E. Marlitt
escritora alemã Da Wikipédia, a enciclopédia livre
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E. Marlitt ou Eugênia Marlitt foi o pseudônimo de Friederieke Henriette Christiane Eugenie John (Arnstadt, Turíngia, 5 de dezembro de 1825 – Arnstadt, Turíngia, 22 de junho de 1887), popular romancista alemã.
Eugenie Marlitt Friederieke Henriette Christiane Eugenie John | |
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E. Marlitt | |
Pseudônimo(s) | E. Marlitt ”M” |
Nascimento | 5 de dezembro de 1825 Arnstadt, Turíngia |
Morte | 22 de junho de 1887 Arnstadt, Turíngia |
Nacionalidade | Alemanha |
Ocupação | escritora |
Magnum opus | “Die Gartenlaube”, 1865 |
O pai de Eugenie foi Ernst John, um pintor de retratos, e sua madrinha foi a Princesa Matilde von Schwarzburg-Sondershausen, que a mandou a Viena para estudar música. Entre 1844 e 1846, estudou no Conservatório de Viena, mas a sua primeira apresentação não obteve sucesso[1]. Começou a ter deficiência auditiva, supostamente de origem psicossomática[2], e viveu na corte por 11 anos, como dama de companhia da Princesa Matilde.
Em 1863, os problemas financeiros da corte levaram à demissão de Eugenie, que se retirou para Arnstadt, para viver com a família de seu irmão Alfred, professor em Arnstadt. Iniciou então sua carreira literária, inspirada pelo fato de ter sido a autora da correspondência da Princesa Matilde.
Eugenie nunca foi casada. Seus romances foram escritos na sua moradia Villa Marlitt, construída em Arnstadt, para a qual ela se mudou com seu pai em 1871. Nos últimos anos de vida passou a sofrer de artrite, vivendo em uma cadeira de rodas. Eugenie morre em Arnstadt, em 22 de junho de 1887.
Em 1865, “Die wzoelf Apostel” foi publicado na revista “Die Gartenlaube”, assinado apenas por "M", alcançando sucesso imediato. Assinando então "E. Marlitt", muitos críticos a chamavam "Elisabeth", porém o nome utilizado pelo pseudônimo é "Eugenie". Acredita-se que o nome Marlitt possa ser Meine Arnstädter Litteratur.
A partir dessa época, Marlitt continuou a escrever, e sua coleção de trabalhos foi publicada em 10 volumes (Leipzig, 1888-90; segunda edição, 1891-94).
Marlitt é considerada a precursora do gênero popular e sentimental na Alemanha, o folhetim, o que a coloca entre as estrelas do gênero, tais como Elisabeth Werner, Hedwig Courths-Mahler, Wilhelmine Heimburg, Georg Hartwig.
Seus romances mostram a vida na corte, da qual ela tinha experiência e amava. A vida na corte era um incentivo, na época, para a independência intelectual e social das mulheres, portanto, foi especialmente nesta parte do público que ela se tornou extremamente popular.
Foi ideologicamente interessante o livro Reichsgräfin Gisela, que expõe o que se pode esperar de um romance popular - amor, crime, e final feliz – mas também apresenta a crítica aos políticos corruptos e à nobreza altiva. A jovem condessa Gisela aprende gradualmente, através do amor de um estranho misterioso, a se tornar um ser humano compassivo. Foi um dos primeiros Bestsellers do mundo, e foi considerado, entre 1865 e meados da década de 1880, o responsável principal pelo aumento do número de assinantes da revista “Die Gartenlaube”, de 100.000 para 400.000.
A escritora Wilhelmine Heimburg foi considerada uma sucessora legítima de E. Marlitt, e após sua morte foi convidada para acabar o romance inacabado de Marlitt, Das Eulenhaus.
A crítica literária tem considerado o trabalho de E. Marlitt de forma ambígua, pelo fato de ter usado em seus romances a receita de Cinderela, ao mesmo tempo em que contrasta o lado realista e o lado sentimental do sexo feminino.
Marlitt foi homenageada, em 1889, com o nome de uma rua em Arnstadt, e em 1913 foi inaugurado no Cemitério Alten Friedhof, em Arnstadt, pelo escultor berlinense Victor Seifert, o Monumento Marlitt. Após a guerra, em 1945, o Monumento Marlitt ficou na zona de ocupação soviética, e posteriormente na Alemanha Oriental, e foi desaprovado. Por iniciativa da SED e do Instituto de Educação, em 1951 seu monumento no antigo cemitério foi removido.
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