Loading AI tools
ária da ópera A Flauta Mágica Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Der Hölle Rache kocht in meinem Herzen (A vingança do inferno ferve no meu coração, em alemão), comumente chamada apenas de "Der Hölle Rache", também referida como Ária da Rainha da Noite, é uma ária integrante da ópera Die Zauberflöte (A Flauta Mágica) de Wolfgang Amadeus Mozart. Considerada uma das mais famosas árias de ópera, faz parte do segundo ato da ópera e representa um acesso de fúria vingativa, em que a Rainha da Noite coloca um punhal na mão da sua filha, Pamina, e a exorta a assassinar Sarastro, rival da Rainha.[1]
A ária foi escrita em ré menor, e está arranjada para pares de flautas, oboés, fagotes, trompas, trompetes, tímpanos e cordas (violinos, violas, violoncelos e contrabaixos), uma orquestra grande que inclui todos os músicos disponibilizados para a ópera, com exceção dos trombones.
Pode-se observar a semelhança entre a ária e o primeiro movimento (Allegro con moto) da Sinfonia n° 3 em dó maior, Op. 12, G 505, de Luigi Boccherini, também escrita para orquestra (dois violinos, viola, dois violoncelos, contrabaixo, duas flautas e duas trompas) em 1771, ou seja, vinte anos antes da estreia de A Flauta Mágica.[2][3]A influência de Boccherini, entre outros autores, sobre a obra de Mozart tem sido objeto de análise pela crítica especializada.[4][5][6]
A ária é famosa pela dificuldade: com sua extensão de duas oitavas, do fá4 ao fá6, o que requer um soprano coloratura com tessitura extremamente ampla - do lá4 ao dó6.[7] Ademais, as exigências dramáticas do contexto - uma demanda de assassinato por vingança - acrescentam dificuldade à interpretação, tornando o papel acessível somente a vozes extrememente qualificadas.[8]
O libreto da ópera foi escrito em alemão por um amigo e companheiro de loja maçônica de Mozart, Emanuel Schikaneder. O texto da ária é a repetição do dito por Papageno no primeiro ato.
Texto no original em alemão |
Tradução para o português |
Metricamente, o texto é composto de uma quadra em pentâmetro iâmbico (excepcionalmente para esta ária já que a ópera é principalmente em tetrâmetro iâmbico), seguido de uma quadra em trímetro iâmbico, em seguida, um dístico pentamétrico final. O esquema de rimas é [ABAB], [CCCD] e [ED].[9]
A primeira a cantar a ária em um palco foi a cunhada de Mozart, Josepha Hofer, que na época tinha 33 anos. Segundo consta, Hofer tinha um registro extraordinariamente agudo e uma voz ágil. Aparentemente, Mozart estava familiarizado com a habilidade vocal de Hofer e escreveu as duas árias da Rainha da Noite para mostrar isso.
Uma história dos tempos de Mozart sugere que o compositor era muito impressionado pelo desempenho vocal de sua cunhada. A história remonta a uma carta de 1840 do compositor Ignaz von Seyfried, e descreve um evento da última noite da vida de Mozart - 4 de dezembro de 1791 - cinco semanas depois da muito bem sucedida estréia de A Flauta Mágica. Segundo Seyfried, Mozart sussurrou o seguinte para sua esposa Constanze: “ Calma, calma… Hofer irá levá-la ao Fá agudo. Agora minha cunhada está cantando sua segunda ária, Der Hölle Rache; quão forte ela canta os graves e quão bem mantém o Si bemol em “ Hört! hört! hört! der Mutter Schwur! ".[10]
Atualmente, um grande número de sopranos tem realizado audições e gravado esta ária, entre elas Natalie Dessay, Mado Robin, Diana Damrau, Roberta Peters, Lucia Popp, Beverly Sills e Joan Sutherland.
June Anderson cantou a Der Hölle Rache no filme Amadeus de Milos Forman .
Wolfgang Amadeus Mozart | |
A soprano Sandra Partridge com a Siam Philharmonic Orchestra, sob regência do maestro Trisdee na Patalung. |
Seamless Wikipedia browsing. On steroids.
Every time you click a link to Wikipedia, Wiktionary or Wikiquote in your browser's search results, it will show the modern Wikiwand interface.
Wikiwand extension is a five stars, simple, with minimum permission required to keep your browsing private, safe and transparent.