Nota: Este artigo é sobre as assistentes de palco dos programas da Xuxa. Para outros significados, veja Paquita.

As Paquitas foram um grupo de assistentes de palco que acompanhou a apresentadora Xuxa Meneghel em vários de seus programas de televisão, principalmente no Xou da Xuxa (1986–1992), exibido pela TV Globo. Conhecidas por seus uniformes icônicos, incialmente inspirados em balizas, que incluíam uma jaquetinha azul ou vermelha com franjas douradas nos ombros e correntes douradas, um chapéu da mesma cor com detalhes dourados, shorts brancos e botas brancas[1], elas se tornaram figuras marcantes na cultura pop brasileira durante as décadas de 1980 e 1990.

Factos rápidos Informação geral ...
Paquitas
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Paquitas
A segunda geração em 1991.
Informação geral
Origem Rio de Janeiro
País Brasil
Gênero(s)
Período em atividade 1984–2002
Gravadora(s) RGE (1989–94)
Som Livre (1995–02)
Afiliação(ões)
Integrantes Primeira geração
Segunda geração
New Generation
Geração 2000
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Além de animarem a plateia e ajudarem na condução das brincadeiras do programa, as Paquitas conquistaram grande popularidade entre o público infantil e adolescente, influenciando a moda da época e se tornando um fenômeno cultural[2]. Em 1989, o grupo lançou-se também no mercado musical, alcançando sucesso com a gravação de álbuns e realizando turnês por todo o Brasil[3].

Ao longo dos anos, o grupo passou por várias formações, sendo renovado com novas integrantes, que recebiam apelidos carinhosos dados por Xuxa, como Pituxa, Xiquita Sorvetão e Catuxa Jujuba. Muitas ex-integrantes, como Letícia Spiller, Bianca Rinaldi e Juliana Baroni, seguiram carreiras de destaque na televisão e no teatro após deixarem o grupo[4].

O grupo original das Paquitas foi oficialmente encerrado em 2002, após o rompimento da parceria profissional entre Xuxa e sua diretora e empresária, Marlene Mattos. No entanto, o legado das Paquitas permanece vivo na memória cultural do Brasil, sendo reconhecido como um dos maiores marcos da televisão brasileira[4].

História

Origens (1984–1986)

O surgimento das Paquitas remonta a 1984, durante o período em que Xuxa Meneghel apresentava o programa Clube da Criança, exibido pela Rede Manchete. Nesse mesmo ano, Xuxa realizou uma viagem a Nova Iorque, onde visitou um consultório dentário e conheceu um papagaio chamado Paquito, que estava preso no banheiro do consultório, já que a esposa do dentista não permitia que ele ficasse solto em casa. Encantada com a ave, Xuxa ganhou de presente da produção do programa um fantoche inspirado no papagaio, que também foi batizado de Paquito em homenagem ao papagaio nova-iorquino[5].

Com o aumento da audiência e o crescimento da plateia infantil do Clube da Criança, a diretora Marlene Mattos percebeu a necessidade de uma assistente de palco para ajudar a organizar o público durante as gravações. A primeira escolhida foi Andréa Veiga, uma jovem de 14 anos, que possuía uma aparência jovial, mas também a autoridade necessária para lidar com as crianças da plateia. No programa, o fantoche Paquito "fingia" estar apaixonado por Andréa, e dessa brincadeira surgiu o apelido "Paquita", dado por Xuxa a Andréa[5]. O nome "Paquita" logo se popularizou, e passou a ser utilizado para todas as futuras assistentes de palco de Xuxa.

Devido ao sucesso do programa e ao aumento da demanda, no final de 1984, Marlene Mattos decidiu contratar uma segunda assistente de palco, Heloísa Morgado, que passou a ser chamada de Paquita 2[6]. Em 1985, com a estreia de um novo cenário e uma plateia ainda maior, Marlene contratou mais uma assistente, Andréia, que foi apelidada de Xiquita, mas sua passagem pelo programa foi curta, e ela saiu ainda no final do mesmo ano. Seu paradeiro após deixar o grupo é desconhecido.

Primeira Geração (1986–1990)

Em 1986, Xuxa Meneghel foi contratada pela Rede Globo para apresentar o Xou da Xuxa[7], e essa transição trouxe mudanças importantes para o grupo das Paquitas. Heloísa Morgado, que havia sido uma das assistentes no Clube da Criança, não foi contratada pela nova emissora e acabou sendo substituída por Andréia Faria, que recebeu o apelido de Xiquita Sorvetão. O nome Sorvetão surgiu de uma brincadeira no programa, já que Andréia adorava sorvete e era considerada um pouco atrapalhada.

Outra integrante importante da primeira geração foi Luise Wischermann, apelidada de Pituxa Alemã, por conta de sua ascendência alemã e aparência loira. Ela foi a primeira Paquita a usar o uniforme vermelho[8], que se diferenciava dos tradicionais uniformes azuis. Luise foi convidada a integrar o grupo de uma maneira curiosa: ela encontrou o papagaio de Xuxa que havia caído em seu apartamento. Após esse encontro inesperado, Marlene Mattos a convidou para se juntar ao grupo. Luise estreou oficialmente como Paquita no dia 30 de junho de 1986, o mesmo dia da estreia do Xou da Xuxa.

Com o sucesso crescente do programa, em 1987, Marlene Mattos organizou o primeiro concurso para selecionar novas Paquitas. A vencedora foi Ana Paula Guimarães, que passou a ser conhecida como Catuxa[9]. No entanto, a competição foi acirrada e controversa, com Luciana Vendramini sendo sua principal concorrente. A vitória de Ana Paula solidificou seu lugar no grupo.

Ainda em 1987, Monique Siqueira, apelidada de Miúxa, se juntou ao grupo, mas sua participação foi curta. Monique não chegou a assinar um contrato formal com a TV Globo (o que faz com que não seja contabilizada no grupo das Paquitas), embora tenha participado ativamente de ensaios, merchandising e da turnê do Xegundo Xou da Xuxa, Ela foi desligada após um incidente durante a gravação de um especial de Natal, no qual pegou um brinquedo que estava sendo distribuído às crianças da plateia[10].

