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província de Angola Da Wikipédia, a enciclopédia livre
Cuanza Sul é uma das 18 províncias de Angola, localizada na região central do país. Sua capital está na cidade e município de Sumbe.
agosto de 2018 cita fontes, mas que não cobrem todo o conteúdo. |
Cuanza Sul | |
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Localidade de Angola (Província) | |
Localização do Cuanza Sul em Angola | |
Dados gerais | |
Fundada em | 15 de setembro de 1917 (107 anos) |
Gentílico | cuanza-sulenho |
Província | Cuanza Sul |
Município(s) | Amboim, Cassongue, Cela, Conda, Ebo, Libolo, Mussende, Porto Amboim, Quilenda, Quibala, Seles e Sumbe |
Características geográficas | |
Área | 55 660 km² |
População | 2 109 999[1] hab. (2018) |
Dados adicionais | |
Prefixo telefónico | +244 |
Projecto Angola • Portal de Angola | |
Segundo as projeções populacionais de 2018, elaboradas pelo Instituto Nacional de Estatística, conta com uma população de 2 109 999 habitantes e área territorial de 55 660 km² (4.7 % da área total do país[2]), sendo a quinta província mais populosa de Angola.[1][3]
A província é dividida administrativamente em 12 municípios e 32 comunas, sendo constituída pelos municípios de Amboim, Cassongue, Cela, Conda, Ebo, Libolo, Mussende, Porto Amboim, Quilenda, Quibala, Seles e Sumbe.
A povoação desta província iniciou-se na foz do rio Cambongo-Negunza, em 1769, por decreto de Francisco Inocêncio de Sousa Coutinho, governador-geral de Angola, que ordenava a construção de um forte-presídio denominado Novo Redondo. O rio Cambongo-Negunza recebeu o seu nome em homenagem ao então soba local Negunza Cabolo.
Ora ficando sob influência administrativa do distrito de Benguela, ora ficando sob responsabilidade administrativa dos distritos de Luanda e Cuanza, o Cuanza Sul ficou à margem do desenvolvimento da colônia até o início do século XX.
Em 15 de setembro de 1917 o governo colonial decide por dividir o distrito de Cuanza em distrito de Cuanza Norte (sede em Golungo Alto) e distrito de Cuanza Sul (sede em Porto Amboim).[4]
No ano de 1955 a sede distrital foi transferida de Porto Amboim para a cidade de Sumbe.
Limita-se a norte e nordeste pelos rios Longa e Cuanza, com as províncias de Luanda, Cuanza Norte e Malange; ao sul com a província de Benguela; ao sudeste com as províncias do Bié e Huambo, e; ao oeste com o Oceano Atlântico.
Nesta província encontram-se os Montes Luvili, as Serras da Sanga e Bimbe, os Subaltiplanos e Altiplanos do Congolo e Mombolo, as Escarpas Amboim-Seles, as Escarpas do Libolo,[5] o Subplanalto Libolo-Seles[5] e o Planalto do Amboim (ou planalto da Gabela),[5] este último uma região algodoeira[6] e cafeeira importantíssima.[7]
Segundo a classificação climática de Köppen-Geiger, no populoso litoral cuanza-sulenho prevalece o clima semiárido quente (BSh). Já na região de Munenga predomina o clima tropical de savana (Aw/As), enquanto que nas regiões de Ebo e Cassongue o clima oceânico (Cwa/Cwb).[8]
Os maiores grupos étnicos presentes na província são os ambundos, ao norte, falantes do quimbundo, e; os ovimbundos, ao sul, falantes do umbundo. A principal língua falada é o português.[9]
As actividades econômicas mais importantes do Cuanza Sul estão ligadas ao seu forte setor agropecuário, principalmente o de lavouras permanentes. A industrialização está vocacionada para a transformação dos produtos agrícolas produzidos na própria província.
As culturas permanentes mais relevantes são as do café,[10] da palmeira do dendém, da banana, dos citrinos, além de hortofrutícolas, como a goiaba.[11]
Já a lavoura temporária têm como destaque a cana-de-açúcar e o algodão, nas proximidades do litoral, e; o milho, trigo, batata, soja, arroz e girassol na região sub-planáltica.[11]
Existe a criação de gado bovino para corte e leite nas zonas média e alta do planalto, e no litoral, aproveitando os imensos campos naturais.[11]
A pesca extrativa marítima é um forte setor na baía do Quissonde e na faixa litorânea de Sumbe; enquanto que a pesca fluvial é praticada principalmente no Libolo e no Mussende.[11]
É no subsetor agroindustrial em que se encontram as principais plantas industriais do Cuanza Sul. São vocacionadas basicamente para o beneficiamento do leite e da carne bovina. Existem ainda plantas agroindustriais relevantes para o beneficiamento mínimo do café e do arroz.[11]
Outra atividade que tem forte presença agroindustrial é o de extração madeireira, com movelarias, serrarias e marcenarias. Sua presença é registrada nos municípios de Seles, Libolo e Amboim, onde existem grandes quantidades de eucaliptos, pinheiros e gravilhas.[11]
Já a atividade mineral de cunho industrial registra massa salarial na extração de diamantes, calcário, areia e seixo.[12]
Ainda registram-se as atividades industriais de fabricação de bebidas, de estalagem e reparos de embarcações, e de massa salarial e de tributos relevantes advindos da geração hidroelétrica na Central Hidroelétrica de Laúca, na Central Hidroelétrica de Capanda e na Central Hidroelétrica de Caculo Cabaça.
O setor comercial concentra-se no centros atacadistas de Sumbe e Porto Amboim, de importância estritamente regional, para fornecer alimentos e itens básicos para a província.[13]
Em matéria de serviços, o setor logístico têm grande destaque no escoamento de produtos pelo Porto do Cuanza Sul, em Porto Amboim.
A província é famosa pelas suas pinturas rupestres da época do Neolítico e de ruínas de antigas fortificações, como a Fortaleza do Amboim, o Fortim do Quicombo, o Forte da Quibala e a Fortaleza de Calulu.[14]
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