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roteirista brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Luiz Felipe Loureiro Comparato, conhecido como Doc Comparato (Rio de Janeiro, 3 de novembro de 1949),[1] é um ator, escritor de telenovelas, minisséries e seriados de televisão e roteirista de cinema brasileiro.[2][3] É pai das atrizes Bianca Comparato e Lorena Comparato. Filho de Antonino Comparato e de Maria de Lourdes Loureiro Comparato, nasceu na Casa de Saúde São Sebastião, no bairro do Catete, na capital fluminense.[1]
Doc Comparato | |
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Nome completo | Luiz Felipe Loureiro Comparato |
Nascimento | 3 de novembro de 1949 (75 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | ator escritor roteirista |
Filho(a)(s) | Bianca Comparato Lorena Comparato |
Página oficial |
Comparato é considerado um dos principais roteiristas da televisão brasileira.[4] Realizou alguns trabalhos no exterior na década de 80 e também na Rede Globo, onde foi um dos fundadores da Casa de Criação. Entre outros trabalhos na emissora, é um dos criadores da série Plantão de Polícia, exibido de 1979 a 1981.[1]
Luiz Felipe Loureiro Comparato nasceu em 3 de novembro de 1949, na Casa de Saúde São Sebastião, no Rio de Janeiro, filho de Antonino Comparato, descendente de italianos e portugueses,[5] e de Maria de Lourdes Comparato.[1]
Em 1968 foi aprovado em primeiro lugar para a Faculdade de Medicina, da Universidade Federal Fluminense, UFF, curso que concluiu em 1972. Ainda na década de 1970, Luiz Felipe recebeu duas bolsas de estudos no exterior, México e Reino Unido, decidindo estudar pelo British Council. Morou por dois anos em Hampstead, um bairro de Londres, capital da Inglaterra, onde se especializou em cardiologia[1]. Foi nessa época que passou a ser chamado de Doc, abreviação de doctor (doutor em português). No Inglaterra também fez cursos de roteiro e escreveu suas primeiras peças e contos, assinando-os como Doc Felipe Comparato.
Em 1977 conheceu sua primeira esposa, Cecília Maria Neder Castro. No ano seguinte, de volta ao Brasil, estreou na televisão na Rede Globo, convidado pelo ator e diretor Ziembinski para escrever para o programa Caso Especial. O episódio "E agora, Marco?", teve a atriz Yoná Magalhães interpretando a protagonista. Em uma entrevista, Doc revelou que Ziembinski foi quem sugeriu que ele tirasse do nome artístico "Felipe", deixando a alcunha com a qual é conhecido em arte: Doc Comparato[6]. Ainda em 1978, Doc venceu o concurso de peças teatrais do antigo Serviço Nacional de Teatro e de Contos do Paraná, um dos mais importantes na época. No final da década de 1970 integrou a equipe de redação do jornal Pasquim. Colaborou ainda com as revistas Playboy e Ele e Ela, entre outras publicações.
Em 1980 casou-se com Cecilia. No mesmo ano nasceu sua primeira filha, Fabiana de Castro Comparato[1]. Na época Doc foi contratado da TV Globo, onde escreveu Plantão de polícia e Malu Mulher. Recebeu o Prêmio Leitura do Concurso de Peças O Testamento, no Serviço Nacional de Teatro.
1982 também foi um ano produtivo. Doc conquistou a Medalha de Ouro do New York Film Festival com Lampião e Maria Bonita, primeira minissérie exibida pela Globo, escrita em parceria com Aguinaldo Silva [7]. Ainda em 82 lançou o livro Roteiro – Arte e Técnica de Escrever para TV e Cinema, que foi o primeiro no gênero em língua portuguesa. A obra se tornou um bestseller. No mesmo ano, Comparato recebeu o Prêmio da Crítica de São Paulo como melhor autor na Associação Paulista de Críticos de Arte [7].
Com a intensidade cada vez maior do trabalho de roteirista, Doc deixou definitivamente de clinicar entre os anos de 1982 e 1983. Separado de Cecilia Neder, em 1984 conheceu a fonoaudióloga Leila de Souza Mendes, com quem mais tarde teve outras duas filhas. No mesmo ano, Doc Comparado lançou o livro Da Criação ao Roteiro, trabalho que virou referência no tema e que até hoje é reconhecido inclusive fora do Brasil. A imersão teórica e prática sobre o assunto fez de Doc professor de roteiros e ele começou a dar aulas em países da América Latina e da Europa. Em Portugal, ministrou um curso para funcionários da emissora RTP[7].
