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empresa de telecomunicações Da Wikipédia, a enciclopédia livre
A Embratel (nascida Empresa Brasileira de Telecomunicações) é uma marca pertencente ao grupo Claro que atua no segmento corporativo, dedicada às soluções que incluem aplicações em nuvem, segurança digital, IoT e serviços de TI. Possui redes digitalizadas tanto de micro-ondas quanto de fibra óptica, assim como cinco satélites de comunicação.[1]
Embratel | |
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Logotipo da Embratel | |
Razão social | Claro S/A |
Nome(s) anterior(es) |
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Subsidiária | |
Slogan | Faz um 21. |
Gênero | Telecomunicações |
Fundação | 16 de setembro de 1965 (59 anos) |
Fundador(es) | Castelo Branco |
Destino | Incorporada |
Encerramento | 2015 |
Sede | Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil |
Área(s) servida(s) | Brasil |
Proprietário(s) | América Móvil |
Pessoas-chave | José Formoso Martínez |
Empresa-mãe | Claro |
Website oficial | embratel |
Foi fundada em 1965 como uma uma empresa estatal sob comando do governo brasileiro, sendo uma subsidiária da holding Telebrás até a sua privatização em 1998.[2]
Em janeiro de 2015, a Embratel foi incorporada sob a empresa "Claro S.A.", que manteve a marca Embratel.[3]
Em 31 de março de 1962, o governo federal decretou a intervenção na Companhia Telefônica Brasileira, empresa privada responsável por dois terços do sistema telefônico brasileiro, operando numa área que abrigava 45% da população brasileira.[2] O ante-projeto da EMBRATEL foi realizado pelo então Major Aviador Edson Rocha (FEB).
A Embratel foi criada em 16 de setembro de 1965 pelo então presidente militar Castelo Branco, como empresa pública de controle estatal.[4] Em março de 1966, a Embratel que assume o controle acionário da Companhia Telefônica Brasileira. [5]
A Telebrás teve autorização para criação através da lei nº 5 792, de 11 de julho de 1972,[6] sendo instalada em 9 de novembro de 1972, Sua incumbência foi centralizar, padronizar e modernizar as diversas concessionárias de serviços públicos que existiam no Brasil. A lei autorizou a transformação da Embratel em sociedade de economia mista, subsidiária da nova empresa.[7]
O sistema era composto pela holding Telebrás, pela Embratel, responsável pela operação de longa distância de âmbito nacional e internacional, bem como pelos serviços de comunicação de dados, telex, retransmissão de televisão e satélites, além de 27 empresas de âmbito estadual ou local.[8]
Em 1969, foi inaugurada a Estação Terrena de Comunicações de Tanguá (RJ), permitindo a transmissão de sinais via satélite para todo o país, comprando capacidade dos satélites Intelsat (lançados por um consórcio de 11 países, do qual o Brasil não fazia parte). A Embratel se tornou responsável pelas comunicações via satélite no Brasil, e a expressão "via Embratel" tornou-se sinônimo de transmissões de satélite no país, especialmente através da televisão.[9]
Em 1969, foi inaugurada a Discagem Direta a Distância (DDD) entre São Paulo e Porto Alegre, dispensando a intervenção da telefonista.[9]
Em 1973, a Embratel colocou em operação o cabo submarino Bracan I, ligando Recife a Las Palmas, nas Ilhas Canárias, destinado a serviços de telefonia, telex e transmissão de dados para a Europa. Em 1975, o Brasil foi integrado ao sistema telefônico de Discagem Direta Internacional (DDI) por meio da estação Tanguá II da Embratel. Em 1976, o sistema de comunicações por satélite foi ampliado com a inauguração da Estação de Monitoramento de Satélites em Tanguá (RJ).[10]
Entre 1974 e 1982, os terminais de telex aumentaram de 4.060 para 65.500, graças à rede nacional de telex montada pela Embratel mediante convênio com a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT).[11]
