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Claude Henri Jean Chabrol (Paris, 24 de junho de 1930 — 12 de setembro de 2010[1]) foi um diretor de cinema, produtor de filmes, ator e roteirista francês.
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Claude Chabrol | |
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Claude Chabrol em Amiens, novembro de 2008 | |
Nascimento | 24 de junho de 1930 Paris, França |
Morte | 12 de setembro de 2010 (80 anos) Paris, França |
Ocupação | Cineasta |
Cônjuge | Stéphane Audran (1 filho) |
Festival de Berlim | |
Urso de Ouro 1959 | |
Outros prêmios | |
Melhor filme do Festival Internacional de Cinema de San Sebastián 1997 |
É considerado por muitos críticos o inaugurador da Nouvelle Vague, percorrendo com bom humor [2] meio século de carreira, independentemente de qualquer escola, porém como crítico reconhecido, engraçado, guloso, apreciador de boa cozinha e de bom vinho.
Filho único[3] de Madeleine, nascida Delarbre, e de Yves Chabrol, ele nasceu apesar das advertências de médicos que recomendaram um aborto, porque sua mãe, grávida de três meses, foi descoberta inanimada junto com seu marido, vítimas de um aquecedor defeituoso. Claude Chabrol tratou da questão do aborto em vários filmes que fez ulteriormente.
Desde os 4 anos de idade, começou a frequentar as salas de cinema parisienses[4]. Seu pai, farmacêutico e resistente francês, enviou o filho durante a Segunda Guerra Mundial para a casa de sua avó paterna, em Sardent, no departamento da Creuse. Mais tarde, Claude Chabrol contou que tornou-se projecionista numa sala de cinema que ele inventou aos 11 anos de idade, numa garagem desocupada. Na realidade, o cinema sardentês foi criado em 1942 pelo engenheiro Georges Mercier, Claude Chabrol tendo inventado este episódio na biografia que lhe fez Wilfrid Alexandre, escrita sob o controle de Chabrol[5].
De retorno a Paris após a libertação da França, Chabrol começou a estudar direito, período em que encontrou Jean-Marie Le Pen, que mais tarde se tornaria presidente da Frente Nacional, partido conservador e ultradireitista francês[6].Depois, sob a influência parental, começou a estudar farmácia mas sem convicção, estudos que abandonou após haver quadruplicado o primeiro ano.
Atraído pelo cinema, entra em 1955, como auxiliar de imprensa na 20th Century Fox, porém continuou a trabalhar como crítico de cinema ao lado de François Truffaut e Jacques Rivette, seus colegas nos Cahiers du cinéma, atividade que começou desde o início da Nouvelle Vague francesa. De 1953 a 1957, na revista fundada por André Bazin e Jacques Doniol-Valcroze, engajou-se na defesa da política dos autores publicando em 1957, com Éric Rohmer, um livro sobre Alfred Hitchcock, o mestre do suspense e aquele que conseguiu impor seu estilo ao sistema de Hollywood. Em seguida, outro encontro também foi muito importante para ele: a do romanceiro Paul Gégauff, seu futuro cenarista, vindo de um ambiente muito distante da educação burguesa de Chabrol, deixando-lhe marcas profundas e duradouras[7].
Neste ínterim, casou-se com Agnès, rica herdeira que lhe ajudou a financiar a criação da sua empresa de produção cinematográfica. Esta começou com um filme de curta-metragem de Jacques Rivette, Le Coup du berger, com o ator Jean-Claude Brialy. Em 1959, dirigiu seu primeiro filme, Le Beau Serge, em Sardent, filme que se tornou o manifesto inicial da Nouvelle Vague[vago][nb 1].
Divorciou-se cinco anos depois para casar com a atriz Stéphane Audran, começando uma frutuosa colaboração até se separarem, em 1980. Durante este período, tornou-se um especialista da análise da burguesia francesa, criticando com veemência um conformismo servindo para dissimular a efervescência de vícios e de ódios. Quer seja no domínio da comédia feroz e de humor ácido ou do filme policial, frequentemente associado ao roteirista Paul Gégauff, Claude Chabrol nunca deixou de assediar a hipocrisia, as baixezas e a besteira com deleitação ímpar e intensa alegria, à qual participam seus atores prediletos: Stéphane Audran, Michel Bouquet, Jean Yanne. Ele compôs assim um retrato sem compromisso da França dos anos de 1970, áspero e corrosivo, onde predominam La Femme infidèle (A mulher infiel), Juste avant la nuit (Pouco antes da noite) ou Les Biches(Os bichos).
No final da década de 1970, deu uma reviravolta e optou por assuntos mais ecléticos, perdendo as vezes uma parte de sua inspiração. Mas o seu encontro com a jovem Isabelle Huppert, em 1978 (que se tornou conhecida em grande parte graças a Chabrol) dá uma reviravolta em sua carreira.
Em 1983, casou- se pela terceira vez, agora com Aurore Pajot, que se tornou sua roteirista predileta. A filha dela, Cécile Maistre, tornou-se sua assistente em muitos filmes. Chabrol atribui frequentemente papéis ao filho mais novo Thomas Chabrol, enquanto outro filho dele, Matthieu Chabrol, foi compositor da música de seus filmes a partir da metade do anos de 1980.
