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pai da antropologia moderna Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Franz Uri Boas (Minden, 9 de julho de 1858 — Nova Iorque, 21 de dezembro de 1942) foi um antropólogo teuto-americano,um dos pioneiros da antropologia moderna que tem sido chamado de "Pai da Antropologia Americana".[2][3]
Franz Uri Boas | |
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Nascimento | 9 de julho de 1858 Minden, Vestfália, Alemanha[1] |
Morte | 21 de dezembro de 1942 (84 anos) Nova York, EUA |
Nacionalidade | alemã |
Progenitores | Mãe: Sophie Meyer Boas (1828–1916) Pai: Meier Boas (1823–1899) |
Cônjuge | Marie Krackowizer Boas (1861–1929) |
Filho(a)(s) |
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Alma mater | Ph.D. em Física, Universidade de Kiel (1881) |
Ocupação | antropólogo |
Empregador(a) | Universidade Columbia |
Cargo | professor de Antropologia |
Assinatura | |
Página oficial | |
http://www.franz-boas.com |
Estudando na Alemanha, Boas foi premiado com um doutorado em 1881 em física, enquanto estudava geografia. Em seguida, participou de uma expedição geográfica ao norte do Canadá de 1883 a 1884, onde ficou fascinado com a cultura e a língua da ilha de Baffin se tornando o primeiro estudioso a envolver-se em trabalho de campo prolongado com o Inuits.[4] Em 1887 emigrou para os Estados Unidos, onde trabalhou pela primeira vez como um curador do museu no Smithsonian, e em 1899 tornou-se professor de antropologia da Universidade Columbia, onde permaneceu pelo resto de sua carreira. Através de seus alunos,muitos dos quais passaram a manter departamentos de antropologia e programas de pesquisa inspirados por seu mentor,Boas influenciou profundamente o desenvolvimento da antropologia norte-americana. Entre seus alunos mais significativos estão A. L. Kroeber, Ruth Benedict, Edward Sapir, Margaret Mead, Zora Neale Hurston e Gilberto Freyre.[5]
Em 1892, tornou-se professor de antropologia na Universidade Clark, em Worcester. Em 1896, foi indicado curador assistente de Etnologia e Somatologia do Museu Americano de História Natural. No mesmo ano, foi nomeado leitor de Antropologia Física da Universidade Columbia, e promovido a professor de Antropologia em 1899. Na época, os vários antropólogos que lecionavam em Columbia distribuíam-se por diferentes departamentos. Quando deixou o Museu de História Natural, Boas negociou com a universidade a reunião desses vários professores em um único departamento, do qual ele próprio seria o responsável. O programa de PhD em antropologia da Universidade Columbia, criado por Boas, seria o primeiro da América.[carece de fontes]
Em 21 de dezembro de 1942, Boas faleceu aos 84 anos de idade, nos braços de seu ex-discípulo Claude Lévi-Strauss. Tornara-se, à altura, um dos mais influentes e respeitados cientistas de sua geração.[6][7][8]
Na época de Boas, a antropologia era marcada pela ideia de que raça e cultura, e raça e linguagem, constituíam fenômenos interdependentes. A cultura era conceituada como resultado do pensamento racional do homem, manifesto em diferentes graus, dentro de uma escala evolucionista. Encarava-se a história cultural como processo unilinear e universal, cujas expressões peculiares a cada sociedade, em dado momento, refletiam o seu estado de desenvolvimento.[carece de fontes]
Boas criticou não o princípio da evolução do desenvolvimento histórico, que considerava válido, mas a ortogênese (modificação individual, proveniente de causa interna, que sofre um organismo vivo, sem que entre em jogo a adaptação) que dominava o pensamento científico da época.[carece de fontes]
Franz Boas mostrou que as culturas humanas não percorrem o continuum simples-complexo, pretendido pelas teorias ortogenéticas, mas que existem diferentes desenvolvimentos históricos, resultantes de diferentes processos em que intervieram inúmeros fatores e acontecimentos, culturais e não culturais.[carece de fontes]
A obra de Boas, ao estabelecer a autonomia relativa do fenômeno cultural, desvinculou-se do rígido determinismo em face do meio ambiente e das características biológicas dos componentes das diversas sociedades. Adicionando contribuição tão valiosa à causa do antirracismo, escreveu trabalhos sobre raça e sobre a situação do negro nos Estados Unidos, além de estimular pesquisas semelhantes em várias partes do mundo.[carece de fontes]
No campo da linguística, preocupou-se de início com a compreensão do desenvolvimento histórico das línguas e do papel por elas desempenhado na cultura e no pensamento humano.[carece de fontes]
Ao dedicar-se ao estudo das línguas ágrafas dos grupos tribais norte-americanos, rompeu com a herança histórica dos neogramáticos, utilizando uma abordagem empiricista que consistia em descrever e analisar cada língua em seus próprios termos, a partir do conceito de "forma íntima", adotado de Heymann Steinthal.[carece de fontes]
Sua preocupação em comparar a forma íntima de línguas diferentes conduziu-o aos relacionamentos linguagem-pensamento e linguagem-cultura, através dos quais tentou entender como ocorria, em diferentes sociedades, a relação entre a realidade concreta e a idealização do mundo internalizada por seus componentes.[carece de fontes]
Encarando o fenômeno linguístico como parte do fenômeno etnológico, Boas descobriu que entre as línguas indígenas americanas haviam ocorrido empréstimos léxicos, fonéticos e morfológicos, e que, portanto, as línguas se podem desenvolver tanto por convergência de diversas fontes, como por divergência, a partir de uma origem comum.[carece de fontes]
Como professor, a influência de Boas foi clara sobre muitos antropólogos e linguistas famosos, como Edward Sapir, Ruth Benedict, Margaret Mead e outros.[carece de fontes]
Franz Boas acrescentou novas dimensões à compreensão do relacionamento homem-meio-cultura-sociedade, encaminhando a integração pretendida pela moderna.[carece de fontes]
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