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Gás liquefeito de petróleo

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Gás liquefeito de petróleo
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O gás liquefeito de petróleo (GLP), também chamado de gás de petróleo liquefeito (GPL)[1] e conhecimento coloquialmente como gás de cozinha no Brasil, é uma mistura de gases de hidrocarbonetos utilizado como combustível em aplicações de aquecimento (como em fogões) e veículos.[2][3]

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Carreta com uma carga de botijões de gás no Brasil.
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Botijões (português brasileiro) ou botijas (português europeu) de GLP.

O GLP ou GPL é a mistura de gases condensáveis presentes no gás natural ou dissolvidos no petróleo. Os componentes do GLP, embora à temperatura e pressão ambientais sejam gases, são fáceis de condensar. Na prática, pode-se dizer que o GLP é uma mistura dos gases propano e butano.[2][3]

O propano e o butano estão presentes no petróleo (crude, bruto) e no gás natural, embora uma parte se obtenha durante a refinação de petróleo, sobretudo como subproduto do processo de craqueamento catalítico (FCC, da sigla em inglês Fluid Catalytic Cracking).[2][3]

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Descrição

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Perspectiva

O GLP é um dos subprodutos do petróleo, como a gasolina, diesel e os óleos lubrificantes, sendo retirado do mesmo através de refino em uma refinaria de petróleo. Torna-se liquefeito apenas quando é armazenado em bilhas/botijões ou tanques de aço em pressões de 6 a 8 atmosferas (6 a 8 kgf/cm²).[4][5][6]

Para sua armazenagem, são utilizados recipientes fabricados em aço de várias capacidades volumétricas e formas. Na construção desses recipientes, utilizam-se materiais com capacidade mecânica para aguentar pressões de até 17 kgf/cm², por dois principais motivos: segurança com relação a eventuais possibilidades de rompimento (manuseio inadequado ou excesso de pressão no enchimento) e facilitação da vaporização do produto que é essencial para a sua utilização.[6][5]

Todos os recipientes que contém GLP são cheios até 85% de sua máxima capacidade. Os outros 15% de espaço livre é utilizado na vaporização do produto que ocorre com a troca de calor entre a parede do recipiente e o GLP armazenado na forma líquida - vaporização natural. Quanto maior a temperatura externa do recipiente, maior a velocidade de vaporização do GLP.[6][4][5]

A vaporização também é diretamente proporcional à quantidade de superfície de contato do recipiente com o GLP (parede molhada). Por exemplo: um botijão de 13 kg de GLP, considerada uma temperatura externa constante, vaporizará mais gás quando cheio do que quando estiver com 50% de sua carga, pois o GLP terá apenas a metade da superfície de contato com o recipiente para a sua possível troca de calor e eventual vaporização do líquido. Em grandes consumos, onde não é suficiente a vaporização natural para atender a demanda, são utilizados aparelhos chamados de vaporizadores que possibilitam a vaporização do produto.[6][4][5]

O princípio básico de um vaporizador é o seguinte: o GLP passa por dentro do aparelho através de um duto aquecido, geralmente por uma resistência elétrica, troca calor com este duto aquecido e vaporiza-se permitindo o atendimento da demanda, o que chama-se vaporização forçada.[5][4]

O GLP é formado por vários hidrocarbonetos, sendo os principais o propano e o butano. Uma molécula de propano é caracterizada pela presença de três átomos de carbono e oito átomos de hidrogênio (C3H8). Já o butano, pela presença de quatro átomos de carbono e dez átomos de Hidrogênio (C4H10). Portanto, uma molécula de butano é mais pesada do que uma molécula de propano e a sua tendência em uma mistura é a de ficar depositada no fundo do recipiente de armazenagem. Ao percentual de mistura desses gases chama-se no jargão densidade (relacionado ao conceito de densidade, relacionado à massa por volume). Quanto maior a presença percentual de propano na mistura, menor a densidade do produto e consequentemente menor o peso do mesmo. Ao contrário, quanto maior o percentual de butano na mistura maior a densidade e consequentemente o seu peso.[4][5][6]

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Segurança na utilização

O GLP não é corrosivo, poluente e nem tóxico, mas se inalado em grande quantidade produz efeito anestésico e também asfixia, pois empurra o gás respirável do ambiente em que se encontra. O GLP não possui cor nem odor próprio, mas por motivo de segurança nele é adicionada a substância (mercaptano ou tiol) ainda nas refinarias, para facilitar sua detecção.[6][4]

Ver também

Ligações externas

Referências

  1. «O que é o GPL». Front Fuels. Consultado em 29 de agosto de 2018
  2. Zivenko, Oleksiy (2019). «LPG ACCOUNTING SPECIFICITY DURING ITS STORAGE AND TRANSPORTATION». Measuring Equipment and Metrology (em inglês) (3): 21–27. ISSN 0368-6418. doi:10.23939/istcmtm2019.03.021. Consultado em 23 de maio de 2023
  3. «Standard Specification for Liquefied Petroleum (LP) Gases». www.astm.org (em inglês). Consultado em 23 de maio de 2023
  4. Fuels and Lubricants Handbook (em inglês). [S.l.]: ASTM International
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