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criptomoeda Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Diem (anteriormente conhecida como Libra)[1][2], foi um projeto de criptomoeda estável proposto pela empresa de mídias sociais Meta, Inc. (anteriormente Facebook). A ideia era simplificar as transações financeiras para todas as pessoas do mundo. No entanto, após enfrentar forte pressão regulatória desde que foi anunciada pela primeira vez em junho de 2019, a Diem Association fechou as portas e levando consigo o projeto de criptomoeda. O Silvergate Bank adquiriu a tecnologia e outros ativos da Diem, incluindo ferramentas de desenvolvimento, implantação e operações, e as ferramentas para executar uma rede de pagamento baseada em blockchain para remessas e outros aplicativos. O trabalho da Diem estava em uma fase de pré-lançamento. O CEO da Diem, Stuart Levey, disse em comunicado que "ficou claro" pelas conversas do grupo com reguladores federais americanos que eles não seriam capazes de lançar a Diem.[3]
Unidade | |
---|---|
Símbolo | ≋ |
Denominações | |
Demografia | |
Usuário(s) | Cancelado |
Emissão | |
Fabricante | Diem Association |
Website | www |
Em 2019, durante pesquisa realizada por um jornalista, não havia sido constatada a existência da moeda ou da rede, somente códigos experimentais e rudimentares haviam sido publicados.[4]
No dia 4 de janeiro de 2018, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, fez uma postagem no seu perfil, demonstrando o interesse da companhia em aprofundar os seus estudos sobre os aspectos positivos e negativos das criptomoedas.
Em maio de 2018, o vice-presidente do Facebook e ex-presidente do PayPal, David Marcus, saiu da Facebook Messenger para entrar na nova divisão de blockchain, primeiras matérias sobre o planejamento de uma criptomoeda foram divulgadas[5][6].
No mês de fevereiro de 2019, já havia mais de 50 engenheiros trabalhando no projeto.[7]
A confirmação de que o Facebook teria a intenção de criar uma nova criptomoeda, na época chamada de GlobalCoin" ou "Facebook Coin", surgiu em abril de 2019[8].
A moeda foi formalmente anunciada em 18 de junho de 2019[9][10], e sua primeira versão deve ser lançada em 2020[11][9].
Em 15 de julho de 2019, o Facebook anunciou a moeda não será lançada até que todas as preocupações regulatórias tenham sido cumpridas e apropriadamente aprovadas.[12]
Em fevereiro de 2022, a Meta encerrou o projeto e vendeu todos os ativos.[13]
O plano era que a Diem fosse lastreada por ativos financeiros como cesta de moedas,[14] e títulos do governo do Tesouro dos EUA para evitar a volatilidade[15].
Ao contrário de criptomoedas como Bitcoin ou Ethereum que usam blockchains "sem autenticação" (qualquer usuário pode participar do processo de mineração), a blockchain da Diem seria operada por uma rede de nós validadores supervisionada pelos membros fundadores da Associação Diem (blockchain autenticado) em que cada membro seria responsável pela execução de um 'nó' (computador dedicado a fazer validações das transações já validadas), o que demanda confiança na associação Diem como se fosse um "banco central"[16]. Junto do crescimento da rede e o aumento de sua autossuficiência, a Associação Diem trabalharia na transição gradual para um modo de operação sem autenticações.[17]
A Associação Diem foi fundada por 28 membros e foi sediada em Genebra, Suíça.[18]. Alguns dos parceiros têm o objetivo de fazer transações financeiras diárias, como pagar contas, fazer compras e utilizar o transporte público. Os membros eram separados em 6 grandes grupos:
Logo quando surgiram rumores sobre o lançamento da Diem, o mercado de criptomoedas se agitou, ajudando o bitcoin a superar a marca dos US$ 11 mil[19], além de fazer as ações do Facebook subirem.[18]
Mas a criptomoeda já possuia críticas[20][21] e opositores no anúncio como o Banco Central da França.[22] e autoridades da União Europeia.[23][24]
Reguladores e políticos dos estados unidos expressaram suas preocupações em meados de 2019. Maxine Waters, presidente do Comitê de Serviços Financeiros dos Estados Unidos pediu ao Facebook para suspender o desenvolvimento e o lançamento da Diem, citando uma lista de escândalos recentes e que "o mercado de criptomoedas atualmente carece de um claro marco regulatório".[25] O comitê também enviou uma carta ao Facebook pedindo que a companhia pare o desenvolvimento da Diem, apontando preocupações com a privacidade, a segurança nacional, trocas e políticas monetárias.[26]
Jerome Powell, presidente da Reserva Federal, testificou perante o congresso no dia 10 de julho que o Fed tinha "preocupações sérias" de como a Diem iria lidar com "lavagem de dinheiro, proteção ao consumidor e estabilidade financeira"[27]
O presidente Donald Trump twittou no dia 12 de julho que: "Se o Facebook e outras empresas querem se tornar um banco, eles devem buscar uma nova carta bancária e estar sujeito a todas as regulamentações de bancos"[28].
