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For the Man Who Has Everything (em português: O Homem Que Tinha Tudo, nas versões de 1991 e 2002 e Para o Homem que Tem Tudo... nas versões de 2006 e 2011) é uma história em quadrinhos originalmente publicada em 1985 na revista americana Superman Annual #11.
Superman - Para o Homem que Tem Tudo | |
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Capa de Superman Annual #11 | |
Editora(s) | DC Comics |
Primeira edição | 1985 |
Edições | 1 |
Primeira publicação | Superman Annual #11 |
Gênero | história em quadrinhos americana de super-herói |
Argumento | Alan Moore |
Desenho | Dave Gibbons |
Personagens principais | Superman Batman Mulher-Maravilha Robin (Jason Todd) Mongul |
ISBN | 1-4012-0927-0 |
Escrita por Alan Moore e desenhada por Dave Gibbons, a história narra um aniversário do personagem Superman. Quando Batman, Mulher-Maravilha e Jason Todd, o Robin, chegam à Fortaleza da Solidão para entregar-lhe seus presentes, encontram-no dominado pela "Clemência Negra", uma planta alienígena que o induziu num transe alucinógeno. Enquanto os heróis lutam para libertar Superman do controle da criatura e enfrentam Mongul, o vilão responsável pelo "presente", Superman sofre com as alucinações provocadas pela Clemência e vê-se imaginando como sua vida seria se seu planeta natal Krypton nunca tivesse sido destruído e ele não tivesse sido enviado por seu pais Jor-El e Lara para o planeta Terra quando criança.
Considerada uma das melhores histórias do personagem já publicadas, For the Man Who Has Everything é vista como uma obra representativa na "Era de Bronze" dos quadrinhos - denominação que compreende as histórias publicadas entre 1970 e 1986 - por sua abordagem e ineditismo. Em 2004, quase vinte anos após a sua publicação, foi adaptada pelo escritor J. M. DeMatteis para a série de animação Liga da Justiça Sem Limites, tornando-se o 2º episódio de sua primeira temporada e a primeira adaptação de um quadrinho de Alan Moore a ter autorização do próprio Moore para creditar o seu nome com autor da obra que inspirou o episódio da animação.
Entre 1980 e 1984, Alan Moore se tornou uma presença recorrente nos créditos das revistas em quadrinhos publicadas na Inglaterra. Tanto a divisão britânica da Marvel Comics, quanto a Fleetway (responsável pela revista 2000 AD) e a Quality Communications (responsável pela revista Warrior) contrataram Moore para roteirizar histórias publicadas em suas revistas.
[1] O início da década de 1980 é apontado por estudiosos como um período marcado pelo aumento da popularidade das histórias em quadrinhos na Inglaterra e no Reino Unido. Um público cada vez menos infantil estava consumindo as revistas[2] e, em 2000 AD apenas Moore escreveria mais de cinquenta histórias para as séries Future Shocks e Time Twisters.
[3] Em mais de uma oportunidade seria Dave Gibbons quem desenharia as histórias de Moore, numa parceria que vinha agradando ambos.[4][5]
O talento de Gibbons chamou a atenção da DC Comics ainda em 1982, e já naquele ano Len Wein o contratou para desenhar a revista Green Lantern Corps. No ano seguinte seria a vez de Moore ser contratado por Wein, que buscava um escritor que pudesse assumir a função de roteirista da revista Swamp Thing, que vinha enfrentando baixas vendas.
Moore não apenas faria a revista voltar a ter bons resultados de vendas, como seria o responsável, ao lado dos artistas Stephen R. Bissette, Rick Veitch e John Totleben, por reinventar o personagem Monstro do Pântano, que protagoniza a série, e introduzir em suas tramas uma temática até então inédita, tratando de forma experimental questões sociais e ambientais.
[6][7] Moore assumiu a revista em 1984, e seus roteiros logo atraíram a atenção de público e crítica,[8] impulsionando a editora a contratar outros roteiristas europeus, como Grant Morrison, Jamie Delano, Peter Milligan e Neil Gaiman, para escrever outras séries de apelo similar[6][7][9] - e que posteriormente marcariam o início do selo Vertigo de quadrinhos adultos.[10]
Tanto antes quanto enquanto trabalhava com o Monstro do Pântano, Moore submeteu à editora inúmeras propostas, buscando trabalhar com personagens como o Caçador de Marte e os Desafiadores do Desconhecido, mas todas acabavam rejeitadas por já estarem sendo desenvolvidos projetos com outros escritores envolvendo os personagens com os quais ele pretendia trabalhar.
