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Furnas Centrais Elétricas S/A, ou simplesmente Eletrobras Furnas, foi uma empresa brasileira subsidiária da Eletrobras, que atuava no segmento de geração e transmissão de energia em alta e extra-alta tensão. Esteve sediada por cerca de 50 anos em Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro. Em 2020, transferiu sua sede para o Castelo, na região central da cidade.[1]
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Furnas | |
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Razão social | Furnas Centrais Elétricas S/A |
Slogan | "Energia que impulsiona o Brasil" |
Atividade | Energia Elétrica |
Fundação | 28 de fevereiro de 1957 (67 anos) |
Destino | Incorporação |
Encerramento | 1 de julho de 2024 |
Sede | Rio de Janeiro, Rio de Janeiro |
Proprietário(s) | Eletrobras |
Presidente | Caio Pompeu de Souza Brasil Neto |
Produtos | Geração e transmissão de energia elétrica |
Website oficial | www.furnas.com.br |
Furnas atuava nas regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Norte do Brasil, sendo presente em 15 estados e no Distrito Federal. A empresa atuava no setor elétrico desde o ano de 1957, onde adquiriu experiência em sua atividade e com excelente corpo técnico. Operava com 22 usinas hidrelétricas, duas termelétricas e 1 complexo eólico com capacidade instalada de 18 291 MW, 72 subestações e com mais de 35 201 km de linhas de transmissão, atendendo a uma região onde estão situados 51% dos domicílios brasileiros em estados que respondem por 65% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.[2]
Realizou trabalho em conjunto com órgãos de controle ambiental, através da alocação de recursos financeiros em 24 áreas protegidas por lei nos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal em favor da preservação dos ecossistemas. Essa ação beneficiava a sociedade como um todo ao conservar os recursos energéticos, possibilitando o uso ordenado daquelas áreas para fins científicos, de turismo e de lazer.
A Eletrobras Furnas transportava 100% da energia elétrica produzida e destinada ao Brasil pela Usina Hidrelétrica de Itaipu - Itaipu Binacional, a segunda maior usina hidrelétrica do mundo.[3]
Furnas tinha 97% da capacidade de geração é composta por fontes de energia limpa.[2]
Em julho de 2024, a empresa foi incorporada pela sua controladora, a Eletrobras.[4]
Desde o primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-1945), quando se implantou uma vigorosa política de substituição das importações, ficou assentado que os grandes empreendimentos, de interesse estratégico para o desenvolvimento do país, deveriam ficar sob tutela estatal. Criaram-se então, a Companhia Siderúrgica Nacional (1940), a Companhia Vale do Rio Doce (1942), e a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (1945). No seu segundo governo (1951-1954), foi fundada a Petrobrás - Petróleo Brasileiro S/A (1953).[5]
Furnas foi criada por um decreto de 28 de fevereiro de 1957 pelo presidente Juscelino Kubitschek.[6]
A empresa foi criada com o objetivo de construir e operar, no rio Grande (MG), a primeira hidrelétrica de grande porte do Brasil – a Usina de Furnas, com 1 216 MW, construída entre 1958 e 1963.[6]
Com a reestruturação do setor elétrico na década de 1960, Furnas tornou-se uma subsidiária da Eletrobras, vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Na época, havia uma crescente demanda por energia elétrica necessária para a industrialização e uma carência de investimentos por parte da concessionárias privada para a expansão do setor elétrico do país, o que promoveu a entrada do Estado no setor energético.[7]
Em 1973, Furnas assume a construção do sistema de transmissão da Usina Hidrelétrica de Itaipu. No mesmo ano, inicia a construção da Usina Nuclear de Angra I.[6]
Em 1981, a Usina Hidrelétrica de Itumbiara entra em operação com uma potência instalada de 1 750 MW, sendo a maior usina de Furnas até então. No mesmo ano, inicia as obras da usina de Angra II. Em 1984, a usina de Angra I recebe licença para entrar em operação.[6]
Em 1997, a usinas nucleares de Angra foram repassadas para a Eletronuclear, nova subsidiária da Eletrobras.[6]
A empresa havia sido incluída no Plano Nacional de Desestatização, idealizado e implantado pelo ex-Presidente da República Fernando Henrique Cardoso, porém o então Governador de Minas Gerais Itamar Franco insurgiu contra a privatização de Furnas. Na ocasião, Itamar mobilizou a Polícia Militar de Minas Gerais em umas das principais usinas da empresa, a Usina Hidrelétrica de Furnas, em São José da Barra - MG.[8][9]
A partir de 2007, passa a atuar na região Amazônica, com a construção da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira.[6]
Em 2014, entram em operação os parques eólicos Miassava III, Rei dos Ventos I e Rei dos Ventos II, na região Nordeste.[6]
Em 2018, conclui a Usina Hidrelétrica de São Manoel.[6]
Em janeiro de 2024, foi aprovada a incorporação de Furnas pela Eletrobras como medida de reorganização societária e simplificação de estrutura do grupo, deliberação que foi concluída em julho de 2024.[10][11][4]
Em 14 de junho de 2022, foram vendidas 802,1 milhões de ações da Eletrobras, com um preço base de R$ 42, em uma operação que movimentou R$ 33,7 bilhões. Com isso, a participação da União no capital votante da estatal foi reduzida de 68,6% para 40,3%.[12]
Entre os principais acionistas estão o GIC, fundo soberano de Singapura, o veículo de investimentos de fundo de pensão canadense CPPIB e a gestora brasileira 3G Radar, ligada ao 3G Capital.[12]
Capacidade de geração instalada/projetada 18 291 MW em 2023:[13]
Usinas Eólicas
A rede básica de FURNAS era configurada em linhas com tensões de 138, 230, 345, 500, 750 e ± 600 kV, que passam por oito estados e o Distrito Federal. Era composta por 72 subestações e tem 35.201 Km de linhas de transmissão (2023).[2]
O Sistema de Transmissão de Itaipu era integrado por cinco linhas de transmissão, cruzando 900 km entre o Paraná e São Paulo. O sistema possui três linhas em corrente alternada 750 kV e duas linhas em corrente contínua ± 600 kV, necessárias para contornar o problema de diferentes frequências utilizadas por Brasil e Paraguai (2023).[2]
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