Com as Paquitas se tornando cada vez mais populares, Marlene decidiu expandir o grupo em 1987, contratando assistentes mais jovens para atuarem como substitutas caso as Paquitas mais velhas adoecessem ou deixassem o grupo. Foi nesse momento que Roberta Cipriani, conhecida como Xiquitita Surfista, foi convidada pessoalmente por Xuxa e Marlene para integrar o time. Xuxa deu a Roberta o apelido Xiquitita Surfista devido ao seu amor pelo sol e pela praia[11].

Ao final dessa fase, o quinteto formado por Andréa Veiga (Paquita), Andréia Faria (Xiquita Sorvetão), Luise Wischermann (Pituxa Alemã), Ana Paula Guimarães (Catuxa) e Roberta Cipriani (Xiquitita Surfista) marcou a primeira geração das Paquitas. Esse grupo lançou as bases para o sucesso das Paquitas como figuras centrais no Xou da Xuxa e no imaginário popular.

Segunda Geração (1987–1995)

Com o sucesso crescente do Xou da Xuxa e a consolidação das Paquitas como ícones da cultura pop, a necessidade de renovar o grupo se tornou evidente. Em dezembro de 1987, Tatiana Maranhão, conhecida como Paquitita Loura, foi escolhida para integrar a segunda geração. Tatiana, inicialmente a única com cabelos escuros, acabou pintando-os de loiro[12]. Ela também era conhecida por ter uma das melhores vozes entre as Paquitas, o que a destacava durante as apresentações musicais[13].

Outra integrante dessa geração foi Priscilla Couto, que recebeu o apelido de Catuxita Top Model. Priscilla chamou a atenção de Xuxa e Marlene Mattos ao participar da brincadeira do desfile no Xou da Xuxa, onde sua elegância se destacou[14]. Além disso, sua experiência como modelo da loja O Bicho Comeu contribuiu para que fosse escolhida como Paquita[15].

Em março de 1988, a primeira Paquita, Andréa Veiga, decidiu deixar o grupo para seguir carreira solo como apresentadora, assumindo o comando do programa Pintando o Sete na TV Record[16]. Sua saída marcou o fim de uma fase, mas também abriu espaço para novas integrantes. Em abril do mesmo ano, Ana Paula Almeida, apelidada de Pituxita Bonequinha, foi escolhida para integrar o grupo[17]. Com sua aparência delicada e comportamento doce, Ana Paula rapidamente se tornou uma das Paquitas mais populares entre o público infantil.

Em 1989, com o grupo a todo vapor e prestes a gravar seu primeiro álbum, duas Paquitas decidiram deixar o grupo: Ana Paula Guimarães (Catuxa) e Luise Wischermann (Pituxa Alemã). Ambas foram convidadas para apresentar um programa de variedades na TV Rio, mas o projeto não teve sucesso. Para preencher as vagas deixadas por Ana Paula e Luise, foi realizado um novo concurso, o Paquitonas 89, que selecionou Letícia Spiller, apelidada de Pituxa Pastel, por seu jeito estabanado e divertido. Letícia mais tarde se tornaria uma das ex-Paquitas de maior sucesso, construindo uma carreira sólida como atriz[18].

Outra adição importante à segunda geração foi Cátia Paganote, conhecida como Miúxa Bruxa. Cátia entrou oficialmente no grupo em 1989, após passar por quase dez meses de testes[14]. Seu apelido veio de sua habilidade única de imitar a risada de uma bruxa, que cativou Xuxa e Marlene Mattos[19]. Cátia se destacou pelo seu empenho e personalização dos figurinos durante os testes, o que ajudou a garantir sua vaga no grupo.

Com essa nova formação, as Paquitas lançaram seu primeiro álbum, Paquitas, em setembro de 1989. O disco trouxe hits como Fada Madrinha (É Tão Bom), Alegres Paquitas e Playback, consolidando o grupo também no cenário musical. As Paquitas assinaram contrato com a gravadora RGE e começaram a realizar shows por todo o Brasil, aumentando ainda mais sua popularidade.

Em fevereiro de 1990, Juliana Baroni, apelidada de Catuxa Jujuba, foi escolhida como a oitava Paquita através do concurso Paquita Paulista, que foi destinado exclusivamente a garotas de São Paulo[20]. No mesmo ano, Andréia Faria, a Xiquita Sorvetão, deixou o grupo para se dedicar à carreira de atriz, sendo escalada para o elenco de Os Trapalhões. Para preencher sua vaga, foi realizado o concurso Xiquita 1990, no qual Bianca Rinaldi, apelidada de Xiquita Bibi, foi a vencedora[21]. Embora Bianca tenha perdido a disputa no concurso Paquita Paulista, ela persistiu e foi coroada no programa em uma edição especial que comemorava o aniversário de Xuxa.

Ainda em 1990, o grupo foi convidado a participar de dois filmes que marcaram a cultura pop brasileira. O primeiro, Lua de Cristal, estrelado por Xuxa, foi um sucesso de bilheteria, com as Paquitas desempenhando papéis de apoio[22]. Já o segundo, Sonho de Verão (1990), foi feito especialmente para as Paquitas, com Sérgio Mallandro e Andréa Veiga como parte do elenco. O filme se tornou um clássico entre os fãs da época, reforçando o status das Paquitas como estrelas também no cinema[23].

Ainda em 1990, Tatiana Maranhão, a Paquitita Loura, deixou o grupo e foi substituída por Flávia Fernandes, que recebeu o apelido de Paquitita Pluft[24]. Esse apelido foi uma referência ao fantasma "Pluft", já que Flávia era a mais "branquinha" do grupo.

Em 1991, o grupo lançou seu segundo álbum de estúdio, Paquitas, com sucessos como Trocando Energia e Auê. Esse álbum reforçou ainda mais o status das Paquitas como ícones da música pop infantil e continuou a alimentar o enorme sucesso do grupo. Ainda em 1991, Ana Paula Guimarães retornou ao grupo mais somente nos programas internacionais da Xuxa.

