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matemático brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Giuseppe Dutra Janino, nascido em 1960, em Canoas (RS), é um matemático brasileiro, reconhecido como um dos cinco visionários por trás da criação da urna eletrônica no Brasil. Atualmente é consultor (nacional e internacional) em eleições digitais e biometria.
Nascimento | Canoas (RS) |
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Conhecido por |
Pai da urna eletrônica |
Cidadania | |
Atividade |
Janino tem formação em Matemática pelo UniCEUB, é especialista pela Universidade Católica de Brasília em Análise de Sistemas e em Engenharia de Redes e possui MBA em Tecnologia da Informação. Foi presidente do Project Management Institute (PMI) em 2009 e 2010. É conselheiro consultivo do Project Management Institute (PMI) Chapter do Distrito Federal.
Giuseppe Janino desempenhou um papel fundamental como ex-secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), permanecendo por 15 anos nessa posição, durante sua trajetória de 25 anos naquela corte, foi coautor do Projeto da Urna Eletrônica do Sistema Eleitoral Brasileiro e liderou a equipe que projetou e implantou a identificação biométrica no processo eleitoral brasileiro. Contribuiu por 25 anos no âmbito da Corte eleitoral até sua aposentadoria.[1]
Nascido em Canoas, no Rio Grande do Sul, Giuseppe Janino viveu seus primeiros anos na vila militar devido à profissão militar de seu pai na Aeronáutica. Posteriormente, tornou-se aluno do Colégio Militar de Porto Alegre e, aos 18 anos, ingressou na Aeronáutica. Em Guaratinguetá (SP), frequentou a Escola de Especialistas da Aeronáutica e se especializou em controle de Tráfego Aéreo.[2]
No início de sua carreira, Janino foi designado para trabalhar na torre de controle do aeroporto internacional da capital federal, em Brasília, onde atuou por 11 anos.[3]
Em 1995, aos 35 anos, ao prestar o primeiro concurso público realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral, obteve o primeiro lugar, passando a integrar o quadro de analistas do tribunal. Logo no início de sua carreira no Tribunal, em 1996, foi designado pelo ministro Carlos Velloso para atuar no time de consultores que desenvolviam o projeto de engenharia da Urna Eletrônica, um projeto que estava nascendo[3]. Em 1997, participou do Congresso de Tecnologia da Justiça Eleitoral, onde apresentou a solução de software para eleições comunitárias. Também trabalhou no aprimoramento da justificativa eleitoral, quando desenvolveu o projeto de justificativa de ausência às eleições, no âmbito da Justiça Eleitoral.
Durante a carreira, também implementou várias metodologias de gestão baseada nas melhores práticas mundiais como a gestão de projetos preconizadas pelo PMI (Project Management Institute), autonomia em desenvolvimento de software garantindo que todo software do ecossistema de eleições, fossem desenvolvidos única e exclusivamente pela equipe técnica da corte eleitoral superior. Implantou desde de 2009 os chamados testes públicos de segurança, que permitem que qualquer cidadão brasileiro possa testar os softwares que serão utilizados nas eleições quanto a segurança e integridade.
Giuseppe também liderou a implementação da identificação biométrica no processo eleitoral digital. Com a tecnologia, garantiu-se que o eleitor seja o único no cadastro eleitoral, e ele próprio no ato de votar, extinguindo assim, fraudes que ocorriam na identificação do eleitor.
Atuou como membro do Comitê Gestor da Identificação Civil Nacional de 2017 a 2021; Presidente do PMI Chapter Distrito Federal/Brasil de 2009 a 2010, Secreátrio de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral de 2006 a 2021. Atua como membro do Conselho Consultivo do PMI Chapter Distrito Federal/Brasil, e Consultor Internacional em Eleições Digitais e Identificação Biométrica.
Ao longo de seus anos de atuação e colaboração em prol do sistema eleitoral brasileiro, Giuseppe Janino foi reconhecido em inúmeros prêmios: Medalha de Mérito Eleitoral TRE Pará 2005. Prêmio Tecnologia, Inovação e Progresso pela Câmara de Comércio Eletrônico e pela George Washington University; Prêmio CIO de 2009 na categoria Governo pela EditoraAbril. Prêmio Notabile–Personalidade Mais Inovadora do Brasil da área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) no Setor Governamental (2010). Prêmio CidadaniaDigital-ABRID (2011) Prêmio Notabile–Personalidade Mais Influente do Brasil da área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) no Setor Governamental (2012); Prêmio Profissional de Tecnologia da Informação Governo Federal 2012–Informática Hoje. Prêmio Profissional de Tecnologia da Informação Categoria Judiciário 2013–Informática Hoje. Prêmio Notabile–Personalidade Mais Inovadora do Brasil da área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) no Setor Governamental (2013). Prêmio Notabile Homenagem Especial IT4CIO (2014). Prêmio Profissional de Tecnologia da Informação Categoria Serviço Público Federal 2015–Informática Hoje. Comenda Ordem do Mérito Assis Brasil TSE 2016, 4award 2018 e 2019 Referência em TI. Finalista no Prêmio Pico da Neblina IT4CIO (2020).
Além de sua contribuição pioneira para a urna eletrônica, Giuseppe Janino é coautor do livro “O Futuro das Eleições e As Eleições do Futuro”, e autor da obra intitulada “O Quinto Ninja”, a qual escreveu após sua aposentadoria, revelando os bastidores da criação desse projeto revolucionário.[4]
O título do livro foi inspirado no grupo de trabalho responsável pelo projeto de engenharia da urna, composto por três profissionais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e um do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), dos quais três tinham descendência oriental e eram informalmente chamados de ”Os Ninjas”. Nesse contexto, Janino se autodenominou o quinto ninja.
Poucos dias depois de lançado, o livro alcançou a marca de top 5 mais vendidos no site da Amazon na categoria: Profissionais e Universitários Biografias e Casos Verdadeiros.
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