Quando o editor Dick Giordano finalmente aprovou o projeto que viria a se tornar Watchmen, Moore e Gibbons começaram a trabalhar no planejamento das histórias. Pouco depois, o editor Julius Schwartz questionou Gibbons sobre a sua possibilidade de desenhar uma história de Superman.
Gibbons declarou-se disponível, mas perguntou a Schwartz quem ele colocaria para roteirizar a história. Quando Schwartz disse à Gibbons que ele poderia escolher quem escreveria a história, ele imediatamente apontou Moore, e rapidamente For the Man Who Has Everything começou a ganhar forma.[4][5][11]
Na continuidade até então estabelecida, duas importantes mudanças haviam ocorrido no Universo DC, o universo ficcional onde se situam as histórias publicadas pela DC Comics: Em agosto de 1979, mais de duas décadas desde o seu surgimento, a a cidade engarrafada de Kandor - uma cidade do planeta Krypton que havia sido miniaturizada pelo vilão Brainiac e cujo destino Superman buscava reverter desde então - finalmente retornou à normalidade na revista Superman #338[12] e em março de 1983 surgiu o personagem Jason Todd, que substituiria Dick Grayson no papel de Robin.[13]
Considerando esses eventos, For the Man Who Has Everything transcorre da seguinte forma:[nota 1] Em 29 de fevereiro, no Círculo Polar Ártico, Batman e Jason Todd, o novo Robin, encontram-se com a Mulher Maravilha na frente da Fortaleza da Solidão. Batman apresenta Jason a Mulher Maravilha, e os três dirigem-se à Fortaleza. Ao entrarem no local, deparam-se com Superman num estado vegetativo e com uma grande planta alienígena presa ao seu peito, com tentáculos em volta do corpo do herói.[14]
Paralelamente, é retratado o que passa no interior da mente de Superman: como "Kal-El", ele vive feliz em um planeta Krypton que jamais foi destruído. Casado com a ex-atriz Lyla Lerrol e pai de duas crianças, Van e Orna, Kal-El trabalha no Instituto de Geologia da cidade. Para seu aniversário, seus entes queridos lhe fazem uma festa surpresa, no qual estão presentes sua prima, Kara Zor-El, e quase todos os seus familiares, mas não seu pai, Jor-El.
No dia seguinte, Kal vai ao trabalho de seu pai, e o encontra em reunião com Lor-Em, líder de uma seita nomeada "Espada de Rao", e Dax-Ar, major do exército kryptoniano. Jor-El pretende se aproveitar do prestígio dos dois para obter maior poder político. Pai e filho começam a discutir, e enquanto Kal tenta expor que se associar com grupos extremistas pode ser ainda mais prejudicial para a já debilitada carreira de Jor-El, este começa a reclamar da deteriorização dos valores em Krypton, com o aumento do tráfico de drogas e o surgimento de "problemas raciais com os imigrantes da Ilha Vathlo".
É revelado que Lara, a mãe de Jor-El, havia falecido anos antes e que Jor-El havia sido expulso do Conselho de Ciência de Krypton após sua previsão de que o planeta iria explodir se mostrar uma inverdade.[15]
Na Fortaleza da Solidão, Batman analisa a situação, e presume que o embrulho com o "presente" deve ter chegado pelo Canal de Teletransporte, enviado por um dos muitos mundos agradecidos pela ajuda de Superman, que não devia saber dos efeitos da planta. Nesse instante, Mongul surge, e revela-se o responsável pelo envio do planta, cuja nome é "Clemência Negra".
Ele explica que a Clemência atraca-se à sua vítima de forma simbiótica, alimentando-se de sua aura e, em contrapartida, provocando um transe que havia colocando Superman num estado comatoso, vivendo um sonho extremamente realista e plausível com base em seu "desejo do coração". Mongul, então, ironiza os três heróis, perguntando para Batman qual deles deveria morrer primeiro: "Sei que sua sociedade faz distinções com base em gênero e idade. Talvez, então, devam me orientar sobre qual de vocês a etiqueta pede que morra primeiro!", diz. Batman e Mulher Maravilha se entreolham, e ela avança contra o monstro.[16]
Enquanto a Mulher Maravilha tenta conter o vilão, Batman e Robin buscam uma forma de remover a Clemência de Superman.[17] Em seu sonho, "Kal" vê-se parte de uma sociedade kryptoniana cada vez mais polarizada, vítima de forte agitação política. Enquanto Jor-El tornou-se líder de um movimento reacionário extremista, buscando a um retorno ao Krypton "nobre e imaculado" do passado, um grupo rival, contrário à existência da Zona Fantasma - o dimensão paralela que serve de sistema prisional perpétuo para os condenados kryptonianos - agride brutalmente Kara Zor-El e começa a manifestar-se cada vez mais contra "o clã dos El".
