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A Editorial Minerva é uma editora portuguesa fundada no ano de 1927 por Manuel Rodrigues.
Editorial Minerva | |
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Privada | |
Slogan | Uma Chancela de Prestígio e Tradição |
Fundação | 1927 |
Fundador(es) | Manuel Rodrigues |
Sede | Portugal |
Produtos | livros |
Website oficial | http://editorialminervalivros.wordpress.com |
Em 1929 Rodrigues criou o Almanaque Borda d'Água, dando a conhecer através da sua capa o “Velho da Cartola”, figura emblemática e de destaque para os leitores e seguidores deste enorme sucesso da editora. A história e o nome do Almanaque quase que se confunde com a história da própria Editora, que ano após ano, vem aumentando cada vez mais o seu sucesso. Inicialmente era feita uma tiragem máxima de 30 mil exemplares, muito abaixo da dos dias de hoje, que perante a aceitação dos seus fiéis leitores e seguidores, atinge uma tiragem superior aos 250 mil, sendo os 350 mil exemplares o record de vendas num só ano, tornando-se assim o seu maior best-seller de sempre.
Atualmente, o poeta Delmar Maia Gonçalves é Coordenador Literário da Minerva.[1]
José Saramago, que viria a ser Prémio Nobel da Literatura, publicou a sua primeira obra, Terra do Pecado (1947), na editora.[2]
Nos anos 1990, a Minerva converteu o seu modelo de negócio e agora dedica-se às edições de autor com chancela,[2] ou seja, são os editores que pagam para serem publicados ou, então, são bancos, juntas de freguesia, autarquias e outros particulares que patrocinam a edição, sendo que é a editora a suportar uma 2ª edição caso o livro seja viável.[3] A Minerva publica ainda antologias poéticas nas quais o autor tem de pagar para ser publicado.[3]
Apesar de a editora se queixar de "firmas [concorrentes que imitam o modelo de negócio da Minerva] sem escrúpulos que estão a estragar o mercado",[4] a Minerva tem ela sido alvo de queixas. Num artigo publicado pela Agência Lusa em 2007, a empresa foi acusada de não ser clara com o facto de serem os autores a custear a edição, de não efetivamente distribuir os livros que edita, e de selecionar os autores que publica com base na sua capacidade de suportarem a publicação em vez de ser na sua qualidade literária, embora a editora assegure que "com frequência, a Minerva recusa originais por não terem qualidade suficiente, assim como edita autores que, embora hoje não sejam reconhecidos, podem vir a ter um lugar no panorama literário daqui a 50 anos".[5]
Eça de Queiroz só publicou os primeiros livros porque o seu pai disponibilizou-lhe dinheiro para pagar à tipografia e José Saramago lançou, em 1947, 'Terra do pecado' na Editorial Minerva, hoje uma editora cujos custos de publicação são normalmente assegurados pelos próprios autores.
Há duas modalidades para publicação de livros na Editorial Minerva. Os livros podem ser patrocinados por bancos, juntas de freguesia, autarquias ou outros particulares. Ou então o autor paga para publicar. Um livro de poesia ou de contos com cerca de 100 páginas e com 1000 exemplares pode custar 2500 euros. 'Se percebermos que temos um autor com pernas para andar e um livro vendável', diz Ângelo Rodrigues, faz-se uma contraproposta: a 2ª edição será suportada pela editora e acordam-se direitos de autor.
A Editorial Minerva organiza ainda antologias poéticas onde o autor paga para ser representado. Se quiser ter dois poemas nessa colectânea, paga 50 euros (em duas prestações) e recebe cinco livros. Para publicar dez poemas, paga 150 euros (também em duas vezes) e tem direito a 25 livros.
Razões mais do que suficientes para que, segundo Ângelo Rodrigues, responsável da Editorial Minerva, apareçam 'firmas sem escrúpulos que estão a estragar o mercado'. O director da editora lisboeta fundada em 1927 queixa-se que o modelo de edições comparticipadas pelos autores, em vigor na Minerva há quase duas décadas, 'tem vindo a ser copiado de forma flagrante - nem se dando ao trabalho de alterar as vírgulas - por empresas que aparecem num ano e desaparecem no seguinte'.
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