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Frances Borzello é uma historiadora da arte britânica, amplamente conhecida por seus trabalhos sobre as representações da figura feminina na arte, especialmente sobre o tema do autorretrato feminino.[1] Com formação acadêmica sólida, Borzello tem sido uma voz importante na discussão sobre o papel das mulheres na história da arte, desafiando narrativas tradicionais e ampliando o entendimento da prática artística feminina.[2]
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Através de suas pesquisas, Borzello oferece uma nova perspectiva sobre a arte feita por mulheres, ajudando a legitimar suas contribuições e trazendo à tona artistas que, durante muito tempo, foram marginalizadas ou ignoradas pelos historiadores da arte tradicionais. Sua abordagem intersecciona os estudos de gênero com a história da arte, proporcionando uma visão mais inclusiva e completa sobre o papel das mulheres na produção artística.
Seus livros mais conhecidos incluem *Seeing Ourselves: Women's Self-Portraits* (1998),[3] uma obra seminal que explora o autorretrato feminino ao longo da história. Nesse trabalho, Borzello analisa como as mulheres artistas, de diferentes épocas, usaram o autorretrato como uma forma de expressão pessoal e subversão de normas sociais e artísticas. Ela destaca como essas artistas utilizam suas imagens para afirmar suas identidades, questionar estereótipos de gênero e lutar pelo reconhecimento em um campo tradicionalmente dominado por homens.
Outro trabalho importante de Borzello é *A World of Our Own: Women as Artists* (2000),[4] no qual ela discute a evolução da prática artística feminina desde a Renascença até o século XX, traçando as maneiras pelas quais as mulheres conseguiram contornar as barreiras sociais e culturais para deixar sua marca na história da arte.
Borzello obteve seu doutorado na University College London em 1980.[5] Sua dissertação foi publicada em 1981 e intitulada "A relação das belas-artes e dos pobres na Inglaterra do final do século XIX".[6] Borzello era membro de um grupo de fotografia feminina fundado na década de 1970, chamado Second Sight, que incluía membros como Annette Kuhn, Jill Pack e Cassandra Wedd.[7]
O texto de Borzello Preaching to the converted? Feminist art publishing in the 1980s foi incluído no livro de 1995 New Feminist Art Criticism: Critical Strategies[8].
Seu livro publicado pela primeira vez em 1998[9], Seeing Ourselves: Women's Self Portraits discute as mulheres criando suas próprias imagens e o poder do autorretrato em vez de serem retratadas como objetos, bem como um olhar histórico sobre gênero, identidade e representação[10][11]. O livro é um olhar aprofundado sobre a história, começando com os autorretratos de freiras medievais e terminando no século XXI, incluindo temas como maternidade, beleza feminina, talentos musicais, como visto em trabalhos iniciais e nos temas do século XX de sexualidade, dor, raça, gênero e doença. Algumas artistas no livro Seeing Ourselves: Women's Self Portraits incluem: Judith Leyster, Anna Dorothea Therbusch, Marie-Nicole Dumont, Hortense Haudebourt-Lescot, Suzanne Valadon, Gwen John, Paula Modersohn-Becker, Charlotte Berend-Corinth, Frida Kahlo, Wanda Wulz, Charlotte Salomon, Judy Chicago, Jo Spence, Hannah Wilke, Carolee Schneemann, Cindy Sherman, Tracey Emin e mais[10][12][9]. A edição de 2016 foi totalmente revisada e inclui um novo posfácio da autora sobre selfies[9].
O livro de 2010, Frida Kahlo: Face to Face, foi escrito em coautoria com a artista americana Judy Chicago e focou na carreira de Frida Kahlo, bem como na arte de Kahlo em relação a tópicos como autorretrato feminino e comercialização[13].
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