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A Glossa ordinaria (pl. glossae ordinariae), que significa "glosa/interpretação/explicação ordinária", é uma coleção de glosas bíblicas, dos Padres da Igreja e posteriores, impressas nas margens da Vulgata. Elas eram amplamente utilizadas no sistema educacional do mundo cristão nas escolas catedráticas do período carolíngio em diante e só foram abandonadas no século XIV. Para muitas gerações, a "Glossa ordinaria" foi comentário padrão sobre as Escrituras na Europa ocidental e elas influenciaram muito a teologia e cultura cristã no ocidente. Conforme os professores liam e explicavam a Bíblia, era costumeiro fazerem referências a elas.
Uma versão muito utilizada da obra foi compilada pela escola de Laon, iniciada no começo do século XII, com Anselmo de Laon sendo geralmente creditado por seu envolvimento no projeto,[1] que se baseou em glosas anteriores e em outras fontes. Antes do século XX, a "Glossa ordinaria" era atribuída a Valafrido Estrabão.[2]
A Patrologia Latina (vols. 113 e 114) contém uma versão da "Glossa" que, além de incorretamente atribuída a Estrabão, é representativa de manuscritos de tradição posterior.[3] Existe uma versão facsimile da editio princeps da obra, de 1480/81.[4] Há um crescente interesse na "Glossa" e umas poucas edições críticas modernas parciais e traduções tem sido publicadas (vide bibliografia).
A tradição das glosas bíblicas é paralela ao Mikraot Gedolot judaico.
Muitas outras obras importantes também tem suas próprias glossae ordinariae, como é o caso de Acúrsio, que escreveu uma para o "Corpus" de Justiniano ou Johannes Teutonicus Zemeke e Bartolomeu de Bréscia, que comentaram Graciano.[5]
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