Ele recebeu, por sua obra cinematográfica excepcional, o prêmio René Clair da Académie Française em 2005.
Claude Chabrol morreu em 12 de setembro de 2010, aos 80 anos, de complicações cardíacas e pulmonares. Foi sepultado na sexta-feira 17 de setembro em Paris.
1958 | Le Beau Serge | Nas Garras do Vício | |
1959 | Les cousins | Os Primos | |
1959 | À double tour | Quem Matou Leda? | |
1960 | Les Bonnes Femmes | Mulheres Fáceis/ Entre Amigas | |
1961 | Les Godelureaux | Les Godelureaux | |
1962 | Les sept Péchés capitaux | Os Sete Pecados Capitais (filme)/Os sete Pecados Capitais | |
1962 | L'Oeil du Malin | L'Oeil Du Malin | |
1963 | Ophélia | Ophélia | |
1963 | Landru | Landru, o Barba Azul' | |
1964 | Les plus belles escroqueries du monde | As Maiores Trapaças do Mundo | |
1964 | Le Tigre aime la chair fraiche | O Código é Tigre | |
1965 | Paris vu par... | Paris Visto Por... | |
1965 | Marie-Chantal tre le docteur Kha | A Espiã de Olhos de Ouro Contra o Dr. Chantal | |
1965 | Le Tigre se parfume à la dynamite | O Tigre Se Perfuma Com Dinamite | |
1966 | La Ligne de démarcation | La Ligne de démarcation | |
1967 | Le Scandale | O Escândalo | |
1967 | La Route de Corinthe | O Espião De Corinto | |
1968 | Les Biches | As Corças | |
1969 | La femme infidèle | A Mulher Infiel | |
1969 | Que la bête meure | A Besta Deve Morrer | |
1970 | Le Boucher | O Açougueiro | |
1970 | La Rupture | Trágica Separação | |
1971 | La Décade prodigieuse | Dez Dias Fantásticos | |
1972 | Docteur Popaul | Armadilha para um Lobo | |
1973 | Les Noces rouges | Amantes Inseparáveis | |
1974 | Nada | Nada | |
1975 | Une Partie de plaisir | Uma Festa De Prazer | |
1975 | Les innocents aux mains sales | Os Inocentes de Mãos Sujas | |
1976 | Les Magiciens | Os Mágicos | |
1976 | Folies bourgeoises | Vidas em Fogo | |
1977 | Alice ou la Dernière Fugue | Alice ou a Última Fuga | |
1978 | Les Liens de sang | Laços de Sangue | |
1978 | Violette Nozière | Violette Nozière | |
1980 | Le Cheval d'orgueil | Le Cheval d'orgueil | |
1982 | Les Fantômes du chapelier | Os Fantasmas do Chapeleir | |
1984 | Le Sang des autres | A Vida Do Próximo | |
1985 | Poulet au vinaigre | Frango ao Vinagrete | |
1986 | Inspecteur Lavardin | Delegado Lavardin | |
1987 | Masques | Masques | |
1988 | Le Cri du hibou | O Grito Da Coruja | |
1989 | Une Affaire de femmes | Um Assunto de Mulheres/Uma Questão de Mulheres | |
1990 | Jours tranquilles à Clichy | Dias tranquilos em Clichy | |
1990 | Docteur M | Doutor Mabuse e Seu Destino | |
1991 | Madame Bovary | Madame Bovary | |
1992 | Betty | Betty, Uma Mulher Sem Passado | |
1993 | L'Œil de Vichy | O Círculo Do Ódio | |
1994 | L'Enfer | Ciúme - O Inferno do Amor Possessivo | |
1995 | La cérémonie | Mulheres Diabólicas | |
1997 | Rien ne va plus | Negócios à Parte | |
1999 | Au Coeur du Mensonge | No Coração Da Mentira/No Coração Da Mentira | |
2000 | Merci pour le chocolat | A Teia de Chocolate | prêmio Louis-Delluc |
2001 | La Comédie de l'innocence | A comédia da inocência | |
2002 | La fleur du mal | A Flor Do Mal | |
2004 | La Demoiselle d'honneur | A Dama de Honra/A Dama de Honor | |
2006 | L'ivresse du pouvoir | A Comédia do Poder/A Comédia do Poder | |
2007 | La Fille coupée en deux | Uma Garota Dividida em Dois/A Rapariga Cortada em Dois [8] | |
Realizou 21 filmes
arthe’’ para Cinéastes de notre temps, (Cineastas de nosso tempo) em 1995, * Claude Chabrol, l'artisan (Claude Chabrol, o artesão), realizado por ‘’Patrick Le Gall’’ em 2002
‘’Les Noces rouges’’ (Bodas ardentes), (Seghers, “ Collection Filmothèque ”, 1973, com Roger Corbeau) ;
‘’Musique douce’’(Música suave) , em ‘’Mystère Magazine’’, novembro de 1953 ; ‘’Le Dernier Jour de souffrances’’ (Último Dia de sofrimentos), em ‘’Mystère Magazine’’, fevereiro de 1957.
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