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a forma como uma corporação financia seus ativos por meio de uma combinação de ações, dívidas ou títulos híbridos Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Em economia, estrutura do capital é o arranjo dos bens de produção em estágios sequenciais no tempo, desde aqueles de ordem superior, mais antecedentes e temporalmente distantes à obtenção final de bens de consumo, até os de ordem inferior, mais próximos à produção destes bens.[1]
Os bens capazes de causar a satisfação das necessidades humanas de maneira direta, tais como bebidas e alimentos preparados e servidos, peças de vestuário prontas para o uso, casas disponíveis para ser habitadas de imediato e outros bens de consumo, foram denominados por Menger como “bens de primeira ordem”.[2] A produção desses bens de primeira ordem, segundo o mesmo autor, advém de um processo de transformação sequencial, causal, daqueles bens que não satisfazem diretamente os indivíduos, tais como os ingredientes crus para o preparo de refeições, os implementos agrícolas empregados na produção desses ingredientes, as matérias primas como aço, madeira e outros, chamados de “bens de ordem superior”: segunda, terceira, quarta ordem e assim por diante, conforme a posição que ocupem na sequência de produção.[3] A partir dessa abordagem pioneira de Menger, o capital pôde ser concebido como uma estrutura no tempo, composta de estágios arranjados sequencialmente desde aqueles de ordem superior, mais antecedentes e temporalmente distantes à da obtenção final de bens de consumo, até os de ordem inferior, mais próximos à produção de bens de primeira ordem.[1]
Böhm-Bawerk representou essa estrutura temporal do capital sob a forma de um diagrama formado por círculos concêntricos, cada um representando uma classe ou estágio de “maturidade” do processo produtivo. O círculo externo compreenderia os bens mais próximos de serem convertidos em bens de primeira ordem, enquanto os círculos internos compreenderiam os bens de ordem superior.[4]
Outra notória representação gráfica da estrutura do capital no tempo foi a concebida por Hayek, em que os estágios de produção são dispostos sobre uma linha do tempo e o valor dos bens produzidos em cada estágio, que tem tendência crescente, é representado pela hipotenusa de um triângulo retângulo.[5]
A estrutura do capital guarda relação com as noções de produção indireta e de preferência temporal.
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