Embu-Guaçu
município da Microrregião de Itapecerica da Serra, na Região Metropolitana de São Paulo, no estado de São Paulo, no Brasil Da Wikipédia, a enciclopédia livre
município da Microrregião de Itapecerica da Serra, na Região Metropolitana de São Paulo, no estado de São Paulo, no Brasil Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Embu-Guaçu[7] é um município da Região Metropolitana de São Paulo, Região Geográfica Imediata de São Paulo, no estado de São Paulo, no Brasil. Localiza-se na Zona Sudoeste da Grande São Paulo, em conformidade com a Lei Estadual nº 1.139, de 16 de junho de 2011[8] e, consequentemente, com o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de São Paulo (PDUI).[9] O município é formado pela sede e pelo distrito de Cipó-Guaçu.[10][11]
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Município do Brasil | |||
Igreja matriz de Embu-Guaçu | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Lema | Per aspera ad astra "Através das asperezas, até os astros" | ||
Gentílico | embu-guaçuense | ||
Localização | |||
Localização de Embu-Guaçu em São Paulo | |||
Localização de Embu-Guaçu no Brasil | |||
Mapa de Embu-Guaçu | |||
Coordenadas | 23° 49′ 55″ S, 46° 48′ 39″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | São Paulo | ||
Região metropolitana | São Paulo | ||
Municípios limítrofes | 4 Norte: Itapecerica da Serra Leste: São Paulo Sul: Juquitiba Oeste: São Lourenço da Serra[1] | ||
Distância até a capital | 48 km[2] | ||
História | |||
Fundação | final do século XIX | ||
Emancipação | 28 de março de 1965 (59 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | José Antonio Pereira[3] (MDB, 2021–2024) | ||
Vereadores | 13 | ||
Características geográficas | |||
Área total [4] | 155,641 km² | ||
População total (estimativa IBGE/2019[4]) | 69 385 hab. | ||
• Posição | SP: 108º | ||
Densidade | 445,8 hab./km² | ||
Clima | Subtropical (Cfb) | ||
Altitude | 820 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[5]) | 0,749 — alto | ||
PIB (IBGE/2008[6]) | R$ 441 660,396 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[6]) | R$ 7 158,08 | ||
Sítio | www.embuguacu.sp.gov.br (Prefeitura) |
O município possui uma área territorial de 155,641 km² e sua população foi estimada em 69 385 habitantes, conforme dados do IBGE de 2019. Considerando estes números, a densidade populacional estimada era de 445,8 habitantes por km²[4]. Já a população aferida pelo IBGE no Censo de 2010 foi de 62 769 habitantes, resultando naquele ano, em uma densidade populacional de 403,32 habitantes por km².
"Embu-Guaçu" é um termo oriundo da língua tupi antiga e significa "cobra grande".[12][13]
Seu primeiro nome foi Ilha de Itararé, pois se julgou que esta era uma grande ilha fluvial, tal a quantidade de rios na região. Depois, veio a denominação M'Boy-Guaçu, também de origem tupi e, finalmente, Embu-Guaçu. Todos esses nomes, inspirados no Rio Santa Rita, extenso e cheio de curvas sinuosas.
No final do século XIX, em uma de suas andanças pelos sertões paulistas, o casal de sertanistas José Pires de Albuquerque e Emília Pires de Moraes Pedroso chegou à região onde, atualmente, está localizado Embu-Guaçu. Impressionados com a beleza natural da região, decidiram fixar residência e erguer a primeira casa, feita de taipas e mão de obra escrava, próximo ao Rio Santa Rita (hoje, patrimônio da família Svartman, fundadora da primeira indústria do município: a "Indústria Química Paulista S/A").
O povoado cresceu no início de 1900, com a chegada de imigrantes e novas famílias como os Roschel, os Creim, os Schunck, os Domingues, entre outros que constituíram as famílias pioneiras da região. Em 1920, José Pires de Albuquerque constrói a primeira indústria de farinha de mandioca.
Em 1932, Embu-Guaçu é elevado à condição de Vila, onde Benedito Roschel de Moraes inaugura a primeira casa comercial.
Por mais de meio século, a região apresentou um crescimento populacional, econômico e social bastante moroso, porém, com a chegada dos trilhos, a região começou a crescer em todos os sentidos. Em 1927, começaram as difíceis e demoradas obras de construção da ferrovia da Estrada de Ferro Sorocabana, com o ramal Mairinque-Santos, que desceria a Serra do Mar cruzando Embu-Guaçu, onde a obra chegou por volta de 1929. Em 1937, o novo ramal da ferrovia foi inaugurado.
A antiga Estrada de Ferro Sorocabana (1934-1971) transportava o café produzido no interior paulista para o porto santista. Nela, havia uma estação inaugurada em 5 de abril de 1934, onde houve tráfego de passageiros entre Embu-Guaçu e Santos até novembro de 1997. O nome da ferrovia foi, posteriormente, alterado para Ferrovia Paulista Sociedade Anônima (FEPASA: 1971-1998). Hoje, é administrada pela Rumo Logística, que opera o alto tráfego de trens de carga que cruzam o município,
Em 1944, Embu-Guaçu Guaçu foi elevado à categoria de distrito pelo decreto-lei nº 14.334/44, com uma área de 171 km², mas ainda sendo parte do município de Itapecerica da Serra.