Em 1992, Letícia Spiller deixou o grupo para estudar teatro e seguir a carreira de atriz e foi substituída por Ana Paula Guimarães que retornou definitivamente ao grupo no Brasil. Ainda em 1992, Andréa Veiga retornou brevemente ao grupo no exterior mais precisamente no programa Xuxa Park exibido na Espanha e nas apresentações da Xuxa pela América Latina.

Em 1993, foram intérpretes da música "Eu Não Largo o Osso", tema de abertura do programa infantil TV Colosso. As garotas também participaram da Turnê Sexto Sentido de Xuxa, alternando os shows da apresentadora com a própria turnê delas.

A segunda geração das Paquitas, marcada por várias mudanças e novas integrantes, provou que o grupo era capaz de se reinventar sem perder o carinho e a admiração do público. Essa geração consolidou ainda mais o legado das Paquitas, garantindo sua posição como figuras centrais no cenário do entretenimento brasileiro.

Paquitas internacionais

Com o sucesso estrondoso de Xuxa no Brasil, a marca "Xuxa" começou a expandir para outros países. Como parte dessa estratégia de internacionalização, foram criadas as Paquitas internacionais, que acompanhavam a apresentadora em versões dos seus programas fora do Brasil, principalmente na América Latina e nos Estados Unidos[25].

Essas Paquitas desempenhavam o mesmo papel das versões brasileiras: animar a plateia, participar de coreografias e auxiliar Xuxa na condução das brincadeiras e números musicais. Assim como no Brasil, cada Paquita internacional recebia um apelido carinhoso, e a formação do grupo seguia o padrão visual característico de uniformes e coreografias sincronizadas.

Na América Latina, as Paquitas Internacionais se tornaram extremamente populares. Cada país onde Xuxa tinha uma presença televisiva ganhou sua própria Paquita, com adaptações locais para facilitar a identificação do público. As versões de programas como El Show de Xuxa, transmitido em países como Argentina, Chile, Uruguai e Equador, seguiram o sucesso do Xou da Xuxa brasileiro, e as Paquitas continuaram a ser um dos elementos mais adorados do formato[26].

Nos Estados Unidos, com o programa Xuxa transmitido pela CBS, as Paquitas foram rebatizadas como Pixies. Elas mantiveram as mesmas funções de assistentes de palco, mas com uma estética mais voltada para o público norte-americano. O programa fez sucesso entre crianças latinas que viviam nos EUA, e as Pixies contribuíram para o apelo multicultural da marca Xuxa no país[27].

Paquitas New Generation (1995–1999)

Em 1995, João Henrique Schiller, editor do programa, ouviu desabafos das Paquitas sobre assédio moral nos bastidores e sugeriu transformar as confissões em um livro, que elas ingenuamente aceitaram. A notícia chegou a Marlene Mattos, que, ao ser informada por uma das integrantes, demitiu todas as envolvidas[28][29][30][31]. Na edição do Xuxa Park, exibida em 29 de abril de 1995, as integrantes da segunda geração se despediram oficialmente do público. No mesmo programa, foi anunciada a nova formação das Paquitas, agora sob o subtítulo Paquitas New Generation, marcando o início de uma nova era para o grupo[32].

As sete novas integrantes foram escolhidas com o objetivo de agradar a diferentes gerações de fãs de Xuxa e receberam apelidos modernos. Caren Lima, a mais baixinha do grupo, foi apelidada de Chaveirinho, enquanto Graziella Schmitt ficou conhecida como Grazi Modelão devido à sua postura e porte físico que lembravam os de uma modelo. Diane Dantas, com sua elegância, foi chamada de Lady Di, em referência à princesa britânica. Já Gisele Delaia recebeu o apelido de Miss Queimados, uma homenagem à cidade onde nasceu. Andrezza Cruz, por sua vez, foi chamada de Dezza, um apelido moderno que encurtava seu nome. Bárbara Borges, com seu carisma e beleza, ficou conhecida como Babubonitona ou simplesmente Paquita Babu, e Vanessa Melo, por suas habilidades na dança e energia no palco, foi apelidada de Flashdance[32].

A Paquitas New Generation trouxe uma nova estética e um grupo de meninas mais jovens para acompanhar Xuxa em programas como Xuxa Park e Xuxa Hits, ambos exibidos pela Rede Globo. Com a chegada dessa nova formação, o grupo passou por uma modernização em sua aparência. No Xuxa Park, as Paquitas mantiveram o tradicional uniforme de "soldadinhas de chumbo", mas no Xuxa Hits, voltado para o público adolescente, adotaram um novo uniforme colegial, marcando uma transição para um estilo mais descontraído e atual. À medida que o quadro evoluiu para o Planeta Xuxa, os figurinos passaram a ser ainda mais variados, refletindo as tendências da moda jovem dos anos 90.

Ainda em 1995, o grupo gravou seu primeiro disco, Paquitas New Generation, que destacou singles como Nova Geração, Ah, O Amor, Telefone Toca e Suor e Sorriso. O álbum também trouxe uma regravação de Fada Madrinha, uma das canções mais marcantes do primeiro disco das Paquitas. Em 1997, elas lançaram seu segundo álbum, que incluiu sucessos como Planeta Dance, Não Se Reprima (regravação do grupo Menudo) e Vem Dançar Comigo (uma regravação de Xuxa).

Durante esse período, as integrantes da Paquitas New Generation seguiram uma agenda intensa de shows e apresentações, tanto ao lado de Xuxa quanto em eventos próprios. Em 1998, Diane Dantas (Lady Di) foi a primeira a deixar o grupo, seguida por Bárbara Borges (Babubonitona) em abril de 1999, que decidiu seguir carreira como atriz. No final de 1999, com a maioridade se aproximando novamente para as integrantes, a Paquitas New Generation foi oficialmente dissolvida, abrindo espaço para a seleção de uma nova geração de Paquitas.