O momento em que Batman consegue remover a Clemência do peito de Superman coincide com o instante em que o sonho de "Kal" se dissolve: durante uma visita à cratera de Kandor, um pressentimento lhe faz questionar se seu filho, Van-El, era mesmo real.[18]
A Clemência solta o corpo de Superman, agarrando-se ao de Batman, que começa a viver o seu "desejo do coração": Quando criança, ao invés de ver seus pais serem assassinatos na sua frente durante um assalto, o jovem Bruce Wayne apenas presencia seu pai desarmar o assaltante, e a partir daí passa a viver uma vida relativamente normal, chegando a se casar e ter uma filha. Superman pergunta para Robin quem foi o responsável pelo ataque. Enfurecido ao saber quem havia enviado o "presente", Superman voa através da Fortaleza, avançando contra o vilão enquanto Robin usa o equipamento esquecido por Mongul para retirar de Batman a Clemência que o controlava.[19]
Superman: Levante-se verme! Você percebe o que fez comigo?
Mongul: Perfeitamente! Eu elaborei uma prisão que você não poderia abandonar sem abrir mão de seu maior desejo. Escapar dela deve ter sido como arrancar o próprio braço...
Superman esmurra Mongul, buscando vingar-se pelo que havia passado,[20] numa emblemática sequência.[21] Conforme os dois trocam ataques tão fortes que interferem em sismógrafos, Mongul detalha a perversidade de seu plano. Superman ataca-o com sua visão de calor, queimando o vilão. O combate entre os dois persiste, destruindo largas porções da Fortaleza da Solidão, mas como ambos são virtualmente indestrutíveis, o embate se torna frustrante para os dois.
Por um segundo, Superman fraqueja, ao lembrar de Krypton e nesse instante Mongul tenta matá-lo. Mongul é então surpreendido por Robin, que solta sobre o corpo do vilão a Clemência Negra.[22]
Enquanto Mongul, dominado pela planta, começa a viver o seu sonho de conquistar o universo,[23] Superman revela que irá jogá-lo num buraco negro e Batman e Mulher Maravilha enfim entregam seus presentes.[24]
O presente de Batman - uma rosa produzida em laboratório chamada "Krypton" - havia sido destruído durante o combate, e o da Mulher Maravilha - uma réplica da cidade miniaturizada de Kandor, feita pelos "projetistas de joias" da Ilha Paraíso para lembrar Superman da verdadeira, que havia sido ampliada e enviada para outra dimensão - era algo que Superman já tinha. Sem que ninguém perceba, ele, fazendo uso de sua super-velocidade, esconde a réplica que já possuía e gentilmente agradece o presente, afirmando ser aquilo "o que sempre quis". O "homem que tem tudo", então, abraça seus amigos e diz: "Alguém prepara café enquanto eu dou um jeito na casa?".[24]
Originalmente, a história foi publicada nos Estados Unidos em uma edição individual, e posteriormente nos seguintes volumes encadernados:
Em 2003[25] e 2006, a DC incluiu a história em encadernados dedicados à obra de Alan Moore. O mais recente, DC Universe: the Stories of Alan Moore, reuniu todas as histórias que Moore havia escrito com personagens do Universo DC. Em 2009, a DC Comics anunciou que relançaria Whatever Happened to the Man of Tomorrow? numa nova edição exclusiva, reunindo a história com as outras duas revistas que publicaram uma história do personagem escrita por Moore: Superman Annual #11 (publicação original de "For the Man Who Has Everything") e DC Comics Presents #84, uma história team-up com o Monstro do Pântano.[26][27] Em 2010, uma nova versão desse mesmo encadernado seria lançada.[28]
No Brasil, foi publicada originalmente em formatinho na revista Super Powers # 21, de maio de 1991,[29][30] e republicada em diversas oportunidades:
A história é considerada uma das melhores histórias já publicadas do personagem[39][41][42][43][44] e foi indicada ao Kirby Award de "Melhor História" em 1986.[45] Em seu livro The man from Krypton: a closer look at Superman, Glenn Yeffeth aponta a história como "talvez o mais forte retrato já feito dos efeitos psicológicos da perda que Superman sofreu".