Em 1985, no Rio de Janeiro, nasceu Bianca Comparato, filha de Leila e Doc Comparato[1], que passam a viver juntos. Ele continuou trabalhando regularmente no exterior e na Rede Globo, onde se tornou um dos fundadores do departamento de formação de autores da Casa de Criação, dirigido por Dias Gomes[7].
Em 1986, com a minissérie O Tempo e o Vento, ganhou o Prêmio Coral Negro, no Festival de Havana em Cuba, e passou a trabalhar com Gabriel García Márquez, com quem escreveu a minissérie espanhola Me Alquilo para Soñar para a TVE, em Madri. A obra também virou um livro, publicado no Brasil e em outros países. Sua parceria com Gabo é contada no livro De la Creación al Guión[8], versão colombiana de Da Criação ao Roteiro. Em 1987 e 1988 Doc deixou a TV Globo e passou a realizar diversos trabalhos internacionais. Já no fim da década de 1980, Doc Comparato recebeu convite e foi contratado pela empresa Videoarte, passando a morar em Sintra, Portugal. Residiu na Casa das Minas, mesmo local onde o cineasta, ator e escritor brasileiro Glauber Rocha viveu. Foi em Portugal, em 1990, que nasceu Lorena Comparato, segunda filha do casal Leila e Doc[1]. Dali em diante, se tornou roteirista internacional e viveu longos períodos no exterior. Morou, além de Portugal, na Espanha, na Itália e no México. Foi um dos fundadores e coordenador do Máster de Roteiro da Universidade Autônoma de Barcelona[9]. Ganhou espaço como professor, consultor criativo de televisões e "script doctor".
Em 1996, Doc retornou ao Brasil e foi recontratado pela Rede Globo. Um ano depois publicou seu primeiro romance, A Guerra das Imaginações, obra traduzida para o inglês, espanhol, italiano e alemão. Também em 1997 foi um dos criadores, junto com Daniel Filho, Antonio Calmon e Aguinaldo Silva, do seriado policial A Justiceira [7]. Em 2001, Doc Comparato ministrou o curso de roteiro cinematográfico na Escola de Cinema e Televisão de Munique, na Alemanha, tornando-se tornou o primeiro sul-americano a ocupar essa função[10].
Em 2004, Doc Comparato foi para o SBT, onde atuou como consultor de teledramaturgia. Pouco depois se transferiu para a TV Record, integrando a equipe de colaboradores do autor Tiago Santiago nas novelas Caminhos do coração (2007) e Os Mutantes (2008).
Além da televisão, Doc Comparato assinou roteiros para Cinema[3] e criou diversas peças para teatro, que também foram publicadas em livros e ebooks. Em 2017, Doc fez parte da comissão de seleção da Academia Brasileira de Cinema que elegeu o longa metragem Bingo, de Daniel Rezende, como candidato brasileiro para a disputado dos indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro[11]. No mesmo ano, Doc Comparato foi semifinalista do concurso Toronto International Screenwriting Competition 2017, com o roteiro de longa-metragem Bending Light[12].
Fonte: Projeto Encontro Marcado.[1]
A Guerra das Imaginações, apesar de estar ao alcance da compreensão do mais modesto leitor, é escrito num português tão puro quanto transparente, apoiado o tempo inteiro em imagens inesperadas de comovente poesia. Um livro tão bem escrito quanto imaginado e estruturado.
O livro A Guerra das Imaginações é mistura bem temperada e irônica, construída de mistério, sensualidade, história e comédia. Um bom começo para um roteirista já consagrado pelo público nas minisséries de televisão. Pronto para virar filme.
Ele é um dos melhores roteiristas da sua geração. O seu talento pode ser comprovado em diversas minisséries de qualidade que escreveu para a Globo.
Doc Comparato, uno de los principales guionistas de televisión de Brasil ha creado series de éxito -como Malu Mulher y Lampião e Maria Bonita.
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