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espécie de ave Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Eurypyga helias, denominada em português: pavãozinho-do-pará, pavão-do-pará, pavão-papa-moscas, pavão-da-várzea, pavão e papa-moscas[2][3] (em inglês, sunbittern[3][4], traduzido para o português: alcaravão do sol; em castelhano, ave sol - México,[5] tigana - Venezuela[6] ou garza del sol)[7] é uma ave neotropical da família Eurypygidae, encontrada no México, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Equador, Peru, Bolívia e Brasil;[4] distribuída em toda a Amazônia brasileira, na Região Norte, até o Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Maranhão e Piauí, vivendo junto às margens de rios, lagos e igarapés.[2][8][9] Foi classificada em 1781, por Peter Simon Pallas,[2][3] sendo listada pela União Internacional para a Conservação da Natureza como espécie pouco preocupante.[4] Ela mede entre 45 a 48 centímetros de comprimento[2][8] e sua denominação binomial, Eurypyga helias, significa "ave do sol com cauda ampla".[2] Esta espécie é considerada a ave-símbolo do estado do Pará.[10]
(Eurypyga helias) Pavãozinho-do-pará | |||||||||||||||||
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Um pavãozinho-do-pará no zoológico de Londres, (UK). | |||||||||||||||||
Estado de conservação | |||||||||||||||||
Pouco preocupante | |||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Eurypyga helias (Pallas, 1781)[2][3] | |||||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||||
Mapa com parte da distribuição geográfica do pavãozinho-do-pará. | |||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||
Papa-moscas Pavão Pavão-da-várzea Pavão-do-pará Pavão-papa-moscas[2][3] |
Esta é a única espécie da monotípica família Eurypygidae[8] e a única do gênero Eurypyga;[11] antes pertencia aos Gruiformes,[2] mas atualmente está colocada na ordem Eurypygiformes, juntamente com o cagu.[12]
Trata-se de uma espécie de coloração críptica e com pouco dimorfismo sexual, cujos indivíduos juvenis possuem padrão de plumagem semelhante ao dos adultos; dotados de bico longo, reto e pontudo, com a área inferior em amarelo, pescoço fino e encurvado em S, pernas delgadas, alaranjadas, e asas desproporcionalmente grandes e largas, revestidas por uma cor cinza-azulada pálida, nas extremidades, e com um complexo padrão de manchas brancas nas coberteiras, além de estrias acastanhadas e negras sobre o dorso de seu corpo. Pescoço castanho, garganta branca e cabeça predominantemente negra, com longas faixas brancas sobre e abaixo de seus olhos de íris vermelha. Segundo Helmut Sick, "os admiráveis desenhos alares, completados pela cauda, são amiúde ostentados quando a ave está irritada... grandes manchas em forma de um olho, berrantemente coloridas, de súbito apresentadas, estão entre os meios mais eficazes para assustar possíveis predadores, inclusive o homem"; tais manchas são negras e predominantemente castanho-avermelhadas, com pequena área branca.[2][8][9][13][14][15]
Possui um trinado como um "rrrrrrü" ou "iu-rrrrrü", de timbre similar ao do inhambu-pixuna, além de outras vocalizações como um forte "ia" ou um estranho e sibilante "tschurrrrra", um crocitar e um estalo "klak"; ou um "kak-kak-kak-kak" forte, ao alarmar-se.[8][9]
O seu ninho é construído próximo à água, em ramagem, possuindo o formato de uma tigela rasa, e é feito de fibras, folhas e raízes embebidas em lama, onde são depositados de um a dois ovos grandes, amarelados e com pintas acastanhadas e cinzentas, os quais são chocados por 26 a 27 dias; são defendidos pelos pais, que afastam os predadores fingindo estarem feridos ou voltando-se em exibições ameaçadoras, sibilando como cobras e levantando ou esticando asas e cauda, num aspecto imponente. Os filhotes já nascem emplumados, treinando sua postura de asas abertas já com duas semanas de nascidos, permanecendo no ninho de 21 a 25 dias e retirando ativamente a alimentação do bico de seus pais.[8]
O pavãozinho-do-pará alimenta-se de insetos, crustáceos, rãs e peixes pequenos, caçando-os com movimentos em ziguezague com a cabeça e aproximando-se lentamente de suas presas, mas dando botes rápidos.[8][9] Também aprecia muito os embuás.[13] Possui um jeito singular de caçar moscas, provindo daí seus nomes pavão-papa-moscas ou papa-moscas.[3][13] Pousa em galhos ou troncos caídos na água, em pedras ou no solo, e costuma efetuar suaves movimentos de vaivém lateral, aprendidos ainda no ninho, umas vezes de corpo inteiro e outras apenas com suas partes posteriores, podendo caminhar na água, quase sempre em locais rasos.[8][9] São animais solitários, que caminham pelo chão com grande elegância, às vezes costumando "dançar" com asas e cauda abertas e exibindo as suas colorações.[16]
E. helias possui três subespécies:
De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), esta é uma espécie pouco preocupante, avaliada como de menor importância em relação ao perigo de extinção (ou em seu estado de conservação), pois tem uma ampla distribuição geográfica que a torna menos suscetível ao impacto humano (extensão da ocorrência com 20 000 quilômetros quadrados).[4]
Além de ser uma ave semidoméstica e fácil de amansar, adaptando-se bem em cativeiro,[8] Eurico Santos, em sua obra Zoologia Brasílica, cita que dela também se extrai uma parte da sua ossada, o "mocó", que é utilizado como talismã de pajelança.[13]
Pará – Pavãozinho-do-Pará (Eurypyga helias)
The Sunbittern, representing a monotypic family divided into three races.
A taxonomic order within the class Aves — the sunbittern and kagu.
Alta Floresta, Mato Grosso, Brasil.
Oakhurst, Jacksonville, Flórida.
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