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militar português Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Gonçalo Rodrigues, o Roas, mais tarde Gonçalo Rodrigues Caldeira, foi um militar português, Cavaleiro Nobre nascido na vila da Sertã no século XIV, onde viveu nos reinados de D. Fernando I de Portugal e de D. João I de Portugal.[1]
Devido ao valor demonstrado e à intercessão do Condestável D. Nuno Álvares Pereira, de quem Gonçalo Rodrigues era muito amigo, o Rei D. João I o fez Capitão. Esteve e participou com este posto na batalha de Aljubarrota, onde muito se notabilizou e aí tomou a bagagem aos Castelhanos, nas quais se achavam um anjo de prata e um grande pedaço do Santo Lenho, que ofereceu, respetivamente, a D. João I e a D. Nuno Álvares Pereira. O Rei, por sua vez, deu o anjo à Colegiada de Guimarães, que o conduzia nas procissões das Festas do Anjo. Gonçalo Rodrigues apossou-se, também, duma notável caldeira de bronze, em que se coziam três ou quatro bois juntos, que se guarda no Mosteiro de Alcobaça.[2]
A bravura e valentia demonstradas no campo de batalha levaram o rei D. João I também a enobrece-lo. Segundo Miguel Leitão de Andrada,[3] foi Gonçalo Rodrigues que tomou, na sua versão, não uma mas as famosas três caldeiras de bronze a D. João I de Castela. Isso explicaria porque, ao enobrecê-lo, o rei português teria acrescentado Caldeira ao nome do novo nobre.[4][5] As mesmas caldeiras passaram também a figurar nas armas de Gonçalo Rodrigues. Por haver tomado aos Castelhanos esta caldeira, a qual se diz que com sua muita força levantou ao ar, e em remuneração dos grandes serviços prestados, lhe mandou o Rei que tomasse por Apelido o de Caldeira, peça lembrada, igualmente, nas suas Armas: de azul, com banda de prata, carregada de três caldeiras de negro, acompanhadas de duas flores-de-lis de ouro; timbre: dois braços de sua cor vestidos de azul, sustentando nas mãos uma caldeira do escudo, ou braço de sua cor armado de prata, sustendo uma caldeira do escudo.[6]
Gonçalo Rodrigues Caldeira teria sido também Secretário de D. João I[7] e foi Notário e Escrivão da Câmara de D. João I, que o casou com Inês de Macedo, filha de Álvaro de Macedo e de sua mulher Joana Ribeiro, de cujo matrimónio deixou filhos e filhas, havendo-os, também, ilegítimos, uns e outros continuadores do Apelido, que trazem as Armas.[6]
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