EDP Espírito Santo, anteriormente conhecida como Espírito Santo Centrais Elétricas S/A (Escelsa) é uma empresa brasileira de distribuição de energia elétrica que opera no estado do Espírito Santo.
Criada em 1º de julho de 1968, sob o controle das Centrais Elétricas Brasileiras S/A - ELETROBRÁS, foi a primeira empresa de energia elétrica a ser privatizada, dentro do Programa Nacional de Desestatização, em leilão de privatização realizado em 11 de julho de 1995.[1]
É uma companhia aberta, desde 19 de janeiro de 1996, regida pela Lei das Sociedade por Ações, controlada pela EDP - Energias de Portugal desde junho de 2002, passando a ser subsidiária integral da EDP Brasil, a partir de 29 de abril de 2005.
A EDP Espírito Santo é uma concessionária de distribuição de energia elétrica para a quase totalidade do estado do Espírito Santo, atendendo 70 municípios, em uma área de 41.372km², equivalente a 90% do território do estado, os outros 10% ficam com a empresa ELFSM (Energia Luz e Força Santa Maria S/A). A concessão tem vigência até 17 de julho de 2025, podendo ser renovada por mais 30 anos, conforme Decreto Executivo de 17 de julho de 1995, outorgada pela União Federal.
A população do estado do Espírito Santo é estimada em 3.408.365 habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, dos quais 3.196.072 habitantes na área em que a EDP atua.
Década de 1950
Início dos anos 50. O Governo do Estado decide intervir para solucionar o problema da inflação alta que corrói as tarifas, logo após a Segunda Guerra Mundial, desestimulando investimentos por parte das concessionárias. É lançado um programa de eletrificação.
Começa a construção da usina Rio Bonito. Assim é criada uma empresa que anos depois irá dar origem à Escelsa.
Essa empresa se lança na construção de linhas de transmissão e de subestações, além de assumir a responsabilidade de distribuir energia em vários municípios do estado.
Década de 1960
Em 1965, o Grupo AMFORP é encampado pelo governo federal, ficando a Companhia Central Brasileira de Força Elétrica sob o controle da Eletrobrás.
Os entendimentos dos governos, federal e estadual acabam por ajustar a fusão da Companhia Central Brasileira com a empresa de energia criada na década de 1950, formando uma nova empresa, que adota o nome Escelsa, mas tem 95% de suas ações de posse da Eletrobrás.
Década de 1980
O surto de crescimento econômico no Espírito Santo faz saltar o consumo anual de energia elétrica da casa dos 169 mil MWh em 1968, para 2,6 milhões de MWh em 1980, representando um crescimento de 1.463% em 12 anos.
Para racionalizar o consumo com iluminação pública, a Escelsa assina convênios com prefeituras para a substituição de 12 mil lâmpadas incandescentes de 150 W por outras de vapor de mercúrio de 80 W e de vapor de sódio de 50 W. A economia anual passa a ser de 3.000 MWh.
Década de 1990
Esgotamento do modelo estatal devido à crise econômica (falta de recursos e infra-estrutura).
Em 1992, ocorre o processo de desestatização, que inclui a Escelsa.
Em 1995, a Escelsa é privatizada.
Após a privatização, a Escelsa adota uma política de investimentos maciços em tecnologia de ponta e na melhoria do sistema elétrico, levando à melhoria dos seus Indicadores Técnicos de Qualidade.
Em 1999, a EDP - Energias de Portugal adquire 73,12% do capital acionário da Iven S.A., uma das controladoras da Escelsa.[2]
Anos 2000
A partir de 2005, os clientes de todas as categorias de consumo ficam livres para escolher o fornecedor de energia elétrica que lhe convier, por preço ou por qualidade do serviço e do atendimento.
Realizações em 2006
Como medida de proteção da avifauna, foi dada seqüência à realocação dos diversos ninhos e instaladas casas de pássaros dentro das áreas das subestações de distribuição de energia elétrica, bem como mantidos poleiros para pássaros na rede elétrica localizada em Unidade de Conservação.
Participação no II Fórum das Águas que enfatizou a necessidade de preservação do rio Doce, realizado no período de 29 a 31 de março, no município de Colatina, contando com um público estimado de 50 mil participantes.
Outro evento relacionado ao meio ambiente foi à colaboração na IV Feira da Terra, realizada de 7 a 11 de junho, no município de Vila Velha, que recebeu um público de cerca de 8.000 pessoas.
Com um moderno estande, a Escelsa participou da XVII Feira do Verde, que aconteceu de 09 a 15 de outubro no Parque Pedra da Cebola, em Vitória. O estande foi montado com painéis contendo ilustrações de motivos ambientais. Outra atração foi o contador de histórias que despertou a atenção do público infantil falando de forma simples e didática sobre a integração da Escelsa ao meio ambiente. Estiveram na Feira aproximadamente 250 mil visitantes.
A Escelsa participa no Consórcio do Rio Guandu, que tem por objetivos recuperar, revitalizar e conservar a Bacia Rio Guandu, conscientizando, através de ações ambientais, a população ribeirinha dos municípios de Brejetuba, Laranja da Terra, Afonso Cláudio e Baixo Guandu. Além das respectivas prefeituras e da própria Escelsa, são parceiros no Consórcio a Companhia Espírito-Santense de Abastecimento (Cesan), Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema). Como participante do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, a Escelsa contribui com o planejamento estratégico da gestão dos recursos hídricos, abrangendo diversos segmentos usuários e instituições com atuação na bacia, no âmbito dos estados do Espírito Santo e Minas Gerais. Também tem assento no Conselho Estadual de Recursos Hídricos, Conselho Municipal de Meio Ambiente de Santa Leopoldina, Câmaras Técnicas e Grupos de Trabalho visando à preservação do Meio Ambiente.