Loading AI tools
filósofo francês Da Wikipédia, a enciclopédia livre
François Jullien (Embrun, 2 de junho de 1951) é um filósofo e sinólogo francês.
François Jullien | |
---|---|
François Jullien en 2014. | |
Nascimento | 1951 (73 anos) Embrun |
Cidadania | França |
Alma mater |
|
Ocupação | filósofo, professor universitário, helenista, sinólogo |
Distinções |
|
Empregador(a) | Universidade Paris VII |
Página oficial | |
http://francoisjullien.hypotheses.org | |
Formado pela École normale supérieure, estudou a língua e o pensamento chinês nas universidades de Pequim e Xangai. É doutor em Estudos do Extremo Oriente.[1][2]
Foi presidente da Associação Francesa de Estudos Chineses (de 1988 a 1990), diretor da Unidade de Formação e Pesquisa - Ásia Oriental da Universidade de Paris VII - Diderot (1990-2000) e presidente do Collège international de philosophie (1995-1998). É atualmente professor da Universidade de Paris VII e diretor do Instituto do Pensamento Contemporâneo e do Centro Marcel-Granet. É também membro senior do Instituto Universitário da França.[1][2]
Atualmente dirige a Agenda do Pensamento Contemporâneo da editora Flammarion, além de ser consultor de empresas ocidentais interessadas em se estabelecer na China.[1][2]
Entre suas mais de 20 obras, traduzidas em cerca de 20 países, destacando-se Penser d’un dehors (la Chine), com Thierry Marchaisse (2000); Si parler va sans dire: du logos et d’autres ressources (2006).[1][2]
Desde o estabelecimento do que ele chama de seu estaleiro de construção filosófica (chantier) para explorar o écart entre o pensamento chinês e europeu, François Jullien vem organizando um vis-à-vis entre as culturas, ao invés de compará-las, de modo a mapear um campo para reflexão. Seu trabalho o levou a examinar várias disciplinas como ética, estética, estratégia e os sistemas de pensamento (pensées) da história e da natureza. O objetivo dessa "desconstrução" de fora (du dehors) é detectar preconceitos enterrados, em ambas as culturas, bem como elucidar o impensado (l'impensé) em nosso pensamento. Serve também para trazer à tona os recursos (ressources) ou fecundidades (fécondités) de línguas e culturas, em vez de considerá-las na perspectiva de sua "diferença" ou "identidade". Além disso, ela reinicia a filosofia, desembaraçando-a do pântano de seus atavismos e purgando-a de noções fáceis ( evidências). A empreitada não deixou de causar polêmica nos círculos filosóficos e orientalistas. Jullien argumentou em resposta que a maneira de produzir o comum (produire du commun) é colocar os écarts para funcionar. Por estabelecerem distâncias, os écarts trazem à tona "o entre" ("l'entre") e tensionam nossa reflexão. "O semelhante" (""), por outro lado, produz apenas o que é uniforme, que então confundimos com "universais". philosophie du "vivre"). Isso marca um afastamento do Ser, o principal viés da filosofia grega. O resultado é uma filosofia geral que se desdobra (se déploie) como uma filosofia da existência. Alguns dos desenvolvimentos recentes de Jullien nesta área incluem reflexões sobre intimidade ("l' intime") e "paisagem" ("paysage"), Gallimard, 2015. O público leitor da obra de Jullien vem se expandindo ultimamente para além das disciplinas do Orientalismo e da filosofia. O mundo da administração começou a adotar conceitos como potencial situacional (potenciel de situação ), em oposição a "planos de ação"; maturação (das condições), em oposição às modelizações projetadas; e o início de transformações silenciosas (" transformações silencieus"), para induzir a mudança em vez de impô-la. Cf. A Treatise on Efficacy, 2004; Conference sur l'efficacité, 2005. O mundo da psicologia e da análise começou a adotar o conceito de "transformação silenciosa" (cf. The Silent Transformations, 2011); Si parler va sans dire , 2006); e os conceitos de alusivo (l'allusif), disponibilidade (la disponibilité), indiretividade (le biais) e obliquidade (l'obliquité) (cf. Cinq concept proposés à la psychanalyse, 2012). O mundo da arte começou a adotar os conceitos de transformação silenciosa; da "grande imagem" ("A grande imagem não tem forma"); de subir (l'essor) e frouxidão (l'étale) (frouxidão é o que está determinado, o que aconteceu completamente e, portanto, perdeu seu efeito; subindo é a montante do efeito, quando o efeito ainda está ocorrendo, ainda em ação, e ainda não afrouxou); do frontal e do oblíquo (a evocação, sendo oblíqua, pode ser preferível à representação, que é frontal: "pinte as nuvens para evocar a lua"); da coerência, em oposição ao sentido (se uma obra não dá um "sentido", então não é a coerência que confere a consistência da obra, que a faz "unir-se" como uma obra?); do evasivo, em oposição ao atribuível); do alusivo, em oposição ao simbólico. O mundo da arte também começou a adotar os conceitos do écart e do entre (l'entre). Por se basear na distinção, a diferença especifica uma essência e a armazena como conhecimento. Um écart, no entanto, estabelece uma distância e, assim, mantém uma tensão entre as coisas que separa. Mesmo ao produzir sua perturbação, o écart traz à tona um entre, justamente pela distância estabelecida. Se o “entre” é a coisa que a ontologia não pode conceber – porque não tem em-si: isto é, nenhuma essência – é também o espaço pelo qual [a coisa] passa, ou ocorre: o espaço do operatório e do eficaz. Cf. em Praise of Blandness, 1997; The Impossible Nude, 2007; The Great Image Has No Form, 2012; This Strange Idea of the Beautiful, 2016.[3][4][5][6]
Seamless Wikipedia browsing. On steroids.
Every time you click a link to Wikipedia, Wiktionary or Wikiquote in your browser's search results, it will show the modern Wikiwand interface.
Wikiwand extension is a five stars, simple, with minimum permission required to keep your browsing private, safe and transparent.