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deusa grega da agricultura e da colheita Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Deméter (em grego: Δημήτηρ, transl.: Dēmétēr) ou Demetra (em grego: Δήμητρα, transl.: Démētra), na mitologia grega, é a deusa da colheita e da agricultura, uma olímpica, filha de Cronos e Reia.[1] É também deusa da terra cultivada e das estações do ano. É propiciadora do trigo, planta símbolo da civilização. Na qualidade de deusa da agricultura, fez várias e longas viagens com Dioniso ensinando os homens a cuidarem da terra e das plantações.
Deméter | |
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Deusa da colheita, agricultura, natureza e estações do ano | |
Busto de Deméter Cópia romana de original grego do século IV a.C. | |
Nome nativo | Δημήτηρ |
Morada | Monte Olimpo |
Símbolo | Trigo Foice Sementes Maçã |
Pais | Cronos e Reia |
Irmão(s) | Zeus, Posidão, Hades, Hera, Quiron e Héstia |
Filho(s) | Perséfone, Despina, Árion, Pluto e Filomelo. |
Romano equivalente | Ceres |
Em Roma, onde se chamava Ceres, seu festival era chamado Cereália, sendo celebrado na primavera.
Sua primeira filha foi Perséfone, que teve com Zeus. Perséfone era a maior alegria da mãe! Quando Hades a sequestrou, Deméter fez as plantas pararem de crescer por todo o mundo, e disse que as plantas só voltariam a crescer quando sua amada filha voltasse. Depois de muito tempo, Hades e Deméter fizeram um acordo… Perséfone ficaria com a mãe 3/4 do ano e ficaria com Hades 1/4 do ano.
Deméter é descrita como "a loira Deméter" na "Ilíada" de Homero.[2]
Com Zeus, seu irmão,[1] ela teve uma filha, Perséfone ("a de braços brancos").[3] Teve dois gémeos chamados Despina ("a deusa das sombras invernais") e Árion, com seu irmão Posidão. Abandonou a menina sem nome ao nascimento para procurar Perséfone quando raptada. Despina, que representa o inverno, é o oposto de sua irmã, Perséfone, que representa a primavera, e de sua mãe Deméter, deusa da agricultura. O filho chamado Árion era um cavalo de crinas azuis, que tinha o poder da fala e de ver o futuro. Foi o cavalo mais rápido de todos os tempos e ajudou bravamente muitos heróis em suas conquistas.
Deméter também é uma das deusas que tiveram filhos com mortais. Com o herói cretense Iasião, teve dois filhos gêmeos, Pluto e Filomelo,[4] e um terceiro filho, Coribas[5][6] Um fragmento do Catálogo de Mulheres, de Hesíodo, sugere que Deméter teve um outro amante mortal, Etião, que foi fulminado por um raio de Zeus.[7] Alguns estudiosos inferem que Iásio e Etião são a mesma pessoa.[8][9]
Deméter (Ceres), deusa dos campos dourados, que trabalhava incessantemente junto aos homens, ensinando-lhes o plantio e a colheita de trigo, tinha uma filha chamada Perséfone (Proserpína), uma jovem virgem adolescente com os cabelos dourados como os raios de Sol. Sua mãe, Deméter, a incumbia de colher ramos de trigo em um campo separado dos outros, preservando-a do contato com os homens. No mundo subterrâneo habitava um deus chamado Hades (Plutão), senhor dos infernos e do mundo dos mortos. Em uma de suas passagens pela superfície, Hades avista Perséfone nos campos de trigo e se apaixona imensamente por ela. Indo em sua direção, agarra-a pelos cabelos e a coloca em sua carruagem negra puxada por cavalos negros que soltavam chamas verdes das ventas. A terra se abre num terremoto e Hades rapta Perséfone, levando-a ao seu reino nas profundezas.
Quando Hades raptou Perséfone e a levou para seu reino subterrâneo, Deméter ficou desesperada, saiu como louca pelo mundo afora sem comer e nem descansar. Decidiu não voltar para o Olimpo enquanto sua filha não lhe fosse devolvida, e culpando a terra por ter aberto a passagem para Hades levar sua amada filha, ela disse:
Durante o tempo em que Deméter ficou fora do Olimpo a terra tornou-se estéril, o gado morreu, o arado quebrou, os grãos não germinaram. Sem comida a população sofria de fome e doenças. A fonte Aretusa (em outras versões, a ninfa Ciana, metarmofoseada em um rio) então contou que a terra abriu-se de má vontade, obedecendo às ordens de Hades e que Perséfone estava no Érebo, triste mas com pose de rainha, como esposa do monarca do mundo dos mortos.
Com a situação caótica em que estava a terra estéril, Zeus pediu a Hades que devolvesse Perséfone. Ele concordou, porém antes, fê-la comer um bago de romã e assim a prendeu para sempre aos infernos, pois quem comesse qualquer alimento nessa região ficava obrigado a retornar.
Com isso, ficou estabelecido que Perséfone passaria um período do ano com a mãe, e outro com Hades. O primeiro período corresponde à primavera, em que os grãos brotam, saindo da terra assim como Perséfone. Neste período Perséfone é chamada Core, a moça. O segundo é o da semeadura de outono, quando os grãos são enterrados, da mesma forma que Perséfone volta a ser Rainha do submundo no reino do seu marido. Durante o inverno, Despina mostra sua ira contra seus pais e sua irmã, congelando lagos e destruindo plantações e flores.
Reia | Cronos | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Zeus | Perséfone | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Deméter | Poseidon | Despina | Árion | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Iasião | Pluto | Filomelo | Coribas | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Os Mistérios de Elêusis, celebrados no culto à deusa, na Grécia, interpretam essa lenda como um símbolo contínuo de morte e ressurreição. Deméter pode ser representada:
Ao final de sua jornada, Io se casou com Telégono, rei do Egito[10], e fez uma estátua a Deméter, que os egípcios chamavam de Ísis, e passaram também a chamar Io de Ísis.[10]
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