Geração 2000 (1999–2002)

Em 1999, com a dissolução da Paquitas New Generation, uma nova fase começou com a abertura de inscrições para a formação de uma nova geração. A Geração 2000 foi selecionada por meio de uma série de testes rigorosos e foi oficialmente apresentada ao público no Planeta Xuxa[33], dando início a um novo ciclo para o grupo.

A nova formação contava com integrantes mais jovens, que foram preparadas para manter a essência do grupo e ao mesmo tempo se conectar com um público cada vez mais adolescente. Elas mantiveram o papel tradicional de animar a plateia nos programas de Xuxa, mas também participaram de projetos mais voltados ao público infantil, como o Xuxa Só Para Baixinhos, um dos maiores sucessos da apresentadora nessa época. Entre as integrantes desta geração estavam Letícia Barros, Thalita Ribeiro, Gabriella Ferreira, Monique Alfradique, Lana Rhodes, Stephanie Lourenço, Joana Mineiro e Daiane Amêndola[34].

Visualmente, a Geração 2000 adotou figurinos mais variados e menos padronizados que as gerações anteriores, refletindo a mudança de estética dos anos 2000. Durante essa fase, o grupo esteve presente em programas como o Xuxa Park e o Planeta Xuxa, além de participar de especiais e shows ao vivo.

Em 2001, um incêndio no estúdio de gravação do Xuxa Park abalou profundamente a carreira das Paquitas[35], encerrando as atividades do programa de forma abrupta. As Paquitas da Geração 2000 foram realocadas no Planeta Xuxa, onde continuaram suas atividades até 2002, quando Xuxa e Marlene Mattos romperam sua parceria profissional, o que levou ao fim definitivo do grupo[36].

Carreira musical

Álbuns e singles

As Paquitas começaram sua trajetória musical ainda na primeira geração, participando como coro em diversos álbuns de Xuxa Meneghel, desde os primeiros discos da apresentadora. Essa experiência nos bastidores preparou o terreno para o lançamento de suas próprias produções musicais.

O primeiro álbum do grupo, intitulado Paquitas, foi lançado em 1989 pela gravadora RGE. O disco trouxe músicas que rapidamente se tornaram populares entre o público infantil e adolescente, incluindo Alegres Paquitas, Playback, Sorvetão, e o grande sucesso Fada Madrinha (É Tão Bom). O álbum marcou a transição das Paquitas de assistentes de palco para estrelas do entretenimento infantojuvenil, elevando-as a uma posição de destaque no cenário musical. O sucesso desse álbum impulsionou uma série de shows e turnês pelo Brasil, consolidando a carreira musical do grupo.

Em 1991, as Paquitas lançaram seu segundo álbum, também intitulado Paquitas, desta vez pela Som Livre. Com faixas como Trocando Energia, Amor Adolescente, Auê, e Sonho de Verão, o grupo solidificou ainda mais sua presença na música pop brasileira. Esse álbum foi lançado pouco depois das Paquitas terem participado das trilhas sonoras dos filmes Lua de Cristal (1990) e Sonho de Verão (1990), duas grandes produções cinematográficas estreladas por Xuxa e Sérgio Mallandro. Nessas trilhas, o grupo contribuiu com músicas que complementaram o sucesso dos filmes, ampliando ainda mais sua presença no entretenimento brasileiro.

Com a renovação do grupo em 1995 e a criação da Paquitas New Generation, o estilo musical do grupo também foi atualizado para atrair um público adolescente. O álbum New Generation, lançado no mesmo ano pela Som Livre, refletiu essa mudança com um som mais moderno e voltado para a juventude da época. Músicas como Nova Geração, Telefone Toca, Ah! O Amor, e uma regravação de Fada Madrinha (É Tão Bom) mostraram que o grupo ainda era capaz de conectar-se com o público, ao mesmo tempo em que trazia uma nova identidade musical.

Em 1997, o grupo lançou mais um álbum homônimo, Paquitas, também pela Som Livre, consolidando ainda mais a fase da New Generation. Com faixas como Não Se Reprima, Planeta Dance, Maria Fumaça, e Vem Dançar Comigo, o álbum trouxe um estilo pop dançante que acompanhava as tendências musicais da época. Esta fase mais madura mostrou a evolução das Paquitas e sua capacidade de adaptação às mudanças do mercado musical.

Além de seus próprios álbuns, as Paquitas continuaram a participar como coro em diversos trabalhos de Xuxa, especialmente na série Xuxa Só Para Baixinhos. Elas também gravaram o tema de abertura do programa infantil TV Colosso, com a música Eu Não Largo o Osso, expandindo ainda mais sua presença na televisão e no mercado fonográfico brasileiro.

Shows e turnês

As Paquitas não se limitaram ao sucesso de seus álbuns de estúdio. O grupo também desempenhou um papel crucial nas turnês e apresentações ao vivo de Xuxa Meneghel. Desde os primeiros anos, as Paquitas acompanharam a apresentadora em eventos de grande porte, participando de shows que atraíam milhares de fãs por todo o Brasil.

Durante as turnês do Xou da Xuxa, que percorreram diversas cidades do país entre o final dos anos 80 e início dos anos 90, as Paquitas desempenhavam um papel fundamental nas coreografias e interações com o público. Elas estavam sempre ao lado de Xuxa, ajudando a animar a plateia e executando números de dança que se tornaram uma marca registrada dos shows. O sucesso dessas apresentações levou o grupo a realizar performances em eventos especiais e programas de televisão ao vivo, o que ampliou ainda mais sua exposição.

Com o lançamento de seus próprios álbuns, as Paquitas começaram a realizar shows independentes, cantando seus maiores sucessos e promovendo suas canções diretamente ao público. Os shows das Paquitas combinavam músicas de seus discos com as famosas coreografias que executavam nos programas de TV e nos filmes. A presença de Xuxa em alguns desses eventos apenas aumentava o apelo das apresentações, tornando-as ainda mais populares entre o público infantil e juvenil.