O ministro de finanças da França, Bruno Le Maire, falou à rádio francesa Europe 1 que a Diem não poderia ser permitida a se tornar uma moeda soberana. Ele avisou ao parlamento francês sobre preocupações dele sobre a Diem como privacidade, lavagem de dinheiro e financiamento de terrorismo. Ele pediu aos governadores dos bancos centrais do Grupo dos Sete que preparem um relatório sobre os planos do Facebook.[22]
O presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, disse que há necessidade de manter uma "mente aberta" sobre novas tecnologias para transferências de dinheiro, mas "qualquer coisa que funcione neste mundo se tornará instantaneamente sistêmica e terá que estar sujeita aos mais altos padrões de regulamentação".[22]
Membro do Parlamento Europeu da Alemanha, Markus Ferber, avisou que o Facebook pode se tornar um sistema bancário sombra.[22]
O governo do Japão chegou a investigar a Diem e fez análises sobre o efeito na política monetária japonesa e regulação fiscal.[29]
O Comissário Federal Suíço de Proteção e Informação de Dados disse que não ouviu nada do Facebook mesmo após David Marcus dizer ao senado americano que o órgão iria supervisionar o projeto[30]
O plano da Meta era deixar a Novi resposável pelo gerenciamento da Diem para usuários do Facebook, os executivos da Meta chegaram a afirmar que a Novi não compartilharia informações de compra de uma conta sem autorização[31]
A Diem pretendia começar a transicionar para um modelo sem autenticação usando o sistema de prova por participação em cinco anos[10], embora o próprio paper admitia que não existe atualmente solução "que possa entregar escalabilidade, estabilidade, e segurança necessária para dar suporte a bilhões de pessoas e transações ao redor do globo através de uma rede sem autenticação"[32]
O código-fonte da Diem era escrito em Rust e parte dele havia publicado como open source sob a licença Apache na plataforma Github.
Elaine Ou, colunista da Bloomberg News, tentou compilar e rodar o código publicamente lançado da Diem. O software não fez mais que permitir moedas falsas serem colocadas em uma carteira; quase todas as funcionalidades do paper ainda não haviam implementadas. Elaine ficou surpresa que o Facebook "iria lançar um software em tal estado"[4].
Facebook planejava lançar a sua carteira digital Novi atrelada a Diem em uma data indefinida. A Novi estará disponível no IOS e Android, mas você poderá enviar moedas Diem pelo Messenger e WhatsApp[33].
Move era a linguagem flexível para contratos inteligentes e transações customizáveis da Blockchain da Diem. Seria uma linguagem de programação estaticamente tipada, compilada para bytecode.
Abaixo, um exemplo de como seria um script de transação peer-to-peer do paper[34]
public main(payee: address, amount: u64) {
let coin: 0x0.Currency.Coin = 0x0.Currency.withdraw_from_sender(copy(amount));
0x0.Currency.deposit(copy(payee), move(coin));
}
French Finance Minister Bruno Le Maire said the digital currency known as Libra shouldn’t be seen as a replacement for traditional currencies.“It is out of question’’ that Libra “become a sovereign currency,’’ Le Maire said in an interview on Europe 1 radio. “It can’t and it must not happen.” Le Maire called on the Group of Seven central bank governors, guardians of the global monetary system, to prepare a report on Facebook’s project for their July meeting. His concerns include privacy, money laundering and terrorism finance. While Carney said "we need to have an open mind" about technology that can facilitate cross-border money transfers, "we will look at it very closely and in a coordinated fashion" at multilateral organizations including the G-7 Meanwhile, Markus Ferber, a German member of the European Parliament, said Facebook, with more than 2 billion users, could become a “shadow bank” and that regulators should be on high alert.
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