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Eritema nodoso ou paniculite migratória nodular é uma inflamação das células de gordura subcutâneas (paniculite), que se apresenta em forma de nódulos, sensíveis a dor, do tamanho de uma moeda, normalmente nas pernas e que duram algumas semanas (3 a 6) antes de desaparecer. Pode ser desencadeado por uma infecção, por processo autoimune, por reação alérgica a fármaco ou por um tumor. É a paniculite mais comum, sendo mais frequente entre os 20 e 30 anos e 3 a 6 vezes mais frequente em mulheres.[1]
Eritema nodoso Erythema nodosum | |
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Eritema nodoso em uma pessoa que recentemente adquiriu Faringite estreptocócica | |
Especialidade | dermatologia |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | L52 |
CID-9 | 695.2, 017.1 |
CID-11 | 1628519266 |
DiseasesDB | 4462 |
MedlinePlus | 000881 |
eMedicine | 1081633 |
MeSH | D004893 |
Leia o aviso médico |
Os eritemas nodosos podem ter uma reação de hipersensibilidade do tipo III (complexos imunes) ou tipo IV como estímulo gatilho. Na maioria dos casos o fator desencadeador não é identificado, o que os tornam idiopáticos. Também pode ser causado por uma resposta exagerada dos neutrófilos ativados que causa estresse oxidativo e inflamação. No entanto, o eritema nodoso pode ser o primeiro sinal de uma doença grave que pode ser identificada e tratada precocemente.
Alguns dos gatilhos mais comuns para eritema nodoso incluem[2][3]:
Os primeiros sinais de eritema nodoso são freqüentemente sintomas de virose como febre, tosse, mal-estar e articulações doloridas. Algumas pessoas também experimentam rigidez ou inchaço nas articulações e perda de peso. Geralmente os inchaços vermelhos e redondos são dolorosos com tamanhos entre 2 a 5cm e aparecem nas panturrilhas, mas podem aparecer também em braços, pélvis e tronco. Os nódulos começam duros, vermelhos e quentes e se tornam mais macios a cada dia até desaparecer. Cada nódulo dura em média duas semanas, mas novos podem aparecer por até seis semanas.[2]
Sintomas oculares, esplenomegalia, hepatomegalia, linfadenopatia e pleurite raramente foram observadas entre os pacientes com eritema nodoso.
Eritema nodoso pode ser diagnosticado clinicamente, com uma boa anamnese. Uma biópsia pode ser tomada e examinada microscopicamente para confirmar um diagnóstico incerto. O exame microscópico geralmente revela um infiltrado de neutrófilos envolvendo capilares que resultam em espessamento septal, com alterações fibróticas na gordura em torno dos vasos sanguíneos. Um achado microscópico característico é granulomas radiais, agregados nodulares bem definidos de histiócitos que cercam uma fenda estrelada.
Uma avaliação adicional deve ser realizada para determinar a causa subjacente do eritema nodoso, afinal pode ser o primeiro sintoma de uma doença autoimune, de tuberculose ou de um câncer. Isso pode incluir um hemograma completo, taxa de sedimentação de eritrócitos (ESR), título de anti-estreptolisina-O (ASO), cultivo das bactérias na garganta, análise de urina, teste de tuberculina intradérmica e uma radiografia de tórax. A ESR é tipicamente alta, a Proteína c-reativa elevada e o sangue mostra um aumento nos glóbulos brancos.[4]
A epidemiologia varia de país pra país. É 4 vezes mais comum em mulheres, por estar associado a transtornos autoimunes. É mais comum em jovens, de 18 a 34 anos. Afetam cerca de 2 em cada 10.000 habitantes.[5]
O tratamento deve ser voltado contra o gatilho, por exemplo, antibiótico contra a estreptococose. Recomenda-se descanso, elevando as pernas e com compressas de gelo para aliviar a dor nos nódulos. Aspirina e outros AINEs demonstram grande eficácia no tratamento da fase aguda, mas não da crônica.[6] Os casos crônicos podem ser tratados com aplicações de corticosteroide injetável em cada nódulo ou por via oral, depois de descartado causa infecciosa.
O iodeto de potássio por via oral pode desinflamar e reduzir a dor articular, mas seu mecanismo de ação é pouco claro. Colchicina pode ser utilizados em casos refratários severos. O prognóstico é excelente, melhorando mesmo sem tratamento, sem deixar cicatrizes. A forma persistente e complicações são raras.[7]
O tratamento da forma idiopática consiste no uso de anti-inflamatórios não esteroides. Não são recomendados corticoides, devido à natureza benigna do eritema nodoso, como também ao risco de disseminação nos casos de etiologia infecciosa.
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