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psicólogo, pesquisador e professor univeristário brasileiro Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Dante Moreira Leite (Promissão, em 22 de outubro de 1927 – São Paulo, 24 de fevereiro de 1976) foi um psicólogo, pesquisador, escritor e professor universitário brasileiro.
Dante Moreira Leite | |
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Conhecido(a) por | pioneiro na psicologia social no Brasil |
Nascimento | 22 de outubro de 1927 Promissão, São Paulo, Brasil |
Morte | 24 de fevereiro de 1976 (48 anos) São Paulo, SP, Brasil |
Residência | Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Cônjuge | Miriam Moreira Leite |
Alma mater | Universidade de São Paulo (graduação) |
Instituições | Universidade de São Paulo |
Campo(s) | Psicologia |
Tese | Caráter nacional brasileiro: descrição das características psicológicas do brasileiro através de ideologias e estereótipos (1954)[1] |
Dante foi um importante intelectural brasileiro, tanto pelo trabalho literário pioneiro no campo da Psicologia social, quanto por suas contribuições no estabelecimento de um padrão de ensino em psicologia.[2]
Participou ativamente da criação do curso de Psicologia da Universidade de São Paulo e da regulamentação da profissão de psicólogo e defendeu a necessidade da criação de um código de ética da profissão.[3]
Dante nasceu na cidade paulista de Promissão, em 1927. Era filho de Alcides Moreira Leite e Claudina Pietraroia Moreira.[2] Cursou a escola primária e o ginásio em Mogi das Cruzes, transferindo-se depois para o Colégio Estadual Presidente Roosevelt, na capital, onde concluiu então curso clássico, em 1946. Em 1950 formou-se em filosofia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (FFCL-USP).[4]
Embora fosse licenciado em Filosofia, Dante voltou-se cada vez mais para o estudo da Psicologia e, nesta, adotou um enfoque fundamentalmente gestáltico, lewiniano e heideriano. Em 1954 doutorou-se em Filosofia com a tese, na área de Psicologia, intitulada Caráter nacional brasileiro: descrição das características psicológicas do brasileiro através de ideologias e estereótipos, que se tornaria leitura obrigatória e pioneira na área da Psicologia social. Na tese, Dante procurou desvendar os preconceitos e os estereótipos subjacentes às teorias sobre o caráter nacional presentes na produção literária brasileira.[5] Em 1964 tornou-se livre-docente em Psicologia Educacional, com a tese Psicologia e Literatura. Em 1973 obteve o título de Professor Titular no Departamento de Psicologia Social e do Trabalho, do Instituto de Psicologia da USP, do qual também foi seu diretor.[4][5]
Foi professor, de 1951 a 1958, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, da USP, e de 1959 a 1970 na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Araraquara. Em 1967 foi professor visitante do Departamento de Português e Espanhol da Universidade de Wisconsin-Madison. De 1971 a 1976 trabalhou no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Como professor, encarregou-se de cursos na graduação e na pós-graduação, exercendo, nesta, também a função de orientador de dissertações de mestrado e teses de doutorado.[2]
Já em 1958, a convite de Fernando de Azevedo, dirigiu a Divisão de Estudos e Pesquisas Educacionais do Centro Regional de Pesquisas Educacionais de São Paulo. Contrário à prematura especialização, realizou estudos em diversas áreas, com destaque de Literatura Infantil, Psicologia e Literatura, Personalidade e Cultura, Psicologia e Educação, Processo Social, Relações Interpessoais e Desenvolvimento da Criança. A formação em filosofia e nas principais ramificações das Ciências Humanas e Sociais permitiu-lhe atingir pluralidade e articulação de perspectivas nos diversos temas.[2]
Dante participou da gestação da nova Psicologia Social que, sob a influência de Fritz Heider, estava nascendo, e que veio a ser conhecida como psicologia das relações interpessoais. A análise psicológica da literatura brasileira da motivação demonstra o papel de Dante na introdução da psicologia social cognitiva no Brasil. Ainda no campo da pesquisa, Dante iniciou, mas não chegou a concluir, o estudo compreensivo e crítico da psicologia contemporânea, situando-a em seu substrato da história das ideias e das transformações sociais.[2][5]
Atuou também como tradutor, devido à ausência de obras de psicologia em português e a inexistência de um vocabulário ao mesmo tempo padrão e vernáculo.[6] Sozinho ou junto da esposa, a antropóloga Miriam Moreira Leite, traduziu 48 títulos, quase todos de Psicologia, que formaram toda uma geração de psicólogos e educadores.[2]
Dante morreu prematuramente em 24 de fevereiro de 1976, em São Paulo, aos 48 anos.[4]
A Biblioteca Dante Moreira Leite, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, foi nomeada em sua homenagem.[7]
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