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Direction générale de la Sécurité extérieure (DGSE) é uma das agências de inteligência e contraespionagem da França, desde 1982. Ligada ao Ministério da Defesa do governo francês,[1] a DGSE é a sucessora do antigo Service de documentation extérieure et de contre-espionnage (SDECE) e é responsável pela coleta de informações, contraterrorismo, espionagem econômica[2] e operações sensíveis no exterior. A DGSE trabalha em cooperação com a Direction générale de la Sécurité intérieure (DGSI), Direção Geral de Segurança Interna, com o objetivo de "proteger os interesses vitais da nação",[3] nos domínios antiterrorista e paramilitar. Seu lema é "partout où nécessité fait loi" ("em todo lugar onde a necessidade faz a lei"). É uma das operadoras do sistema de vigilância global Franchelon.[4] Além do orçamento oficial, a DGSE[5] conta com um patrimônio clandestino que possui desde a Primeira Guerra Mundial e que não aparece no orçamento do Estado. Destinado a situações de crise, deve ser, em princípio, suficientemente alto e disponível para garantir a continuidade do Estado em caso de crise: assim, poderia financiar um governo no exílio, caso o território nacional esteja em perigo (por exemplo, em caso de invasão ou destruição por arma nuclear). Gerenciado secretamente, sua existência foi reconhecida pelo governo da França apenas em 2006, mas seu valor não pode ser divulgado.[6]
Diretoria Geral de Segurança Externa | |
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Direction générale de la Sécurité extérieure | |
Logotipo da DGSE | |
Sede da DGSE, em Paris. | |
Organização | |
Natureza jurídica | Agência de segurança e Serviço de inteligência |
Dependência | República Francesa |
Chefia | Bernard Émié, Diretor Geral de Segurança Externa |
Número de funcionários | 7.000 (2019), incluindo 1.000 militares 7.100 (2022) |
Orçamento anual | 880 milhões de euros (2021) |
Localização | |
Sede | Paris |
Histórico | |
Antecessor | Serviço de Documentação Externa e Contra-Inteligência (SDECE) |
Criação | 2 de abril de 1982 |
Sítio na internet | |
http://www.dgse.gouv.fr |
Em novembro de 2005, a reporter Dana Priest do The Washington Post revelou a existência das Prisões secretas da CIA.[7][8] O artigo revelou também a cooperação do governo da França com a CIA através da Alliance Base.[9] Para aparentar pouca participação da CIA nas operações da Alliance Base, a língua utilizada no centro foi o francês. [carece de fontes]
Em 5 de fevereiro de 2013, o jornal O Globo publicou matéria sobre um relatório emitido por uma organização que afirmava que a França não era um dos países listados como colaborador da CIA no seu programa de detenções secretas e interrogatórios com suposto uso de tortura.[10] O mesmo relatório também listava vários países da Europa como tendo colaborado no programa de interrogatório da CIA, incluindo Portugal.[11] As informações publicadas pela imprensa francesa e pelo The Washington Post todavia, apontam para outros fatos e indicam que a existência da aliança francesa com a CIA através da Alliance Base durou de 2002 ate 2009.[12]
A Agência Brasileira de Inteligência investigou se agentes do serviço secreto francês promoveram ação de sabotagem para explodir a base de lançamento de satélites de Alcântara, no Maranhão. Um documento da ABIN revela pelo menos três operações cujos alvos eram espiões franceses e seus contatos brasileiros e estrangeiros. Houve também monitoramento do serviço de inteligência em órgãos de cooperação e cultura ligados à Embaixada da França.[13] A base de lançamento de satélites de Alcântara colocaria "em perigo"[13] os interesses econômicos e diplomáticos da França, que atualmente possui uma base na região dos trópicos, localizada em Kourou, na Guiana Francesa.
O Dossiê Farewell,[22][23] provavelmente a mais significativa operação de inteligência efetuada por um serviço secreto europeu durante a Guerra Fria[24] e crucial para a vitória do Ocidente,[25] foi a coleção de documentos que Vladimir Vetrov, um desertor da KGB (codinome "Farewell"), reuniu e entregou ao serviço secreto francês. Vetrov ficou cada vez mais desiludido com o sistema soviético e decidiu trabalhar com os franceses no final da década de 1970. Entre o início de 1981 e o início de 1982, Vetrov deu quase 4000 documentos secretos aos franceses,[26] incluindo a lista completa de 250 oficiais da KGB estacionados sob proteção legal em embaixadas em todo o mundo. Como consequência, as nações ocidentais realizaram uma expulsão em massa de espiões de tecnologia soviéticos. A CIA e a DGSE montaram uma operação de contra-inteligência que transferiu designs de hardware e software modificados para os soviéticos. Thomas Reed alegou que esta foi a causa do desastre de um oleoduto transiberiano em 1982. A história de Vetrov inspirou o livro Bonjour Farewell: The Truth about the French Mole in the KGB, de Serguei Kostine.[27]
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