Francisco de Abreu Cirne Pereira de Brito[1] ou Francisco Abreu Pereira Cirne de Castro[2] ou Francisco de Abreu Pereira Cirne Peixoto, natural de Viana,[3] fidalgo (1734)[4] e moço fidalgo (1749)[5][6] da Casa Real,[7] coronel de Infantaria, governador do Castelo de São Tiago Maior da Barra de Viana do Castelo,[8][9] ajudante de sala do general da Província do Minho,[10] morador numa casa com oratório em Viana do Castelo[11] e senhor do Paço de Lanheses, comendador de São Fins de Ferreira,[12][13] do Lindoso[14] e de oitavos da Vila de Ferreira (Zêzere)[15] com a alcaidaria mor[16][17] na Ordem de Cristo.
Apresentava a abadia ou padroado da igreja de Santa Eulália de Lanheses[3] e teria uma capela, dedicada à Virgem Santa Maria (depois a Santa Maria Madalena[18]), no Convento de São Francisco do Monte do Monte de Santa Luzia, na freguesia de Santa Maria Maior (Viana do Castelo), que na entrada tinha uma lápide com a inscrição "FRANCISCO DE ABREU PEREIRA CIRNE SENHOR DE LINDOZO A MANDOV".[19]
Foi ainda foreiro, por três vidas, do Casal da Igreja, em Santa Lucrécia de Aguiar, em Barcelos.[20] Prazo esse que já vinha de sua mãe.[21] Assim como era proprietário do que era chamado Palácio de Santa Bárbara, com a Ermida de Santa Bárbara em Arroios (Lisboa).[22]
Em 1763, solicitava ao rei D. José I de Portugal a confirmação da carta patente do posto de capitão de Infantaria auxiliar[23].
Estaria falecido em 1796 pois um dos seus filhos e sua mulher meterem um requerimento sobre os bens herdados do pai e marido[24].
Filho de:
- Casado 1º com
- D. Isabel Francisca de Sousa Lobato,[2] sua parenta,, filha de Francisco de Sousa Lobato Caldas ou simplesmente Francisco de Sousa Lobato,[28] capitão-mor de Ponte de Lima,[29][30] cavaleiro da Ordem de Cristo, fidalgo da Casa Real, e da sua 2.ª mulher D. Isabel de Sousa e Abreu, filha de Alexandre Brandão de Abreu, cavaleiro da referida Ordem,[31] fidalgo da Casa Real.[1]
- Teve
- D. Isabel Pereira de Sousa Cirne[32] ou D. Isabel Rita Pereira de Sousa[2] ou D. Isabel Rita de Sousa de Abreu Pereira de Cirne de Castro casada, 26 de Março em 1761, com Manuel José de Araújo e Vasconcelos (baptizado em 9 de novembro de 1721[33] e falecido em 5 de Janeiro de 1770), cavaleiro da Ordem de Cristo, vereador de Braga (1763 e 1767),[34] da Casa de Lobios, na Galiza,[35] moradores em Braga.[36] Filho de D. Catarina Josefa de Rego e Castro e de Gabriel de Araújo e Vasconcelos, capitão-mor de Lanhoso e cavaleiro da Ordem de Cristo,[33] senhor da casa de Sinde (em Covelas (Póvoa de Lanhoso)),[37] capitão-mor de Lanhoso e cavaleiro da Ordem de Cristo.[2]
- D. Josefa Pereira de Castro Cirne.[27]
- Casado 2º com
- D. Maria Vitória Meneses Bacelar,[38] que esteve recolhida num convento em Viana a mando dos filhos quando ficou viúva,[39] filha de Manuel Carlos Bacelar, fidalgo escudeiro da Casa Real (1737[40]), 3.º administrador do vínculo da Casa do Carboal, em Covas, e de sua mulher e prima D. Luisa Manuel Meneses, residentes em Covas, e em São Miguel de Fontoura[41] filha de D. Francisco Furtado de Mendonça e Menezes da vila de Ponte de Lima, fidalgo da Caza Real” (Memórias Paroquiais de 1758[42]), cavaleiro da Ordem de Cristo, senhor das Casas da Freiria e Argemil, e de sua mulher D. Marianna Luiza de Valladares Amaral, herdeira da Casa de Oliveira de Azeméis, filha de João de Valadares Carneiro, fidalgo da Casa Real, e de D. Eugénia Margarida de Menezes, da Casa de Barbeita.[43][44]
- Teve
- Sebastião de Abreu Pereira Cirne Peixoto, moço fidalgo,[45] major, fidalgo da Casa Real, 1º senhor de Vila Nova de Lanheses, no seu Paço de Lanheses e onde ocupa o posto de capitão-mor das ordenanças desta mesma localidade.[46] Casado com D. Maria José de Lencastre César de Menezes, filha de D. Inez Luiza Corrêa de Sá e de Gonçalo Pereira da Silva de Noronha de Lemos e Menezes, General, Fidalgo da Casa Real, Cavaleiro da Ordem de Cristo, senhor de Francemil (em Santo Tirso), da quinta dos Freixos (em Salreu), de Bertiandos e da Casa de Penteeiros, (em Ponte de Lima).
