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Garrett James Hardin (21 de Abril de 1915 – 14 de Setembro de 2003) foi um biólogo pioneiro no estudo dos impactos da população humana sobre a Terra. Seu artigo A Tragédia dos comuns, publicado em 1968 na revista norte americana Science[1], abordou a noção de que a miséria humana continuaria a crescer a não ser que fosse reconhecido que a quantidade de espaços aptos à sobrevivência humana na terra era limitada. Ele é listado pela Southern Poverty Law Center como um adepto do nacionalismo branco, com publicacações "francamente racistas e etnonacionalistas".[2]
Garrett Hardin | |
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Conhecido(a) por | Tragédia dos comuns |
Nascimento | 21 de abril de 1915 Dallas, Texas |
Morte | 14 de setembro de 2003 |
Campo(s) | Microbiologia |
Garrett James Hardin nasceu em 1915 em Dallas, Texas. Aos 4 anos de idade contraiu Poliomielite. Sua condição física debilitada o levou a focar sua atenção na vida acadêmica desde cedo. Juntamente com seu irmão mais velho, Garrett participou de um grupo de bairro durante sua infância. Na ocasião, o líder do grupo costumava cunhar novos nomes para os integrantes e objetos comuns. Garrett sempre foi fascinado pelas variações morfológicas da língua inglesa, pela forma como os falantes nativos da língua a modificavam e como tais modificações eram aceitas pela comunidade local. Essa fascinação criou em Garrett uma inclinação realizar neologismos para definir novos conceitos. Seu pai era um representante de vendas, o que levava a família a não ter residência fixa. A fazenda da família, localizada nas proximidades de Butler, Missouri foi o local onde Garrett passou os verões dos seus 10 aos 18 anos de idade. Entre as obrigações da fazenda, desde os 11 anos ele era responsável por alimentar alguns animais e matar outros para as refeições diárias. Essa experiência teve impacto em sua concepção de que a relação entre predador e presa era parte essencial da vida[3].
Em 1936 formou-se Bacharel em Zoologia na Universidade de Chicago, mais tarde, em 1941 completou o Ph.D em Microbiologia na Universidade de Stanford. Garrett é mais conhecido pelo seu artigo de 1968 A Tragédia dos Comuns, recentemente republicado em mais de 100 antologias e é amplamente aceito como uma contribuição relevante aos campos da ecologia, teoria populacional, economia e ciência política. O artigo também rendeu publicações de livros, entre eles, The Immigration Dilemma: Avoiding the Tragedy of the Commons (O dilema da imigração: Evitando a tragédia dos comuns - Tradução Livre-) [4], uma coleção de ensaios contendo, inclusive, o artigo "Tragédia dos Comuns" publicada em 1995 na qual o professor Hardin tece comentários e teorias sobre imigração e densidade populacional.
Garrett Hardin lecionou como professor da Universidade da Califórnia por mais de 30 anos, retirando-se das atividades do campus em 1978 dedicando-se às atividades de escrita e oratória[5].
As afirmações contidas no artigo A tragédia dos comuns foram alvo de várias críticas por parte de outros estudiosos da área da dinâmica populacional. O ambientalista Derrick Jensen afirma que o artigo é usado na defesa da propriedade privada [6]. Ele afirma que o conteúdo do artigo tem sido utilizado pelos políticos de direita para discriminar e isolar pessoas de países de terceiro mundo e povos indígenas por todo o mundo. Jensen afirma que em vez de tragédia dos comuns, o artigo deveria se chamar Tragedy of the Failure of the Commons (Tragédia da Falha dos Comuns - tradução livre).
A cientista política Elinor Ostrom, ganhadora do prêmio nobel em economia realizou uma crítica ao trabalho de Hardin [7] classificando a tragédia dos comuns como predominante em várias partes do globo, afirmando também que soluções para o problema já haviam sido encontradas em várias comunidades locais. Uma vez que os bens comuns tem sido extraídos por pessoas e empresas externas a tais comunidades, as soluções encontradas não podem mais ser utilizadas.
Garrett e sua esposa eram membros da organização sem fins lucrativos norte americana End-of-life choices que prega que os indivíduos têm a liberdade para escolher o momento de suas mortes. Ao fim da vida, com 88 anos, Garrett sofria de problemas cardíacos e acabou por suicidar-se em 14 de setembro de 2003, juntamente com sua esposa[8].
Durante sua vida, Garrett publicou mais de 350 artigos e 27 livros. Em torno de 700.000 cópias de seus livros já foram vendidas.
Companhia Editora Nacional em 1969)
Hardin, 344 páginas, W.H. Freeman.
Garrett Hardin, 344 páginas, W.H. Freeman (Traduzido para A Ciencia Social num Mundo em Crise pela Editora Perspectiva em 1973).
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