As turnês das Paquitas evoluíram conforme o grupo passava por mudanças de formação e estilo. A Paquitas New Generation manteve a tradição dos grandes shows, adaptando-se às novas tendências musicais e ao público adolescente. Durante essa fase, o grupo participou de turnês ao lado de Xuxa, mas também realizou apresentações próprias, com figurinos mais modernos e uma estética adaptada ao final dos anos 90.

Além dos shows nacionais, as Paquitas também participaram de eventos internacionais, acompanhando Xuxa em suas apresentações fora do Brasil. Isso incluiu shows na América Latina e participações em especiais de TV voltados para o público estrangeiro, ampliando o alcance do grupo para além das fronteiras brasileiras.

As apresentações ao vivo desempenharam um papel importante na consolidação das Paquitas como ícones do entretenimento infantojuvenil, fortalecendo a conexão com o público e mantendo sua relevância ao longo das gerações. O impacto dessas turnês e shows é lembrado até hoje por fãs que cresceram assistindo ao grupo em ação, tanto nos palcos quanto nas telas.

Participação no cinema e televisão

Filmes

As Paquitas desempenharam um papel crucial no cinema, participando de alguns dos maiores sucessos da carreira cinematográfica de Xuxa Meneghel. Com o enorme apelo que tinham entre o público infantil e juvenil, a presença delas nas telonas consolidou ainda mais sua popularidade. As Paquitas não apenas acompanhavam Xuxa nos programas de TV, mas também fizeram parte do universo dos filmes estrelados pela apresentadora, contribuindo para o sucesso comercial dessas produções.

O primeiro grande sucesso no qual as Paquitas participaram foi Lua de Cristal (1990). Este filme, estrelado por Xuxa, contou com as Paquitas em papéis de apoio, reforçando o ambiente familiar e a identidade visual associada ao Xou da Xuxa. Lua de Cristal se tornou um dos maiores fenômenos de bilheteria da época, tornando-se um clássico do cinema infantil brasileiro. A música-tema do filme, Lua de Cristal, também foi um grande sucesso, e as Paquitas, embora não tivessem papéis principais, ajudaram a manter a conexão entre a apresentadora e seu público fiel.

No mesmo ano, as Paquitas participaram de Sonho de Verão (1990), um filme feito especialmente para elas. Sonho de Verão, que contou com Sérgio Mallandro, além de Andréa Veiga e os Paquitos, teve as Paquitas como figuras centrais da trama, o que deu mais destaque ao grupo em comparação a suas participações anteriores. A produção foi muito bem recebida pelo público infantil e jovem, ajudando a consolidar ainda mais as Paquitas como estrelas de cinema.

Outro filme de destaque com a participação das Paquitas foi Xuxa e os Trapalhões em O Mistério de Robin Hood (1990), onde elas apareceram ao lado de Xuxa e do famoso grupo de humoristas Os Trapalhões. O filme misturava aventura e comédia, e as Paquitas desempenharam papéis de apoio, mais uma vez reforçando a forte presença do grupo nos projetos audiovisuais de Xuxa.

Embora oficialmente não como Paquitas, algumas ex-integrantes também participaram dos filmes Xuxa Requebra (1999) e Xuxa Popstar (2000). Nesses filmes, ex-integrantes das Paquitas fizeram pequenas participações especiais, mantendo o vínculo com a carreira de Xuxa e reforçando a ligação afetiva com o público que as acompanhou por tantos anos.

Essas participações no cinema foram um passo importante na consolidação das Paquitas como figuras centrais da cultura pop brasileira, estendendo seu sucesso para além dos programas televisivos e turnês, ampliando o alcance do grupo também no universo cinematográfico.

Programas de TV

As Paquitas foram introduzidas inicialmente como assistentes de palco no programa Clube da Criança (1984–1986), exibido pela Rede Manchete, onde Xuxa começou sua carreira como apresentadora de programas infantis. No entanto, foi com a estreia do Xou da Xuxa, em 1986, na TV Globo, que as Paquitas realmente ganharam notoriedade. No Xou da Xuxa, as Paquitas eram responsáveis por ajudar na condução das brincadeiras, organizar as crianças da plateia, e participar das coreografias e números musicais. O programa se tornou um fenômeno de audiência, e as Paquitas passaram a ser vistas como modelos de comportamento para o público infantil e adolescente.

Durante o período em que o Xou da Xuxa esteve no ar (1986–1992), as Paquitas se consolidaram como uma presença fixa no formato. Cada uma delas recebia um apelido característico, dado por Xuxa, que ajudava na identificação do público e criava um laço emocional com as crianças que assistiam ao programa. O sucesso foi tanto que as Paquitas não eram mais apenas assistentes de palco, mas figuras centrais na cultura pop da época, influenciando até a moda infantil e juvenil.

Após o fim do Xou da Xuxa, as Paquitas continuaram participando ativamente dos programas que Xuxa passou a comandar na TV Globo. No Xuxa Park (1994–2001), um programa voltado para o público infantil exibido aos sábados. Além de auxiliarem nas brincadeiras e nos números musicais, elas também atuavam em quadros e interações com as crianças, reforçando a continuidade do grupo, mesmo após a mudança de formato do programa.

Com a estreia do Xuxa Hits (1995–1996), voltado para o público adolescente, o figurino também foi atualizado, refletindo a transição para um público mais jovem e urbano. Esta fase, marcada pela formação das Paquitas New Generation, ajudou a manter a relevância do grupo junto ao público que havia crescido com o Xou da Xuxa.

Em 1997, com o lançamento do Planeta Xuxa (1997–2002), as Paquitas participaram de quadros voltados para o público adolescente, mas também foram integradas em performances de dança, entrevistas e atividades interativas no palco. O Planeta Xuxa era um programa voltado para um público jovem, onde música, dança e entretenimento tinham destaque. As Paquitas, que já estavam mais maduras, ganharam uma nova roupagem e continuaram a ser parte essencial da identidade do programa.