[46] Mesma visão teve Wallace Harrington, em resenha publicada no site americano "Superman Homepage". Chamando a história de "uma das obras-primas" com o personagem, disse: "De todas as histórias já escritas sobre Superman, essa é a que melhor aborda o conflito interno que ele possui. Se Krypton não tivesse sido destruída, a vida dele seria totalmente diferente. Se não tivesse o planeta explodido e Kal-Ele enviado para um lugar para o qual nunca iria, ele nunca teria assumido o papel e a responsabilidade que assumiu, nem teria enfrentado tantos inimigos (...). A história é perfeitamente escrita, com personagens bem definidos, um excelente conflito dramático e maravilhosas referências à histórias antigas". A arte de Gibbons, em particular, seria alvo de elogios, com a sequência em que Superman queima Mongul usando sua visão de calor sendo apontada como uma das mais intensas já produzidas nas histórias em quadrinhos, retratando o personagem de uma forma que até então nunca havia sido mostrada de forma bem-sucedida: com raiva.[39]
Resenha publicada no site brasileiro Universo HQ apontou a história, ao lado de Whatever Happened to the Man of Tomorrow?, como um dos "clássicos incontestáveis dos heróis DC" e bons exemplos que "reforçam a ideia de que as ideias anteriores ao evento não estavam desgastadas - eram os autores que tinham perdido o jeito de fazê-las brilharem de novo".[33]
Em mais de uma oportunidade o site americano Comic Book Resources enalteceu as qualidades da história. Em 2010, como parte de uma série de artigos analisando a história da DC Comics, que comemorava então 75 anos de sua fundação, o jornalista Brian Cronin listou aqueles que seriam "os 75 momentos mais memoráveis" dentre as histórias publicadas pela editora, e, chamando For the Man Who Has Everything de "brilhante", listou o momento em que Superman desperta do transe e ataca Mongul na oitava posição[40] Antes Cronin já havia citado a mesma sequência durante a série de postagens "A Year of Cool Comic Book Moments", destacando em especial o momento em que Superman responde à Mongul com um simples "Queime" antes de usar sua visão de calor contra o vilão.[41] Ao avaliar a história, disse, numa terceira oportunidade: "É um grande exemplo de como uma equipe criativa pode dar uma abordagem 'adulta' à uma história de super-herói sem perder nada do glamour e da grandeza de seus conceitos e personagens. Mulher Maravilha, Batman, Robin e Superman são todos bastante impressionantes durante a história, e isso sem serem modificados, mas sim abraçando o que os define. Tudo isso ajuda para tornar esta uma memorável obra de ficção".[21]
Renan Martins Frade, do site brasileiro Judão, avaliou o contexto histórico em que se inseria a história, ao avaliar a republicação da história na coleção "DC 75 Anos": "A partir do começo dos anos 70 a DC viu a ameaça da Marvel se tornar realidade. Não era mais a casa do Superman que liderava as vendas de gibis nos EUA, mas sim a Casa das Ideias. Porém, foi nessa fase que todos os conceitos colocados durante a Era de Prata dos Heróis se consolidaram e atingiram temas mais maduros, alcançando seu ápice criativo".[35] Em similar sentido, Eduardo Nasi, do site Universo HQ, também enalteceu a "Era de Bronze", dizendo: "São algumas daquelas que os fãs decantam toda vez que precisam defender seus personagens encapuzados. Aos que não compartilham o entusiasmo, eles enchem o peito e dizem: 'Você não entende os super-heróis porque nunca leu o Arqueiro Verde do Dennis O'Neil ou o Superman e o Monstro do Pântano do Alan Moore... E é verdade. Essas aventuras estão não só entre as melhores de super-heróis de todos os tempos, mas também são algumas das melhores HQs que os Estados Unidos produziram na década de 1970 e no começo da de 1980".[36]
A história foi alvo de inúmeros estudiosos quando da análise do mito de Superman.[46][47][48][49] Richard Reynolds, em seu livro Super heroes: a modern mythology, analisou For the Man Who Has Everything ao lado da também clássica obra de Moore Whatever Happened to the Man of Tomorrow? e as apontou como as duas histórias responsáveis por desenvolver aspectos até então apenas implícitos de Superman. Ainda que a origem do personagem - em síntese, um estrangeiro enviado ainda criança por seus pais para ser criado por outras pessoas - pudesse remeter ao mito de Hércules, o seu desenvolvimento levantaria duas interpretações distintas: Se visto como Kal-El, o alienígena que voluntariamente se tornou um super-herói, as histórias de Superman apresentariam um exemplo de "filho obediente" que não questiona as razões de ter sido enviado à Terra e aceita a missão imposta por seu pai. Mas, se visto como Clark Kent, o jovem do interior que sai da casa dos pais e se muda para a cidade grande, via-se que ele havia sim se rebelado contra seu pai - o adotivo, Jonathan Kent.
