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Documentário brasileiro de 2019 Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Democracia em Vertigem (título em inglês: The Edge of Democracy) é um documentário brasileiro de 2019 dirigido por Petra Costa, que retrata os bastidores do impeachment da presidente do Brasil Dilma Rousseff; o julgamento de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva; o pleito que elegeu o candidato de direita Jair Bolsonaro; e a crise político-econômica no país.[1][2][3]
Democracia em Vertigem | |
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Cartaz do filme em Português | |
Brasil 2019 • cor • 121 min | |
Gênero | documentário |
Direção | Petra Costa |
Produção | Joanna Natasegara Shane Boris Tiago Pavan |
Música | Rodrigo Leão Vitor Araújo Lucas Santtana Gil Talmi |
Edição | Karen Harley Tina Baz David Barker Joaquim Castro Jordana Berg Felipe Lacerda Dellani Lima |
Distribuição | Netflix |
Lançamento | 24 de janeiro de 2019 (Festival de Sundance, Estados Unidos) 19 de junho de 2019 (Netflix, Brasil) |
Idioma | português brasileiro inglês |
Com acesso privilegiado a Dilma, Lula, Bolsonaro e outros políticos importantes, Petra Costa entrelaça o pessoal e o político para narrar um momento decisivo da história recente do Brasil, também considerado como "uma advertência a todas as democracias do mundo".[4] Em uma sucessão de eventos que se assemelha a um filme de suspense,[5] o documentário captura intimamente os três presidentes em plena disputa política, além de mostrar o dano colateral que essa disputa causou à democracia.[6][7][8][9]
O filme foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário de Longa Metragem em 2020.[10]
Democracia em vertigem teve sua primeira exibição mundial em 24 de janeiro de 2019, no MoMA, durante o Festival de Sundance, quando foi apresentado pelo cineasta Spike Lee. [11] A Netflix adquiriu os direitos de distribuição do filme, que foi lançado comercialmente em 19 de junho de 2019 [12] junto com projeções em cinemas de Nova York e Los Angeles. Ao longo do ano de 2019, foi o segundo documentário mais visto da plataforma no Brasil. [13]
No agregador de críticas de televisão e cinema Rotten Tomatoes, Democracia em Vertigem tem 96% de aprovação baseado em 23 críticas.[14] No Metacritic, outro agregador de críticas, o filme tem a nota de 81/100, baseado em 12 críticas.[15] O portal AdoroCinema classificou o filme como bom, tendo a nota 3,5 de 5 estrelas.[16]
Um jornalista do The New York Times elogiou o filme, chamando-o de "uma crônica de traição cívica e abuso de poder, e também de desgosto".[17] Leslie Felperin, do The Guardian, deu ao filme 4 de 5 estrelas, dizendo: "[Petra] Costa consegue elaborar uma cartilha íntima sobre a queda do Estado no populismo e o desgaste do tecido democrático do país".[18] David Ehrlich, do IndieWire, deu ao filme uma nota B e descreveu-o como "um retrato zangado, íntimo e assombroso do recente deslize do Brasil de volta às garras abertas da ditadura".[19]
O crítico Lawrence Garcia do The A.V. Club atribuiu uma revisão mista ao filme, elogiando a cobertura dos temas trazidos pela direção, mas criticando a falta de abrangência do documentário, dizendo: "Ao investigar o processo de impeachment, por exemplo, [Petra] Costa enfatiza sistematicamente as maquinações políticas injustas da Câmara dos Deputados do Brasil, mas também encobre as falhas do governo de Dilma e sua manipulação incontestável do orçamento federal."; ainda sobre a cobertura dos temas do filme, finalizou: "[…]oferecer uma exploração completa e honesta desses assuntos poderia tê-lo sustentado."[20]
A Revista Crusoé publicou crítica negativa, observando que o documentário "retorce a realidade para dizer que a democracia está em risco no Brasil [o que] pode enganar Hollywood, mas é só o desabafo narcisista de uma garota inconformada".[21]
Após o anúncio da indicação do filme ao Oscar, repercutiu na imprensa do Brasil o fato da polarização política brasileira ter chegado a tal premiação.[22][23][24][25] Nas redes sociais, o documentário foi elogiado em sua maioria por perfis de esquerda, mas criticado por perfis da direita política.[25]
Pedro Bial chamou o documentário de "insuportável (...) É um filme de uma menina dizendo para a mamãe dela que fez tudo direitinho, que ela está ali cumprindo as ordens e a inspiração de mamãe, somos da esquerda, somos bons, não fizemos nada, não temos que fazer autocrítica. Foram os maus do mercado, essa gente feia, homens brancos, que nos machucaram e nos tiraram do poder, porque o PT sempre foi maravilhoso e Lula é incrível".[26] Após ser "linchado" nas redes sociais por este comentário, Pedro Bial escreveu um artigo para o O Globo pedindo paz.[27] Este episódio e o comentário repercutiram na mídia do Brasil.[28][29][30][31][32][33]
Michel Temer, que foi um dos retratados no filme, disse em entrevista à Folha de S. Paulo que "as imagens são reais, [o documentário é] muito bem fotografado, muito bem produzido, entretanto, há uma postura político-partidária e pessoal que retira a credibilidade do filme".[34]
Prêmio | Data | Categoria | Resultado | Ref |
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CPH:DOX | 1 de abril de 2019 |
Prêmio CPH:DOX |
Indicado | |
Sheffield International Documentary Festival | 12 de junho de 2019 |
Prêmio Tim Hetherington |
Indicado | |
Sundance Film Festival | 3 de fevereiro de 2019 |
Cinema Mundial - Documentário |
Indicado | |
Oscar | 9 de fevereiro de 2020 |
Indicado |
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