- José Pereira de Castro Cirne Peixoto[47] ou José Pereira de Brito e Castro Cirne[48] ou simplesmente José Pereira de Brito, moço fidalgo,[49] com o ofício de Escrivão dos Órfãos.[50][51]
- Francisco de Abreu Pereira de Meneses, moço fidalgo (1782),[52] Desembargador de Agravos da Casa da Suplicação e Procurador Geral da Ordens e da Fazenda do Infantado,[53] e promotor fiscal das Ordens, no Paço da Rainha.[54]
- João Manuel de Meneses[55] ou João Manuel de Abreu Pereira, nascido em 4 de Outubro de 1773.[56], moço fidalgo (1782)[57].
- António de Abreu Pereira de Meneses[58] ou António Joaquim Pereira de Menezes, nasceu em 17 de Junho de 1770,[56] natural de Viana do Castelo, moço fidalgo, por alvará de 17 de Agosto de 1782.[59][60]
- Manuel António de Brito e Menezes[61] ou Manuel Carlos de Abreu e Meneses, capitão-general que governou a capitania de Mato Grosso.[62]
- Marcos Caetano de Abreu e Meneses ou Marcos Malheiro de Bacelar e Menezes, moço fidalgo,[63] governador e capitão-general de Moçambique (agosto de 1812-fevereiro de 1817), casado com D. Maria do Carmo Cabral da Cunha. Sem geração.[10]
- Luísa Caetana de Menezes,[55][64] nasceu 13 de Janeiro de 1771, baptizada em 16 de Fevereiro do mesmo ano e cujo padrinho foi o Marquês de Pombal, e faleceu em 26 de Agosto de 1816. Era demente[56] e mesmo assim foi aluna ou educanda no Colégio das Chagas de Viana do Castelo[65] e depois foi recolhida no Convento de Santa Ana de Viana.[66]
- Maria Rosa de Menezes,[55][67] nascida a 15 de Junho de 1772.[56]
- Teresa Rita de Meneses[68] (Abreu e Meneses)[69] ou Teresa Luísa de Menezes.[55][70] Baptizada na Sé de Viana do Castelo[56] e aluna do Coiégio das Chagas em Viana.[65] Segundo a informação do Arquivo da Casa de Almada terá sido moça de coro do Mosteiro da Encarnação de Lisboa e que terá morrido em 1830, com tuberculose, no Palácio do Rossio de seu sobrinho.
- Maria Angelina de Abreu e Menezes, falecida em 19 de Dezembro de 1870,[53] casada com António Malheiro Pereira de Araújo Marinho, senhor da Casa do Patim e Casa do Cardido. Sem geração.[10]
- Maria Josefa que também foi aluna no Colégio das Chagas.[65]
Teve igualmente mais um filho:
- José Ricalde Pereira de Castro, que recebe o mesmo nome de seu ilustre tio seu homónimo, o juiz desembargador favorito de D. Maria I (José Ricalde Pereira de Castro), mas, que ao contrário deste não lhe é dada qualquer menção histórica de relevo, de acordo com ele, a não ser que teve a mercê de moço fidalgo, em 1782[71], e que era alferes, e solteiro, quando morre em Caminha (Matriz), Caminha, no dia 29 de Julho de 1816[72].