O município itapecericano detinha um sério problema de repasse de verbas devido sua grande extensão territorial, sendo incapaz de manter toda sua área. Em decorrência desta dificuldade, movimentos emancipacionistas ganharam força e Embu-Guaçu foi emancipado, a partir da Lei estadual nº 8 092, 20 de fevereiro de 1964. As eleições municipais foram convocadas para o dia 7 de março de 1965.
Em 28 de março de 1965, Embu-Guaçu foi elevado à categoria de município, ocorrendo, então, a primeira legislatura, com posse do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, e conquistando definitivamente sua emancipação político-administrativa.
A comissão do movimento Pró-Emancipação, que trabalhou no sentido de que toda documentação e exigências da Lei Orgânica do Município fossem apresentadas à Assembleia Legislativa do Estado, era composta por: presidente, Sr. Fioravante Francisco; quatro vices-presidentes, Alexandre Rodrigues Nogueira, Antônio Albuquerque Filho, Valdomiro Pereira Rodrigues, Walter dos Reis; Secretário Geral, Benedicto Roschel de Moraes; e quatro secretários, Nilton Higino Martins, Francisco O. Martins, Luiz G. Ávila de Macedo, Rafael Cau; Tesoureiro Geral, Antônio Roschel de Moraes; e quatro tesoureiros, Angelo Flose, Kyiotoschi Morita, Antenor Hervelha e Pedro Júlio da Rocha.
Uma análise da divisão territorial feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 1 de junho de 1995 e confirmada em 15 de julho de 1999 indicou que município é constituído de dois distritos: Embu-Guaçu (distrito sede) e Cipó-Guaçu.[17]
Seus limites são Itapecerica da Serra a norte, a capital a leste, Juquitiba a sul, Itanhaém a sudeste e São Lourenço da Serra a oeste.
O Rio Embu-Guaçu é o principal rio da região, cujo nome deu origem ao topônimo do município. Ele serve a Represa de Guarapiranga, com volume aproximado de 44% da sua capacidade total.
Outros cursos d'água, córregos e rios afluentes do rio Embu-Guaçu também atravessam o município. O principal deles é o Rio Santa Rita.
Embu-Guaçu apresenta 100% de seu território inserido em Área de Proteção de Mananciais (Leis Estaduais 898/75, 1172/76 e 9866/97), integrando também a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (Programa Man and Biosphere da UNESCO), estando ainda submetida ao Decreto Federal 750/93, bem como a outros instrumentos da legislação ambiental brasileira.
O município conserva vegetação natural, como manacás, angicos, jacaré-pau, bromélias, táfias, pau-incenso, araucárias, cedros, ipês e outras. Possui remanescentes da Mata Atlântica, paisagens belíssimas e diversidade tanto na fauna quanto na flora.
Parte das várzeas do rio Embu-Guaçu e do rio Santa Rita estão protegidas pelo Parque Ecológico Várzea do Embu-Guaçu, que ocupa um área de 129 hectares de Mata Atlântica, próxima ao centro do município de Embu-Guaçu. O parque oferece área para recreação infantil e pesquisas naturais, além de preservar grande parte da belíssima fauna e flora de Mata Atlântica da região.
O clima do município, como em toda a Região Metropolitana de São Paulo, é o subtropical. Verão pouco quente e chuvoso. Inverno ameno e sub-seco. A média de temperatura anual gira em torno dos 18 °C, sendo o mês mais frio julho e o mais quente fevereiro. O índice pluviométrico é de 2 000 milímetros anuais, concentrados nos meses de verão.[18]
Dados climatológicos para Embu-Guaçu | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima média (°C) | 25,2 | 25,2 | 24,7 | 22,9 | 20,9 | 19,9 | 19,4 | 20,2 | 21,1 | 21,9 | 23,2 | 24,4 | 22,4 |
Temperatura média (°C) | 20,7 | 20,9 | 20,2 | 18,3 | 16,1 | 14,9 | 14,2 | 15,1 | 16,3 | 17,4 | 18,7 | 19,9 | 17,7 |
Temperatura mínima média (°C) | 16,3 | 16,6 | 15,8 | 13,7 | 11,4 | 9,9 | 9,1 | 10,1 | 11,5 | 12,9 | 14,2 | 15,4 | 13,1 |
Precipitação (mm) | 280 | 263 | 231 | 142 | 109 | 80 | 70 | 80 | 120 | 201 | 189 | 246 | 2 011 |
Fonte: Climate-Data.org[18] |
A cidade era atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP),[20] que implantou a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica,[21] sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[22] para suas operações de telefonia fixa.
A economia de Embu-Guaçu é baseada em indústrias, principalmente de transformação e minerais não metálicos, como caulim, mica e feldspato, e metalúrgicas. Sua economia também é calcada na atividade rural, integrando o Cinturão Verde da Grande São Paulo.
Embu-Guaçu é uma das cidades com quantidades mais expressivas de medalhas estaduais de judô, modalidade esportiva esta que é massivamente ensinada gratuitamente na cidade.
Outra contribuição da cidade é a criação de uma variável do basquetebol que é o basquete de grama, ou grass basketbal, que é jogado na grama, e sem as delimitações tradicionais. Porém, este esporte ainda não foi homologado pela Confederação Brasileira de Basketball para que se torne uma modalidade oficial.
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