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grupo de hip hop português Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Da Weasel é uma banda de hip hop portuguesa formada em 1993, em Almada. Com dezenas de milhares de álbuns vendidos e digressões de norte a sul do país, são uma das bandas mais reconhecidas pelo público português.
Da Weasel | |
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Elementos da banda Da Weasel | |
Informação geral | |
Origem | Almada |
País | Portugal |
Gênero(s) | Hip-hop, rap rock, nu metal, rapcore |
Período em atividade | 1993 – 2010[1] 2019 – presente |
Gravadora(s) | Dínamo Discos EMI Portugal |
Integrantes | Miguel Negretti (DJ Glue) Carlos Nobre (Pacman/Carlão) João Nobre (Jay-Jay Neige) Pedro Quaresma (Quakas) Bruno Silva (Virgul) Guilherme Silva (Guillaz) |
Ex-integrantes | Yen Sung Armando Teixeira João Fagulha |
Página oficial | daweasel |
Em 2010 a banda anunciou o seu fim, no entanto revelar-se-ia ser apenas um hiato, com o anúncio, em 2019, do regresso aos palcos, que se concretizou em 2022 com um concerto no festival Nos Alive'22, tendo a banda recebido o Globo de Ouro de Melhor Atuação por esse espetáculo, no ano seguinte.
A banda nasce em 1993, no quarto dos irmãos Nobre em Cacilhas, Almada. Com influências de Dead Kennedys, Iron Maiden ou Public Enemy, começam por ser um projeto com letras 100% em inglês e numa onda mais experimental, que juntava sonoridades do rock, hardcore e hip-hop. Nessa altura, a banda era constituída por Pacman (Carlão), Armando Teixeira, Jay Jay Neige (João Nobre; ex-Braindead), João Fagulha e Yen Sung.[2]
Um ano depois, dá-se a primeira aventura discográfica do grupo com o lançamento do EP More Than 30 Motherf***s, pela editora Margem Esquerda. O EP incluiu o primeiro hino do grupo e que se tornou um dos temas de maior sucesso junto dos fãs: "God Bless Johnny".[3]
Um ano depois, a Dínamo Discos (subsidiária da BMG), editou o primeiro álbum da banda, Dou-lhe com a Alma (1995). Neste trabalho, assistiu-se à transição para o português como língua dominante, e à formação inicial juntaram-se Pedro Quaresma (guitarra) e Guilherme Silva (bateria). O ano seguinte trouxe mais alterações na formação da banda, com a saída de Yen Sung e João Fagulha e a entrada de Virgul como segundo vocalista. O grupo deu um concerto acústico na Antena 3, onde foi apresentado o tema "Dúia", composto pelo novo elemento da banda, e que rapidamente se tornou numa canção com grande sucesso junto do público. O álbum Dou-lhe com a Alma foi reeditado em 1996, tendo como CD bónus o registo desse concerto na Antena 3.[2]
Em 1997, foi publicado 3º Capítulo, um álbum com um discurso mais direto e sombrio. A canção "Todagente" tornou-se mais um dos hinos intemporais da banda, e o álbum recebeu o galardão de prata.[2][4][5]
Ainda em 1997, a banda atuou no festival Sudoeste, no mesmo palco de Xutos e Pontapés e Marilyn Manson.[2][6]
Em 1998, é feita uma reedição de 3º Capítulo, com a junção de um CD extra com remixes de quatro temas: "Dúia" (remisturado por Ricardo Camacho e Amândio Bastos), "Pregos" (por Alex Fx), "Casos de polícia" (por DJ C-Real) e "Para a nóia" (por Armando Teixeira). Ainda em 1998, participam no projeto Tejo Beat — colectânea produzida por Mário Caldato — com o tema "Produto Habitual", e no início de 1999 colaboram em XX Anos XX Bandas, álbum de tributo aos Xutos & Pontapés em que participaram com o tema "Esquadrão da Morte".[2]