Além dos programas regulares, as Paquitas também marcaram presença em diversos especiais de fim de ano e eventos especiais ao longo da carreira televisiva de Xuxa. Elas eram frequentemente convidadas para participar de entrevistas e outras atrações em programas da TV Globo, e mesmo de outras emissoras, fortalecendo sua imagem pública mesmo fora dos programas regulares da apresentadora.

Documentário "Pra Sempre Paquitas" (2024)

Em 2024, a história das Paquitas foi revisitada no documentário Pra Sempre Paquitas, uma produção original da Globoplay. O documentário, composto por cinco episódios, mergulha na trajetória do grupo desde sua criação em 1984, no Clube da Criança, até o fim oficial em 2002, após o rompimento da parceria entre Xuxa e sua diretora e empresária Marlene Mattos.

A série documental, dirigida por Ana Paula Guimarães (ex-Paquita) e Ivo Filho, reúne depoimentos emocionantes de ex-integrantes, como Letícia Spiller, Bianca Rinaldi, Juliana Baroni, Ana Paula Almeida, entre outras. O documentário explora as diversas gerações do grupo e reflete sobre o impacto cultural das Paquitas na televisão brasileira e na vida de milhões de fãs.

Pra Sempre Paquitas aborda temas que vão além do glamour da fama. O documentário revela os desafios que as integrantes enfrentaram, como a pressão estética, a competição interna e a dificuldade de conciliar a infância e adolescência com a vida sob os holofotes. Um dos pontos mais discutidos é o assédio midiático e a tentativa de sequestro de uma das Paquitas, temas que mostram o lado menos conhecido dessa trajetória de sucesso.

Um dos episódios mais marcantes, Pra Quem Sonha e Quem Procura – Fama e Dores, aprofunda-se nas consequências da fama precoce, mostrando como o sonho de ser Paquita se tornou um verdadeiro fenômeno no Brasil, enquanto, nos bastidores, as meninas enfrentavam problemas que poucas pessoas sabiam na época. Depoimentos revelam o peso da cobrança estética, assédios e dificuldades emocionais que algumas das meninas viveram durante os anos no grupo.

Outro tema forte abordado no documentário é a diversidade e representatividade. O episódio Do Mundo a Gente Toma Conta – Sucesso Internacional e Representatividade destaca a falta de diversidade no grupo, uma crítica que ecoa em tempos mais recentes, e a inclusão das Paquitas Internacionais, que acompanharam Xuxa em suas aventuras fora do Brasil.

O último episódio, A Gente se Multiplicou – Renovação e Maturidade, celebra o legado duradouro das Paquitas. A série documental encerra com um emocionante reencontro de todas as gerações do grupo, reunindo ex-integrantes de diferentes épocas para celebrar e refletir sobre o impacto de suas experiências no grupo e como isso moldou suas vidas.

Pra Sempre Paquitas não só reavivou o interesse no grupo, mas também trouxe à tona temas que antes não eram amplamente discutidos, gerando uma nova conversa sobre o que significava ser uma Paquita e como o legado delas ultrapassou gerações. O documentário foi bem recebido tanto pelo público quanto pela crítica, elogiado pela sua abordagem humana e sensível, e pela profundidade com que tratou a trajetória de um dos maiores ícones da televisão brasileira.

Impacto Cultural

Moda

Um dos aspectos mais marcantes das Paquitas foi o impacto que seus uniformes e visuais tiveram na moda juvenil durante os anos 80 e 90. O visual característico das assistentes de palco de Xuxa Meneghel foi cuidadosamente criado para refletir a energia e o carisma do grupo, ao mesmo tempo em que se diferenciava de qualquer outro padrão de vestimenta da época.

O uniforme mais icônico das Paquitas era inspirado em balizas, composto por uma jaqueta azul ou vermelha, adornada com franjas e correntes douradas nos ombros, combinada com shorts brancos e botas brancas. Esse visual logo se tornou uma marca registrada das Paquitas e foi amplamente imitado por crianças e adolescentes que acompanhavam o Xou da Xuxa.

Na fase do Xuxa Hits, o grupo passou a usar um uniforme colegial, refletindo a transição para o público adolescente e mantendo-se atualizado com as tendências da época. Essa mudança no figurino ajudou a conectar o grupo com a moda jovem dos anos 90, enquanto ainda preservava a essência das Paquitas.

Os cabelos volumosos, com franjas ou penteados bem característicos da época, também se tornaram referência para muitas meninas. O estilo de cabelo e maquiagem adotado pelas Paquitas nos programas de TV e em suas turnês influenciava diretamente o público, que procurava se vestir e se portar como elas.

A estética das Paquitas ultrapassou as telas da TV e foi incorporada no dia a dia de muitas jovens, que viam no visual das Paquitas um ideal de estilo e atitude. A influência delas na moda foi tamanha que, até hoje, o figurino é lembrado como símbolo dos anos 80 e 90 no Brasil.

Legado

O legado das Paquitas vai além de sua estética marcante. Elas abriram portas para muitas mulheres no entretenimento brasileiro, influenciando uma geração de meninas que sonhavam em seguir carreiras na televisão, no teatro e na música. Ao longo dos anos, várias ex-integrantes das Paquitas seguiram carreiras de grande sucesso, como Letícia Spiller, Bianca Rinaldi e Juliana Baroni, que se tornaram atrizes reconhecidas e populares no cenário artístico nacional.

Mais do que apenas assistentes de palco, as Paquitas se tornaram um verdadeiro fenômeno cultural. Elas eram vistas como ícones de empoderamento juvenil, ocupando um espaço que, até então, era raro para meninas em programas de televisão. A partir da criação das Paquitas, muitas meninas passaram a ver que também poderiam ter espaço no palco, na música e no entretenimento, o que as transformou em modelos a serem seguidos.

Além disso, as Paquitas representaram um marco no entretenimento ao construir um grupo feminino de sucesso em uma época em que o protagonismo feminino na televisão ainda era limitado. Elas ajudaram a romper com padrões e estereótipos, mostrando que meninas podiam ter atitude, talento e ocupar papéis de destaque em frente às câmeras.