Em 1980, a Embratel criou o serviço especializado de comunicação de dados Transdata, interligando Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, com circuitos comutados de baixa capacidade. No mesmo ano, entrou em operação o cabo submarino BRUS, ligando Brasil aos Estados Unidos. Em 1984, foi ativada a Rede Nacional de Comunicação de Dados por Comutação de Pacotes (RENPAC). Em fevereiro de 1985, ocorreu o lançamento do Brasilsat A1, e em março de 1986, o do Brasilsat A2, passando o Brasil a dispor de um canal autônomo para tráfego doméstico para o sistema brasileiro de telecomunicações por satélite.[12]
Em 1993, entrou em operação primeiro trecho de fibra ótica nacional, ligando Rio a São Paulo; em 1994, foram inaugurados os cabos submarinos de fibra ótica Américas I (entre Brasil e Estados Unidos), Columbus II (ligando o Américas I a Europa e Ásia), e o Unisur (ligando os países da América do Sul). Em 1995, foi lançado o segundo trecho de fibra terrestre entre o Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Em 1997, a Embratel tinha 8.500 quilômetros de rede de fibras ótica ligando as principais capitais do país.[9]
Em fevereiro de 1993, foi lançado o primeiro satélite projetado e construído no Brasil, o SCD 1, destinado a coletar dados oceanográficos, atmosféricos e florestais. O Brasilsat B1 e o Brasilsat B2 foram postos em órbita em agosto de 1994 e em março de 1995, respectivamente, substituindo o Brasilsat A1 e A2.[13]
Em 20 de dezembro de 1994, a Embratel implementou o Serviço Internet Comercial no Brasil, tornando-se o primeiro provedor de acesso discado do País, com 5 mil usuários inscritos para a fase experimental, que durou até maio de 1995, quando foi aberta para o público geral. Os primeiros clientes eram outros provedores de internet. No mesmo ano, o Ministério das Comunicações determinou que a Embratel não deteria o monopólio da internet.[14][15]
Em 1997, 40,41% da receita bruta da Telebrás era advinda da telefonia local, 28,08% da telefonia interurbana, 20,29% da telefonia móvel e 5,10% da comunicação por dados. A receita bruta atingiu R$ 20,6 bilhões de reais e o lucro líquido atingiu a cifra recorde de R$ 4,3 bilhões em 1997.[16]
Em 29 de julho de 1998, durante processo de abertura e modernização das telecomunicações brasileiras, foi privatizada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Em leilão na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, foi adquirida pela empresa norte-americana MCI World Com, subsidiária da Verizon, por 2,65 bilhões de reais, valor 47,22% acima do esperado pelo governo.[17] Posteriormente, o nome da empresa MCI World Com foi substituído para WorldCom. Em 21 de Julho de 2002, WorldCom entrou com pedido de falência nos Estados Unidos.[18]
Em 2000, foram criadas duas subsidiárias: a Brasil Center, para os serviços de teleatendimento e a Star One, a unidade de satélites.[9]
Em 2002, passou a oferecer serviços de telefonia fixa sob a marca Livre, tendo comprado a Vesper no ano seguinte.[9]
Em 2004, a Embratel foi adquirida pela companhia mexicana Telmex por 400 milhões de dólares,[19] além das dívidas em torno de 1 bilhão de dólares que foram assumidas pelos mexicanos, acumuladas desde a época que a empresa era estatal. A operação de compra pela Telmex correspondeu a praticamente a metade do valor faturado pelo governo brasileiro seis anos antes, quando vendeu para a MCI através do leilão de privatização em 1998. No ano seguinte, a Embratel incorporou a Telmex do Brasil, que detinha uma parcela da NET.[20][21]
Em 2005, a Embratel compra uma participação minoritária na empresa de TV a cabo NET, lançando no ano seguinte um serviço conjunto de TV por assinatura, conexão banda larga à Internet e telefonia fixa (NET Fone).[9]
Em novembro de 2011, a América Móvil, controladora da Telmex, da Claro e de outras empresas do empresário mexicano Carlos Slim, aumentou sua participação na Telmex de 60 para 92,79%.[22]
Em janeiro de 2015, a Embratel foi incorporada sob a empresa "Claro S.A.", assim deixando de existir antigos e distintos CNPJ, permanecendo agora a companhia Claro com uma mesma razão social, que mantém as marcas NET e Embratel.[3]
A Embratel Tvsat Telecomunicações S.A é uma subsidiária do grupo Claro que atua na prestação de serviços de TV por assinatura por meio do sistema DTH (Direct to Home) sob a marca Claro TV.[23]
