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documento escrito submetido para a obtenção de um grau acadêmico, tal como como uma tese de doutorado, habilitação, etc Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Dissertação (do latim disertatio ou dissertatione)[1][2] é um gênero textual que designa uma modalidade de redação ou composição, escrita em prosa ou apresentada de forma oral,[2] sobre um tema sobre o qual se devem apresentar e discutir argumentos, provas, exemplos etc.[3] A dissertação é um tipo de redação muito utilizado nas escolas, bem como em exames vestibulares ou concursos. É classificada como dissertação argumentativa ou dissertação expositiva e se diferencia da dissertação de mestrado.
A dissertação argumentativa ou expositiva geralmente se limita a uma página de até 30 linhas, tratando apenas de um tema particular para fins avaliativos.
A dissertação argumentativa ou expositiva é composta por três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão.
Dentro da dissertação, podem existir descrições, narrações, comparações etc.[4] E também a interferência do autor por meio de digressões e parênteses explicativos, como, por exemplo, a obra Os Rougon-Macquart, do escritor naturalista Émile Zola.[5]
É a modalidade de texto que tenta convencer o leitor sobre algo com base em raciocínio e evidências de provas. A dissertação argumentativa não dá espaço para o leitor ter suas próprias conclusões uma vez que a conclusão já se encontra no texto, de modo que a única possibilidade de interpretação é a aceitação da conclusão proposta por parte do autor.[6] Este tipo de redação é a base que mantém o discurso forense por sua natureza persuasiva.[7]
Quanto ao ponto de vista do autor presente na dissertação argumentativa, temos, ainda, os seguintes tipos de dissertação:
O autor se envolve claramente no texto ao expressar suas ideias e usar verbos na primeira pessoa.[8]
Exemplo
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O autor usa verbos na terceira pessoa defendendo conceitos conhecidos ou universais, já expressos anteriormente por outros. É o tipo de dissertação comumente pedido em provas de concursos.[8]
Exemplo
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É a modalidade de texto explicativa sem a intenção de convencer o leitor, debater, polemizar ou contestar posições diferentes.[11][12]
Exemplo
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Em seu conceito de educação bancária, Paulo Freire afirmou que a narração e a dissertação são suas características marcantes:[13]
A narração ou a dissertação que implica num sujeito - o narrador - e em objetos pacientes, ouvintes - os educandos. Mantendo a contradição entre educador e educando, a narração não promove a educação: "narração de conteúdos que, por isto mesmo, tendem a petrificar-se ou a fazer-se algo quase morto.(...) Essa educação apresenta retalhos da realidade de forma estática, sem levar em conta a experiência do educando."[14]— Freire, P.
Lucídio Bianchetti criticou a forma como a produção de dissertações é ensinada nas escolas que seguem um modelo de preenchimento artificial da estrutura "introdução-desenvolvimento-conclusão", essa prática resulta em conclusões forçosamente otimistas:[15]
Como as propostas de redação envolvem temas que implicam discussão e crítica, a conclusão nessas produções textuais apontam para uma solução do problema posto no início. E a solução não é proposta em decorrência dos conflitos apontados, é uma solução desejada, sonhada pelo vestibulando (a maioria adolescente). "O mundo é bom e o amor até existe", é uma proposição que sintetiza as conclusões dessas redações. Não importa qual é o conflito, a conclusão é, não raro, uma solução cor-de-rosa.[15]— Bianchetti, L.
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