros/ônibus. Visby está ligada diariamente por barco a Nynäshamn e Oskarshamn, e por avião a Norrköping e Estocolmo na Suécia continental.[30][31][32][6]
A Gotlândia é uma grande atração turística, especialmente no verão. Tem um dos maiores números de horas de sol da Suécia – cerca de 2000, em Visby e Hoburg. [33] [34] [35]
Entre os pontos turísticos mais procurados atualmente estão:
... A adoção da vela foi a grande modificação e recentemente foi descoberto pedras pintadas com barcos com velas, tanto em Gotlândia como em Jutlândia...
... oriundos de ilha escandinava, de Gotland, ou da península escandinava...
Med inte mindre än 13 500 fornlämningar utmärker sig Gotland som kommunen med flest fornlämningar i Sverige.
92 medeltida kyrkor på Gotland
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