O sucesso das Paquitas também gerou um legado de girl groups no Brasil, sendo precursoras para grupos de garotas que se tornariam populares no cenário musical infantil e pop nos anos seguintes. Sua imagem ajudou a popularizar a ideia de grupos formados exclusivamente por meninas, fortalecendo a representatividade feminina no mercado de entretenimento.

Além do impacto cultural, o legado das Paquitas foi amplamente revisitado em documentários, livros e homenagens ao longo dos anos, reforçando o papel significativo que o grupo teve na cultura pop brasileira. O documentário Pra Sempre Paquitas lançado em 2024, celebrou essa trajetória e reavivou o interesse pelo grupo, mostrando como a experiência das Paquitas deixou marcas profundas não apenas nas integrantes, mas também em uma geração inteira de espectadores.

Fim do Grupo e Transição das Integrantes

Impacto emocional e profissional

O fim oficial das Paquitas em 2002 foi um momento marcante, tanto para as integrantes quanto para o público que acompanhou o grupo por quase duas décadas. A dissolução das Paquitas ocorreu após o rompimento da longa parceria entre Xuxa Meneghel e sua diretora e empresária Marlene Mattos, o que sinalizou o encerramento de uma era na televisão brasileira. O impacto emocional foi profundo para muitas das ex-integrantes, que haviam passado grande parte de suas infâncias e adolescências dedicadas ao grupo. Para elas, ser Paquita significava muito mais do que apenas trabalhar com Xuxa – era um sonho realizado, uma oportunidade de crescimento e um ponto de partida para suas carreiras no entretenimento. O fim abrupto das atividades do grupo, que coincidia com o término do programa Planeta Xuxa, representou também uma mudança no formato de entretenimento infantil e juvenil no Brasil, já que as Paquitas haviam sido uma constante para milhões de crianças e adolescentes.

Do lado do público, a reação ao fim do grupo foi mista. Embora muitos fãs já tivessem acompanhado as gerações mais recentes das Paquitas com nostalgia e carinho, houve uma certa sensação de que o grupo havia cumprido seu ciclo natural, especialmente após o fim do Planeta Xuxa e o desgaste da fórmula televisiva dos anos 90. Ainda assim, o encerramento do grupo foi recebido com uma grande onda de homenagens e saudosismo, marcando um ponto final em uma fase emblemática da televisão brasileira.

Carreiras pós-Paquitas

Muitas ex-integrantes das Paquitas conseguiram traçar carreiras de sucesso após o término do grupo, especialmente nas áreas de televisão, teatro e música. Algumas das Paquitas mais conhecidas fizeram uma transição bem-sucedida para o mundo da atuação e se tornaram atrizes populares.

Letícia Spiller, que foi a Pituxa Pastel, se destacou como uma das ex-Paquitas de maior sucesso. Ela seguiu carreira na televisão e se tornou uma atriz renomada, com papéis de destaque em novelas da TV Globo, como Quatro por Quatro (1994) e Senhora do Destino (2004). Sua trajetória pós-Paquitas é um exemplo de como a experiência no grupo serviu como um trampolim para o mundo artístico.

Outra ex-Paquita de grande sucesso é Bianca Rinaldi (Xiquita Bibi), que também se tornou uma atriz consagrada na televisão brasileira. Após deixar as Paquitas, Bianca conquistou papéis em novelas como A Escrava Isaura (2004), na Record TV, e construiu uma carreira sólida na dramaturgia.

Juliana Baroni (Catuxa Jujuba) também seguiu o caminho da atuação, participando de várias novelas e programas de TV ao longo dos anos. Sua versatilidade como atriz a levou a trabalhar tanto em produções da TV Globo quanto de outras emissoras, consolidando sua presença no meio artístico.

Andrea Veiga foi a primeira Paquita escolhida por Xuxa, sendo um dos pilares na criação do formato que viria a se tornar um sucesso nas décadas seguintes. Ela fez parte da primeira geração, participando ativamente do Xou da Xuxa até 1988, quando decidiu seguir carreira solo. Atualmente, Andrea continua sua carreira artística, principalmente no teatro e na produção de conteúdo digital.

Conhecida como Xiquita Sorvetão, Andréa Faria entrou para as Paquitas em 1986 e permaneceu até 1990. Após deixar o grupo, Andréa continuou sua trajetória na televisão, apresentando programas infantis e atuando em produções como Os Trapalhões. Em 1996, ela se casou com o cantor Conrado, com quem tem dois filhos. Andréa também seguiu carreira como empresária e continua ativa nas redes sociais, compartilhando sua vida pessoal e profissional.

Luise Wischermann, conhecida como Pituxa Alemã, deixou as Paquitas em 1989 para estudar atuação na Alemanha. Atuou em várias produções de teatro e televisão no país, incluindo Lexx, uma série internacional, e outras produções locais. Sua carreira foi interrompida em 2000, quando foi diagnosticada com esclerose múltipla. Desde então, Luise tem sido uma defensora da conscientização sobre a doença.

Ana Paula Guimarães foi a primeira Catuxa, entrando para o grupo em 1987, aos 14 anos. Ela deixou as Paquitas em 1989, ao lado de Luise Wischermann, para tentar uma carreira solo e apresentar um programa de televisão, mas o projeto não prosperou. Mais tarde, Ana Paula voltou à TV como diretora de novelas de sucesso, como Quanto Mais Vida, Melhor!, Verão 90 e Bom Sucesso, consolidando sua posição nos bastidores da televisão brasileira.

Priscilla Couto foi uma das mais jovens Paquitas, ingressando no grupo aos 9 anos e permanecendo até os 17. Com o apelido de Catuxita Top Model, Priscilla deixou sua marca nos programas de Xuxa. Após sair do grupo, ela se afastou dos holofotes e formou-se em Direito, trabalhando atualmente como advogada. Mesmo longe da mídia, Priscilla mantém uma presença nostálgica em eventos com ex-Paquitas e participa de shows ao lado de Cátia Paganote.

