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Jurista e magistrado brasileiro, Ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Eros Roberto Grau (Santa Maria, 19 de agosto de 1940) é um jurista, advogado e magistrado brasileiro. Foi ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2004 a 2010. Formou-se em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, onde também foi professor, e é doutor pela Universidade de São Paulo, na qual foi professor titular do Departamento de Direito Econômico.
Eros Grau | |
Eros Grau em 2009 | |
Ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil | |
Período | 30 de junho de 2004 a 2 de agosto de 2010[1] |
Nomeação por | Luiz Inácio Lula da Silva |
Antecessor(a) | Maurício Corrêa |
Sucessor(a) | Luiz Fux |
Diretor Adjunto do Instituto dos Advogados Brasileiros | |
Período | 2002 a 2003 |
Orador Oficial do Instituto dos Advogados Brasileiros | |
Período | 2000 a 2002 |
Vice-Presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros | |
Período | 1998 a 2000 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 19 de agosto de 1940 (84 anos) Santa Maria, Rio Grande do Sul |
Esposa | Tania Marina Stolle Jalowski |
Filhos | Karin Grau-Kuntz e Werner Grau Neto |
Nacionalidade | brasileiro |
Religião | católico romano |
Formou-se em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, turma do ano de 1963. Exerceu a advocacia em São Paulo de 1963 até a sua nomeação para Ministro do Supremo Tribunal Federal em 2004. Doutor em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, com a defesa da tese Aspectos Jurídicos do Planejamento Metropolitano. Em agosto de 1977, tornou-se Livre Docente pela Universidade de São Paulo. Em 1990, obteve o título de Professor Titular do Departamento de Direito Econômico na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Em 2009, tornou-se Professor Titular aposentado.
Por pertencer ao PCB, foi preso e torturado em 1972, época da Ditadura Militar.[2]
Foi consultor da Bancada Paulista na Assembleia Nacional Constituinte de 1988 e membro da Comissão Especial de Revisão Constitucional, nomeado pelo Presidente da República em 1993, com a finalidade de identificar propostas de interesse fundamental para a Nação, no processo de revisão constitucional.
Além de ter exercido a docência na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, foi professor de graduação e pós-graduação em diversas instituições, entre elas a Universidade Estadual de Campinas, a Universidade Presbiteriana Mackenzie, a UFMG, a UFC, a Fundação Getúlio Vargas.
No exterior, foi professor visitante da Faculdade de Direito da Universidade de Montpellier durante os anos letivos de 1996-1997 e 1997-1998 e da Faculdade de Direito da Universidade Paris 1 (Panthéon-Sorbonne) durante o ano letivo de 2003-2004.
Foi nomeado ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal em 15 de junho de 2004 e empossado em 30 de junho de 2004, na vaga deixada pela aposentadoria do ministro Maurício Corrêa. Apesar de ter sido indicado à corte suprema pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Eros Grau considera-se como sempre tendo sido ligado ao PSDB.[3]
Empossado ao cargo de Ministro do TSE em 15 de maio de 2008, renuncia um ano depois, em 5 de maio de 2009, alegando cansaço.[4]
Eros Grau foi o relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental número 153, impetrada pela Ordem dos Advogados do Brasil a fim de revogar a lei nº 6.683/79, que anistia todos os crimes políticos e eleitorais do período militar, inclusive aqueles cometidos por agentes da repressão. Grau, que foi vítima de tortura durante a ditadura, foi o autor do voto vencedor, segundo o qual a lei, que não tem caráter de regra para o futuro, deveria ser interpretada conforme as conjunturas sociais e o momento histórico de sua produção. Desta forma, concluiu ele, a concessão de anistia bilateral (tanto a agentes da repressão quando àqueles que cometeram crimes lutando para implantar a ditadura do proletariado), ampla e geral não implicou ofensa a quaisquer preceitos fundamentais. Sua decisão foi amplamente criticada por juristas e acadêmicos[5], uma vez que inviabilizou a discussão sobre a justiça de transição no Brasil e contrariou precedentes da Corte Interamericana de Direitos Humanos[6].
Às vésperas de completar 70 anos de idade, quando seria compulsoriamente aposentado do cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal, Eros Grau apresentou requerimento de aposentadoria voluntária, e deixou de integrar a Corte em 2 de agosto de 2010, data em que foi publicado no Diário Oficial da União o decreto presidencial relativo à sua aposentadoria; pouco antes de votar pela lei do ficha limpa. Esta atitude atrasou a aprovação da lei.[carece de fontes]
Eros Grau, que é membro da União Brasileira de Escritores e ocupa a cadeira número 11 da Academia Paulista de Letras, não descarta pleitear uma vaga na Academia Brasileira de Letras.[7] Publicou, entre outros, os seguintes livros:
Medalha Teixeira de Freitas (2003)
Université de Cergy-Pontoise, França, em 27 de janeiro de 2009
Université du Havre, França, em 2 de julho de 2009
Universidad Siglo 21, de Córdoba, Argentina, em 8 de setembro de 2005
Universidade do Vale do Rio dos Sinos, em 19 de outubro de 2007
Universidade Presbiteriana Mackenzie, em 22 de outubro de 2010
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