Se em larga escala a visão de Superman como "imigrante definitivo" permite ambas as interpretações, as histórias de Moore se apronfundariam no aspecto "Kal-El". For the Man Who Has Everything, especificamente, cria um conflito com o pai kryptoniano de Superman, Jor-El, retratando-o como um fanático reacionário, que em certos momentos aparentava se arrepender de ter errado a previsão feita vinte anos antes, de que Krypton seria destruído.[48]
Ao assumir a função de roteirista de Superman, o escritor Mark Verheiden citou a história como uma referência direta para o seu trabalho com o personagem.[50] O escritor Mark Millar, ao expressar sua vontade de trabalhar com o personagem, apontou a história como um exemplo do melhor que já fora produzido.[51] A planta Clemência Negra foi posteriormente usada por Geoff Johns em suas histórias na revista Green Lantern.[52][53]
"For the Man Who Has Everything" | |||||||
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2.º episódio da 1.ª temporada de Liga da Justiça Sem Limites | |||||||
Informação geral | |||||||
Direção | Dan Riba | ||||||
Escritor(es) | J. M. DeMatteis | ||||||
Cronologia | |||||||
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Em 2004, a história foi adaptada como um dos episódios da série de televisão Justice League Unlimited, com o apoio de Moore e Gibbons.[5]
Mantendo o título original, foi o segundo episódio da primeira temporada da série, seguindo a conclusão de Liga da Justiça, série até então exibida. No início daquele ano, enquanto a Warner Bros. e a DC Comics negociavam a produção de uma terceira temporada de Liga da Justiça, foi imposto ao produtor da série, Paul Dini, que "adicionasse um elemento novo" à série.[44][54]
Partindo deste ponto, Dini e sua equipe decidiram modificar toda a estrutura da série, que não apenas mudaria seu título, mas também toda a sua estrutura: ao invés de episódios em duas partes, com uma equipe fechada de sete membros - Batman, Super-Homem, Mulher Maravilha, Lanterna Verde, Flash, Ajax e Mulher Gavião - a série, agora intitulada Liga da Justiça Sem Limites, passaria a ter episódios individuais com um rol de personagens rotativos, o que possibilitaria a inclusão de inúmeros personagens novos. Mais de sessenta personagens e histórias seriam incluídas na primeira temporada[54][55][56]
Dini revelaria em entrevista ao site americano "Comics Continuum" que a ideia de adaptar a história em um episódio havia partido do escritor Dwayne McDuffie, ainda durante as primeiras discussões sobre como seria a primeira temporada da nova série. Enquanto reviam as histórias abordadas nas duas temporadas de Liga da Justiça, a equipe responsável pela produção percebeu que nunca havia feito um episódio centrado apenas nos três principais personagens - Superman, Batman e Mulher Maravilha - e McDuffie apontou que a melhor história envolvendo os três personagens era For the Man Who Has Everything. Dini então procurou conversar com Moore, buscando sua aprovação. Quando Moore declarou-se honrado em ver uma história sua transformada num episódio do desenho, rapidamente este começou a ser produzido[44][57][58]
O ator Eric Roberts reprisa o papel de dublador de Mongul - anteriormente, o personagem havia aparecido no episódio em duas partes War World, exibido em 2002 como parte da 1ª temporada de Liga da Justiça, onde também foi dublado por Roberts[57][58] - e o roteiro foi produzido pelo escritor J. M. DeMatteis. O personagem Robin não foi incluído na versão animada (por já estar sendo utilizado na animação "Jovens Titãs"), e alguns dos temas mais adultos abordados por Moore - como a violência de Mongul[30] e o fascismo presente na sociedade kryptoniana- foram "abrandados". Na visão de Gibbons, entretanto, tais adaptações não diminuíam a qualidade do episódio.[5]
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