Em setembro de 1999, é editado o quarto álbum de estúdio, Iniciação A Uma Vida Banal - O Manual. Este álbum levou o grupo para a estrada numa digressão memorável, tendo sido convidados para fazer a primeira parte do concerto dos Red Hot Chili Peppers, realizado em novembro de 1999 no Pavilhão Atlântico, atual Altice Arena.[7]
Em agosto de 2000 a banda atingiu o seu segundo galardão de prata, atribuído ao álbum Iniciação A Uma Vida Banal - O Manual. Ainda em 2000 participaram no álbum de tributo a Rui Veloso, 20 anos depois - Ar de Rock, com o tema "Miúda (Fora de Mim)". Armando Teixeira saiu da banda nesse ano.[8][9][10]
No início de 2001 começaram o trabalho de composição de um novo álbum de originais, e participaram nos festivais Sudoeste e Paredes de Coura. Em dezembro desse ano foi editado o álbum Podes fugir mas não te podes esconder, com produção de Mário Barreiros, que se tornou no primeiro disco de Ouro da banda, e teve "Tás na Boa" como primeiro singles. O álbum contou ainda com a participação dos Orishas no tema "Sigue, Sigue!", e DJ Glue entra para a banda no início da digressão do álbum.[11]
O ano de 2004 marcou o início da pré-produção do álbum que se viria a chamar Re-Definições. O grupo reunia-se diariamente na casa do guitarrista Quaresma, e teve a colaboração do coprodutor e amigo de longa data João Martins. No primeiro fim de semana de fevereiro foram para Olhão, morada do estúdio Zip-Mix (de Tó Viegas e Viviane, dos Entre Aspas), e mais tarde se juntariam também os convidados João Gomes (da banda Cool Hipnoise) e André Rocha. Permaneceram no Algarve até ao final desse mês, saindo do estúdio com o álbum praticamente todo gravado, faltando apenas as colaborações de Manel Cruz (ex-Ornatos Violeta, Pluto) e da locutora/apresentadora Anabela Mota Ribeiro. Nas primeiras semanas de março todas as gravações foram concluídas nos Estúdios Valentim de Carvalho, em Paço de Arcos, e o álbum seria masterizado em Londres no princípio de abril.[2]
"Re-tratamento", o primeiro single extraído do álbum, foi a canção que os lançou definitivamente para o mercado português mainstream, permitindo-os acabar o ano em beleza, com a atribuição do prémio Best Portuguese Act nos MTV Europe Music Awards, em Roma. O legado do single pode ser atestado no facto de 19 anos depois da sua edição ter sido utilizado num anúncio televisivo da MEO.[12][13]
Nesse mesmo ano fizeram uma digressão de norte a sul do país, atuando também em festivais, tais como o Super Bock Super Rock. Aproveitaram para gravar um DVD com um concerto ao vivo em Tondela, que inclui também um documentário sobre a digressão. O álbum Re-Definições recebeu o galardão de quádrupla platina, com mais de oitenta mil unidades vendidas. Recebem também dois Globos de Ouro (Melhor Grupo e Melhor Canção do Ano), entre muitos outros prémios, destacando-se as lotações esgotadas dos concertos dos Coliseus (Lisboa e Porto) e do Olympia, em Paris.[14][15][16]
Em 2006 participaram na compilação Play Up, do Mundial de futebol desse ano, com o tema «Play Up». Quase no fim da digressão do álbum Re-Definições, a banda juntou-se à Orquestra Sinfónica Portuguesa, dirigida pelo maestro Rui Massena, num espetáculo único, onde se verificou a fusão entre o Hip-Hop e a música clássica, na Torre de Belém, Lisboa. Em 2005, os Da Weasel já se tinham aventurado a redefinir os seus sons num encontro com a Orquestra Clássica da Madeira, no Funchal, dirigida também pelo maestro portuense Rui Massena.
