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Daniel Lagache (Paris, 3 de dezembro de 1903 — 3 de dezembro de 1972) é um psiquiatra e psicanalista francês.
Daniel Lagache | |
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Nascimento | Daniel Louis Constant Paul Lagache 3 de dezembro de 1903 9.º arrondissement de Paris |
Morte | 3 de dezembro de 1972 (69 anos) Ville-d'Avray |
Cidadania | França |
Alma mater |
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Ocupação | psicanalista, psiquiatra, professeur des universités |
Prêmios |
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Daniel Lagache entrou na Escola Normal Superior em 1924, ao mesmo tempo que Raymond Aron, Paul Nizan e Jean-Paul Sartre. Obteve o terceiro lugar na agregação de filosofia em 1928[1]. Interessado pela psicopatologia, ele seguiu os conselhos de seu mestre Georges Dumas e começou seus estudos de medicina em seguida de psiquiatria, tornando-se depois chefe de clínica ao lado de H. Claude.
Nomeado mestre de conferências de psicologia na universidade de Estraburgo em 1937, ele foi o sucessor de P. Guillaume na cadeira de psicologia da Sorbonne em 1947, e mais tarde, em 1955, de G. Poyer, na cadeira de psicologia patológica. Ele criou em 1952 o Laboratório de Psicologia Social. Ele participou, com Jacques Lacan, à fundação da Sociedade francesa de psicanálise em 1953 e, dez anos mais tarde, à criação da Associação psicanalítica da França , da qual foi o primeiro presidente.
No seu ensino, Daniel Lagache abordou diferentes domínios da psicologia, mostrando-se um professor constantemente preocupado com síntese, na ótica de sua notável lição inaugural sobre A Unidade da psicologia : , psicologia experimental e psicologia clínica ’’ (1949). Mas a sua obra é essencialmente psicopatológica. Antes de tudo de inspiração fenomenológica, ela retoma de maneira abundante as concepções de Karl Jaspers, em particular na sua tese de medicina, As Alucinações verbais e a palavra (tese de medicina, 1934) e na tese de letras O Ciúme amoroso (2 volumes, 1947).
Após haver feito uma psicanálise didática com Rudolph Loewenstein , Daniel Lagache orientou sua pesquisa numa perspectiva freudiana, tornando-se uma das personalidades mais importantes do movimento psicanalítico francês. Sua pequena obra A Psicanálise (1955) é um modelo de exatidão das noções e um exemplo de abertura quanto à diversidade de seus campos de aplicação, segundo Didier Anzieu . Seus trabalhos, publicados na revista La Psychanalyse, sobre « A Transferência na cura psicanalítica » (1952), sobre « Psicanálise e estrutura da personalidade » (1961), sobre « Fantasia, realidade, verdade » (1963), bem como inúmeros outros artigos e relatórios, testemunham de sua experiência clínica e de suas pesquisas minuciosas no domínio da psicanálise.
Fundador e diretor de uma coletânea intitulada Biblioteca de psicanálise e de psicologia clínica, Daniel Lagache foi também o animador do projeto do Vocabulário da psicanálise (1967), redigido sob a sua direção por Jean Laplanche e Jean-Bertrand Pontalis.
Daniel Lagache procurou também introduzir conceitos freudianos na psicologia social, criando para tanto um laboratório na Sorbone, e no campo da criminologia, notadamente ao escrever vários estudos sobre criminogênese. Sua influência continua grande na psicopatologia e na psicanálise francesas contemporâneas, especialmente no mundo universitário.
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