Outras ex-integrantes, como Cátia Paganote (Miúxa Bruxa) e Ana Paula Almeida (Pituxita Bonequinha), seguiram carreiras mais voltadas ao entretenimento, participando de reality shows e mantendo uma presença pública em eventos e programas de TV. Cátia participa de eventos e shows com outras ex-Paquitas, e recentemente esteve no reality show A Fazenda (2018). Cátia continua ativa, mantendo uma agenda de eventos voltados para o público que acompanhou sua carreira desde os tempos de Paquita.

Independentemente do caminho escolhido, o fato é que as Paquitas deixaram uma marca indelével em suas carreiras e em suas vidas. A experiência de ser Paquita serviu não apenas como uma escola de mídia, mas também como um trampolim para muitas delas, que seguiram caminhos diversos, mas sempre carregando consigo o legado de uma das fases mais icônicas da televisão brasileira.

Integrantes

Paquitas

Mais informação Integrantes das Paquitas ...
Integrantes das Paquitas
Ano de Atividade Nome Apelido Geração
1984–1988 Andréa Veiga Paquita / Paquita Mor / Paca Primeira Geração
1984–1986 Heloísa Morgado Paquita 2
1985 Andréia Xiquita
1986–1990 Andréia Faria Xiquita Sorvetão / Xica
1986–1989 Luise Wischermann Pituxa Alemã / Pitú
1987–1989, 1992–1995 Ana Paula Guimarães Catuxa / Catú
1987-1988 Monique Siqueira Miúxa
1987–1995 Roberta Cipriani Xiquitita Surfista
Priscilla Couto Catuxita Top Model Segunda Geração
1987–1990 Tatiana Maranhão Paquitita Loura
1988–1995 Ana Paula Almeida Pituxita Bonequinha
1989–1992 Letícia Spiller Pituxa Pastel
1989–1995 Cátia Paganote Miúxa Bruxa
1990–1995 Juliana Baroni Catuxa Jujuba
Bianca Rinaldi Xiquita Bibi
Flávia Fernandes Paquitita Pluft
1995–1999 Caren Lima Chaveirinho New Generation
Graziella Schmitt Grazi Modelão
1995–1998 Diane Dantas Lady Di
1995–1999 Gisele Delaia Miss Queimados
Andrezza Cruz Dezza
Bárbara Borges Babubonitona / Paquita Babu
Vanessa Melo Flashdance
1999–2002 Daiane Amêndola Docinho Geração 2000
Gabriella Ferreira Perua
Joana Mineiro
Lana Rodes Cabritinha
Letícia Barros
Monique Alfradique Pastelzinho
Stephanie Lourenço Teté
Thalita Ribeiro Thatá
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Paquitas internacionais

Paquitas Internacionais
Ano de Atividade Nome País Apelido/Título
1990–1991 María José Llaneza Chile Paquita Chilena
1991–1992 María Royo Espanha Paquita Espanhola
1991–1993 Maricielo Effio Peru Paquita Peruana
1991–1993 Julieta Cardinali Argentina Paquita Argentina
Karina Rivero
1993 Natalia Oreiro Uruguai Súper Paquita / Paquita Uruguaia
1993–1994 Pamela Cortés Equador Paquita Equatoriana
1993 Larae McCarran Estados Unidos Paquita Americana / US Pixies
Natasha Pearce
Shannon Garcia
María José Domínguez Chile Paquita Chilena
1995–1996 Gabriela Naht Equador Paquita Equatoriana

Discografia

Mais informação Discografia das Paquitas ...
Discografia das Paquitas
Ano Álbum Gravadora Singles de Destaque
1989 Paquitas RGE Alegres Paquitas, Playback, Sorvetão, Fada Madrinha (É Tão Bom)
1991 Paquitas Som Livre Trocando Energia, Amor Adolescente, Auê, Sonho de Verão
1995 New Generation Som Livre Nova Geração, Telefone Toca, Ah! O Amor, Fada Madrinha (É Tão Bom) (regravação)
1997 Paquitas Som Livre Não Se Reprima, Planeta Dance, Maria Fumaça, Vem Dançar Comigo
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Filmografia

Mais informação Filmografia completa das Paquitas ...
Filmografia completa das Paquitas
Ano Título Tipo Descrição/Participação
1984 Clube da Criança Programa de TV Primeiro programa com Xuxa na Rede Manchete; origem das Paquitas
1986–1992 Xou da Xuxa Programa de TV Programa infantil diário da TV Globo; grande popularidade das Paquitas
1990 Lua de Cristal Filme Participação especial no filme de Xuxa, sucesso de bilheteria no Brasil
1990 Sonho de Verão Filme Filme feito para as Paquitas, com Sérgio Mallandro e Andréa Veiga no elenco
1990 Xuxa e os Trapalhões em O Mistério de Robin Hood Filme Participação especial no filme de Xuxa e Os Trapalhões
1991 Xuxa 2 – O Mistério de Feiurinha Filme Participação especial das Paquitas
1994–2001 Xuxa Park Programa de TV Programa infantil semanal da TV Globo, com as Paquitas participando ativamente
1995–1996 Xuxa Hits Programa de TV Programa musical voltado ao público adolescente; participação das Paquitas
1997–2002 Planeta Xuxa Programa de TV Programa de música e entretenimento para jovens; Paquitas em performances e quadros
1999 Xuxa Requebra Filme Algumas ex-integrantes das Paquitas participaram deste filme
2000 Xuxa Popstar Filme Participação de ex-Paquitas em papéis secundários
2001 Xuxa e os Duendes Filme Participação de ex-integrantes no elenco
2002 Xuxa e os Duendes 2: No Caminho das Fadas Filme Participação de ex-integrantes no elenco
2024 Pra Sempre Paquitas Documentário Série documental da Globoplay que revisita a trajetória do grupo
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Prêmios e indicações

Mais informação Ano, Prêmio ...
Ano Prêmio Categoria Resultado Ref.
1990
Troféu Imprensa
Pessoa do Ano
Indicado [carece de fontes?]
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Referências

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Ligações externas

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