No dia 2 de abril de 2007 foi lançado o álbum Amor, Escárnio e Maldizer, sendo o último álbum de estúdio da banda até à data. O disco conta com muitas participações, tais como as dos Gato Fedorento, de Bernardo Sassetti e do rapper e o produtor americano Atiba the Dappa, assim como a participação especial da Orquestra Sinfónica de Praga, dirigida pelo Maestro Rui Massena. Nesse álbum, destacam-se os temas «Dialectos da Ternura» e «Mundos Mudos».
Dia 10 de Novembro de 2007 deram um concerto no Pavilhão Atlântico, tendo como convidados o maestro Rui Massena e a Orquestra Sinfónica Portuguesa, e também alguns integrantes de outras orquestras nacionais, Bernardo Sassetti, Manuel Cruz, Gato Fedorento e Atiba The Dappa. No mês anterior, é anunciado que receberiam pela segunda vez o prémio Best Portuguese Act.[17]
No dia 29 de novembro de 2008 foi lançado o DVD com o concerto realizado no Pavilhão Atlântico.[18]
Em outubro de 2008 o vocalista Carlos «Pacman» Nobre edita o livro "Um Outro Amor - Diário de uma Vida Singular", com as crónicas que foi escrevendo ao longo de algum tempo para a revista Domingo, do jornal Correio da Manhã.[19]
Em setembro de 2009, anunciam uma pausa de um ano, prometendo voltar em setembro de 2010, para a produção do oitavo disco de originais e para mais atuações ao vivo. No entanto, em 9 de dezembro de 2010 anunciam o fim do grupo na sua página oficial.[1]
No dia 13 de Julho de 2019, em pleno recinto do festival Nos Alive'19, foi anunciado o regresso tão aguardado dos Da Weasel para um concerto exclusivo no dia 11 de Julho de 2020 no festival NOS Alive. Porém, devido à pandemia do COVID-19, o festival foi cancelado. A banda foi confirmada para a edição de 2021 do festival, cancelada também pelo mesmo motivo, e novamente confirmados para a edição de 2022. O regresso aos palcos aconteceu no dia 9 de Julho de 2022, perante um recinto com lotação esgotada.[20][21]
Em Outubro de 2022 os Da Weasel anunciaram um novo concerto para 2023, tendo sido a primeira confirmação para o festival MEO Marés Vivas, em Vila Nova de Gaia. O concerto no festival Marés Vivas teve também lotação esgotada (40 mil pessoas), num dia dedicado exclusivamente a bandas e artistas nacionais.[22][23][24]
Em Dezembro de 2023 a banda anunciou três concertos para 2024: Festival Summer Opening, no Parque de Santa Catarina (Funchal, Madeira) a 12 de julho; Festival MEO Monte Verde, na Ribeira Grande (São Miguel, Açores) no dia 8 de Agosto; e por último no dia 10 de Agosto no Festival Sudoeste, quase duas décadas depois de terem lá actuado pela última vez.[25][26][27]
Álbuns de estúdio:
Álbuns ao vivo:
A banda lançou os seguintes registos ao vivo, em formato DVD:[28][29][30]
A banda recebeu os seguintes prémios:[31][32][33]
Em 2005, Carlão e Virgul participaram na canção "Só Vês o que Queres Ver", do álbum "Ritmo, Amor, Palavras" de Boss AC.[34]
Carlão foi co-autor da banda sonora do filme "O Crime do Padre Amaro", juntamente com Sam The Kid.[35]
Virgul participou no tema "Espelho Meu", do álbum "Revistados 25-06" de tributo à banda GNR.[36][37]
João Nobre e Pedro Quaresma criaram um projeto de música electrónica chamado Teratron.[38][39]
Virgul criou, juntamente com Dino D'Santiago, DJ Alan Gul e B@saman os NuSoulFamily, que em 2010 receberiam o prémio Best Portuguese Act desse ano.[40]
Carlão lançou a solo o projeto O Algodão Não Engana. Mais tarde criou o projeto Os Dias De Raiva, com membros dos Braindead, Dapunksportif e Orelha Negra, e ainda o projeto 5-30, com Regula e Fred.[41]
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