A Embratel Star One, subsidiária responsável pelo gerenciamento de satélites, foi incorporada à Claro em 2018.[24]
O maior centro de operações de satélites da América Latina, localizado em Guaratiba (RJ). é responsável pela operação dos 5 satélites da Embratel em órbitaː
Satélite | Fabricante | Veículo de lançamento | Data do lançamento | Estado | Nota |
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Star One C2 | Alcatel Alenia Space | Ariane 5 ECA | 18 de abril de 2008 | Ativo | |
Star One C3 | Orbital Sciences Corporation | Ariane 5 ECA | 10 de novembro de 2012 | Ativo | |
Star One C4 | Space Systems/Loral | Ariane 5 ECA | 15 de julho de 2015 | Ativo | [25] |
Star One D1 | Space Systems/Loral | Ariane 5 ECA | 21 de dezembro de 2016 | Ativo | [26] |
Star One D2 | Space Systems/Loral | Ariane 5 ECA | 30 de julho de 2021 | Ativo | [27] |
Além de Guaratiba, a Embratel mantém teleportos em Tanguá (RJ), Mosqueiro (PA), Manaus (AM), e João Pessoa (PB). Os satélites são utilizados para nas operações de televisão, internet, educação a distância, rádio, telefonia, dentre outras atividades.[28]
A Embratel oferece um portfólio tecnológico para fornecer as soluções de TI, com serviços customizáveis para empresas.[29]
Proteção contra vulnerabilidades e ataques cibernéticos (cyber defence).[29]
Soluções em nuvem.[29]
Realização de chamadas de voz nacionais e internacionais, ferramentas de comunicação corporativas, estrutura de rede de dados, acesso à internet e serviços via satélite.[29]
Oferecido desde 2004 é a telefonia fixa sem fio usando a tecnologia CDMA, utilizando a rede e a tecnologia herdadas da Vésper, também adquirida pela Telmex.[9] Abrange vários estados brasileiros nas regiões Sudeste, Nordeste e Norte (exceto: AC, RO e TO) além dos estados de Santa Catarina no Sul e Mato Grosso do Sul.[9]
Em março de 2012, marcando um novo posicionamento de mercado, a Embratel mudou o produto Embratel Livre para Claro Fixo.[30] Junto foi lançado a Loja Virtual Claro Fixo, onde o serviço é vendido pela internet.[9]
O Click21 encerrou suas atividades em outubro de 2011. O serviço foi oferecido desde 2003 como provedor de acesso à Internet.[31] Com presença em todo o Brasil, o provedor oferecia acesso discado gratuito por meio de uma ligação local.[carece de fontes] Também oferecia e-mail com 1Gb de capacidade de armazenamento em duas caixas de 500Mb cada, antivírus, anti-spam, corretor ortográfico, agenda e capacidade para enviar e receber e-mail de até 21Mb.[carece de fontes]
Sua rede atendia 13 cidades (Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo e Vitória).[carece de fontes]
Em 24 de abril de 2008 a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) aprovou a concessão de uma licença para que a Embratel ofereça o serviço de TV por assinatura via satélite em todo o Brasil.[32]
Os serviços seriam oferecidos por meio do novo satélite Star One C2 lançado em abril.[carece de fontes] Sua transmissão digital seria feita pelo sistema DTH (Direct to Home) por banda KU através de uma mini-antena parabólica e de um receptor digital[33] Em dezembro de 2008 a empresa começou a oferecer o serviço de TV por assinatura denominado Via Embratel.[34] A partir de 1 de março de 2012 o serviço de TV por assinatura passou a se chamar Claro TV.[35]
Além da TV por assinatura houve uma mudança no Embratel Livre que em 1 de março de 2012, passou a chamar Claro Fixo,[36] o nome Embratel continua existindo com produtos voltados a corporações e mantém o famoso DDD 21.[37]
A Claro TV agora deixa de ser responsabilidade da Embratel, passando a ser de responsabilidade da Claro e sendo administrada pela NET.[38]
Em 2006 a Embratel começou a oferecer em parceria com a NET, outra empresa do grupo Telmex, uma tendência mundial: o Triple Play, a convergência de serviços que oferece três serviços através de um único acesso via cabo: Internet banda larga, TV e Telefone fixo.[9]
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