Gildo Fernandes de Oliveira (Recife, 12 de janeiro de 1940 — Fortaleza, 9 de março de 2016), foi um futebolista brasileiro.[2]
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Informações pessoais | ||
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Nome completo | Gildo Fernandes de Oliveira | |
Data de nascimento | 12 de janeiro de 1940 | |
Local de nascimento | Recife, Pernambuco, Brasil | |
Data da morte | 9 de março de 2016 (76 anos) | |
Local da morte | Fortaleza, Ceará, Brasil | |
Apelido | Pernambuquinho | |
Informações profissionais | ||
Posição | atacante | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1957–1960 1960–1966 1966–1969 1969–1971 1972–1973 |
Santa Cruz Ceará América (SP) Ceará Calouros do Ar |
441 (261)[1] |
Gildo atuou no Ceará Sporting Club e no América de São José do Rio Preto. Mais lembrado pela passagem no Ceará, Gildo é considerado o maior ídolo do futebol do Estado do Ceará, tendo sido campeão cearense pelo Ceará em 1961, 1962, 1963 e 1971, campeão do Torneio Norte-Nordeste em 1969, sendo o maior artilheiro da história desse clube cearense, com 246 gols[2][3][4].[5]
Carreira
Gildo era pernambucano e começou cedo, aos 16 anos, no Santa Cruz[5]. Um ano depois, fez testes no Vasco da Gama, do Rio de Janeiro, mas acabou retornando ao Tricolor do Recife.
Sua trajetória no Ceará começaria em 1960. Gildo, o "Pernambuquinho", como era chamado na sua época, veio por empréstimo, com o passe estipulado, com o preço lá embaixo por conta de supostos problemas de joelho. Gildo, literalmente, arrebentou no Ceará e os dirigentes alvinegros da época não pensaram nem duas vezes para comprar seu passe. Era o início de um período histórico para o Vovô, com a conquista do primeiro tricampeonato estadual. Gildo participou das três campanhas e em duas delas (1961 e 1963) foi artilheiro[2][4], com 15 e 16 gols, respectivamente.
Em 1966, a convite do amigo Marco Aurélio, com quem jogara no Ceará, o Pernambuquinho foi para o América, de São José do Rio Preto, interior paulista. Fez boas campanhas e chegou a ser cotado para o Corinthians, mas sua contratação pelo gigante paulista não chegou a se concretizar, devido a uma grave contusão no joelho direito do atleta.[6] “Ganhei no futebol o razoável para sobreviver”, costumava dizer.
Do América paulista, Gildo voltou para o Ceará, ainda na década de 60, quando conquistou a mais taça importante, a do Norte/Nordeste de 1969, numa final contra o Remo, do Pará, novamente decidida em três jogos. No segundo jogo dessa final, o Ceará precisava da vitória, para forçar um terceiro jogo, a partida estava empatada em 2x2, até que no final do segundo tempo Gildo acerta uma bela cabeçada no canto superior direito, Gildo não conseguiu terminar a partida, pois após o gol passou o mal e foi levado para o hospital.[7] Em 1971, seria campeão cearense mais uma vez. Nesse ano é antológico o seu gol, nas finais contra o Fortaleza: o goleiro Cícero Capacete cobrou o tiro de meta e, de cabeça, Gildo escorou para o gol, da intermediária! Não viu o gol, pois caiu com o choque com a bola, mas entrava, de vez, para a história. Nesse último ano, já perto do final da carreira, não renovou contrato com o clube do coração. Ingratidão? Gildo, que acabou indo para o Calouros do Ar Futebol Clube (onde jogou duas temporadas e encerrou sua carreira aos 33 anos), não gosta de falar muito no assunto e sequer revela o nome do dirigente que o relegou. Prefere o reconhecimento da torcida. A mágoa ficou. Tanto é que Gildo, mesmo morando próximo ao Estádio Presidente Vargas, que lhe consagrou, passou 22 anos sem ir a um campo de futebol. Em 1972, defendendo o Calouros, enfrentou o Alvinegro e foi ovacionado toda vez que tocava na bola. “Aquilo foi uma honra para mim”, recorda.
Em 2001 ele voltou ao Ceará, cumprindo um juramento: o de só voltar ao clube no qual é ídolo maior se fosse para trabalhar. “Estou no lugar de onde nunca deveria ter saído”, concluiu.[8][9][10]
Em 2011, no jogo contra o Bahia, a diretoria do Ceará prestou homenagem a Gildo, inclusive, lançado sua camisa retrô, e capa da Revista 1914, do mês de setembro de 2011.
Morte
Gildo morreu no dia 9 de março de 2016 por uma parada cardiorrespiratória, enquanto internado no Hospital Antônio Prudente, em Fortaleza.[1][11] O Ceará Sporting Club decretou luto oficial de três dias.[12]
Títulos
- Santa Cruz
- Ceará[4]
- Campeonato Cearense: 1961, 1962, 1963 e 1971
- Torneio Norte-Nordeste: 1969
Ver também
Referências
- «Morre ex-atacante Gildo, maior ídolo da história do Ceará». O Povo. 9 de março de 2016. Consultado em 9 de março de 2016
- GloboEsporte.comFortaleza, Por; CE (9 de março de 2016). «Gildo, maior artilheiro da história do Ceará, morre nesta quarta-feira». globoesporte.com. Consultado em 18 de março de 2024
- Comunicação, Departamento de (9 de março de 2016). «Nota de pesar: Gildo Fernandes de Oliveira, o Eterno Gildo». CearaSC.com. Consultado em 18 de março de 2024
- Fortaleza, Por Diego Morais; CE (21 de setembro de 2011). «Gildo: o grande goleador alvinegro». globoesporte.com. Consultado em 18 de março de 2024
- Revista 1914 Número 4. Ano 1 Julho/Agosto de 2011
- FARIAS, Airton de. Ceará - Uma História de Paixão e Glória, 2005.
- Revista oficial do Ceará. Ano 1 – Nº 1 – Outubro de 2006
- Revista 1914. Ano 1 - Nº 4 - Julho/Agosto de 2011
- Deixa saudade na torcida do Vozão cearense!
- «LUTO! Morre Gildo, o maior artilheiro da história do Ceará». www.futebolinterior.com.br. Consultado em 18 de março de 2024
- «Nota de pesar: Gildo Fernandes de Oliveira, o Eterno Gildo». Ceará Sporting Club. 9 de março de 2016. Consultado em 9 de março de 2016
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